sábado, 24 de março de 2012

Observando o coração

Observando o coração
  
O amor quando acontece
O coração pensa que é para sempre
A gente porém responde:
Não é sério... é coisa da mente!

O amor quando acontece
O coração pergunta se é verdade
A gente porém responde:
Não... não é realidade!

O amor quando acontece
O coração não quer que acabe
Quer continuação...
A gente porém responde:
Deixa disso... é ilusão!

O amor quando acontece
O coração arruma tudo
E espera a felicidade
A gente porém responde:
Que tolice essa vaidade!

O amor quando acontece
E finalmente a gente corre atrás
O coração porém responde:
É tarde... tarde demais.

sexta-feira, 23 de março de 2012

Racionar para Raciocinar

Racionar para Raciocinar

Rodolfo Pamplona Filho

No conflito da razão
com a mais pura emoção,
nem sempre se pode fazer
aquilo que manda o querer.

Limitar o toque e o contato
Conter a palavra e o tesão
Sofrer a angústia, de fato,
é chorar de sofreguidão

No debate entre a vontade
e a dureza da realidade,
é preciso ter coragem
para superar a viagem

de finalmente materializar
o que se está a desejar,
como se não houvesse salvação,
com toda a força do coração.

O alvo, a meta, o plano
exigem o esforço sobrehumano
de aprender a se controlar
e de racionar para racionalizar.

Salvador, 07 de agosto de 2011.

quinta-feira, 22 de março de 2012

Olimpia

Olimpia

Ó Vaidade lancinante!!
Necessidade brutal da última lágrima e do último suspiro.
Cupido, cruel e preciso
Com seu arco fere a Musa e o Deus.

A Arte chora a doentia paixão de um Deus incréu
- Como ousas duvidar de mim, Apolo?
- Como ousas duvidar da força dos sentimentos?
Não há remédio para a sua doirada dor.

O chumbo feriu Dafne
que fugiu, incansavelmente,
daquele que, também, passou a odiar.
Era o mais belo dos deuses...

A terra, neutra e justa,
Paternalmente, pôs fim à perseguição inciada
Pelas setas estúpidas e indiferentes.
E o Belo chorou eternamente...

José Antonio 20.3.2011

quarta-feira, 21 de março de 2012

Inventário e Partilha

Inventário e Partilha


Com a morte da pessoa natural
É necessário apurar a integralidade dos seus bens
Definir o que passou ao domínio dos sucessores:
Os legítimos e os testamentários também

É um procedimento com dois estágios:
Há a descrição de todo o acervo previamente
Bem como a divisão entre os diversos sucessores
É o Inventário e a Partilha, respectivamente

A lei prevê para isso ritos diferentes
Para cada caso um ensinamento:
Um completo, que é o inventário
Outro sumário, chamado arrolamento

Sobre os bens, o juiz determinará o administrador
É uma escolha algumas vezes difícil, mas relevante
Respeitando uma ordem lógica de preferência
Nasce, assim, a figura do inventariante

Tem legitimidade para o intento
Antes de tudo o administrador provisório do espólio
Logo após o cônjuge supértite, o legatário, etc
Não se trata, pois, de um monopólio

Se o morto nada deixou
E tem-se dívidas ou a viúva quer novamente casar
Basta obter um provimento judicial
Para um inventário negativo declarar

Quanto à competência para julgamento
Existe aqui uma regra geral:
O foro do último domicílio do autor da herança
Ainda que a morte não tenha sido no mesmo local

Tendo o morto vários domicílios
A competência pela prevenção será
Se o morto não tinha domicílio certo
Será competente o foro onde o bem está

Se domicílio incerto e bens em lugares diferentes
Uma solução a legislação nos deu
O foro que pode não agradar a todos os herdeiros
Pois será o do lugar onde o óbito ocorreu
O tempo passou...
O processo de inventário e partilha extrajudicial nasceu
Uma mudança que a muitos veio beneficiar
Basta não ter um testamento e que os herdeiros capazes estejam de acordo
E por escritura pública tudo se realizará

E, para finalizar, lanço sobre o assunto uma indagação:
Se foi o morto quem trabalhou para um bom patrimônio ter
Por que as outras pessoas tem que dar um quinhão?
A solução é a não acumulação, ouso dizer
Se não podemos dispor livremente da totalidade dos bens
Melhor seria nenhum bem ter!

terça-feira, 20 de março de 2012

Soneto de todos os Lados

Soneto de todos os Lados

Rodolfo Pamplona Filho

Para cada laço,
sinto dar novo passo,
pois, para onde olho,
eu realmente me consolo

já que vejo intenso
que quero todos seus lados:
do mais sério e denso
ao mais leve e engraçado;

do mais lírico e poético
ao mais gostoso e safado;
do mais maduro e ponderado

ao mais adolescente e revoltado...
Quero te ter por todos os lados
e nunca mais me sentir abandonado.

