Blog para ler e pensar... Um texto por dia... é a promessa... Ficarei muito feliz em ler e saber o que cada palavra despertou... Se você quiser compartilhar um texto, não hesite em mandar para rpf@rodolfopamplonafilho.com.br. Aqui, não compartilho apenas os meus textos, mas de poetas que eu já admiro e de todas as pessoas que queiram viajar comigo na poesia... Se quiser conhecer somente a minha poesia, acesse o blog rpf-poesia.blogspot.com.br. Espero que goste... Ficarei feliz com isso...
sábado, 4 de maio de 2019
O significado da Justiça Restaurativa
Jorge da Rosa