Salvador, 14 de agosto de 2011.

segunda-feira, 19 de março de 2012

DEUS EM NOSSA CAIXINHA

                                                               DEUS EM NOSSA CAIXINHA
Numa conversa com uma amiga minha, de quem eu gosto muito, muito mesmo, que não partilha da mesma fé que eu, mas que crê em Deus, ela me questionou: como achar que Jesus é Deus e não somente Seu filho já que a Ele sempre se referia como “Pai”, meu “Pai”.  Meu filho de oito anos, dias destes, com veemência, me disse: “Não mãe! Jesus não é Deus, Ele é filho de Deus, Ele só chama Deus de Pai!”         A primeira vista, numa visão humana sobre tal questionamento, não se pode negar a inteligência da pergunta e da afirmação. Quase que de resposta encontrada na Física: dois corpos não podem ocupar ao mesmo tempo o mesmo espaço.  Ou quem sabe uma resposta Biológica: o pai não pode ser o filho e o filho não pode ser o pai. Pior será conceber a Santíssima Trindade, nestes parâmetros humanos! Daí o equívoco na resposta. A medida usada é inadequada (com um olhar mais flexível à colocação de meu filho, que só tem oito anos!). Queremos colocar o Senhor em nossa caixinha. Nossa inteligência! Nossa percepção humana do que vivenciamos, do que sentimos, do que desejamos, do que conseguimos atestar num estudo científico, ou meramente lógico. Deus não cabe nos nossos limites! Temos a necessidade de “enquadrar” Deus dentro de nossas referências, como se isso pudesse nos fazer conhecê-lo mais, ou prever o seu agir, ou sondar os seus desígnios. Que bom que o Senhor é  Deus, um Deus cuja fita métrica não dá para medir.  Deus pode TUDO! Pode ser a Santíssima Trindade, pode ser insondável, pode ser imensurável.  Deus pode TUDO! E possivelmente isso seja o incômodo que deseja gerar em nós uma resposta adequada à nossa compreensão. Mas o que é melhor nessa condição imensurável deste nosso Deus é que a primeira medida que escapa de qualquer referência de metragem que possamos usar é o seu amor, INFINITO, INCONDICIONADO, INABALÁVEL por nós. Esqueçamos as medidas e nos atiremos nos braços deste Deus, que num desejo louco de nos salvar se fez a maior e insuperável “medida” entre nós: JESUS CRISTO. Só para nos dizer que a medida de seu amor por nós NÃO TEM MEDIDA!  Portanto, deixemos DEUS SER DEUS e, por isso, toda graça, todo louvor, toda glória seja dada a Ele que se fez, por amor a nós, HUMANO AMOR!  
Andréia Luísa

domingo, 18 de março de 2012

BORBOLETAS

 
BORBOLETAS

Quando depositamos muita confiança ou expectativas em uma pessoa, o risco desse decepcionar é grande.
As pessoas não estão neste mundo para satisfazer as nossas expectativas, assim como não estamos aqui para satisfazer as dela.

Temos que nos bastar... nos bastar sempre e quando procuramos estar com alguém, temos que nos conscientizar de que estamos juntos porque gostamos, porque queremos e nos sentimos bem, nunca por precisar de alguém.

As pessoas não se precisam, elas se completam... não por serem metades, mas por serem inteiras, dispostas a dividir objetivos comuns, alegrias e vida.

Com o tempo, você vai percebendo que para ser feliz com a outra pessoa, você precisa em primeiro lugar, não precisar dela. Percebe também que aquela pessoa que você ama (ou acha que ama) e que não quer nada com você, definitivamente, não é o homem ou a mulher de sua vida.

Você aprende a gostar de você, a cuidar de você, e principalmente a gostar de quem gosta de você.

O segredo é não cuidar das borboletas e sim cuidar do jardim para que elas venham até você.

No final das contas, você vai achar
não quem você estava procurando, mas quem estava procurando por você!

Mário Quintana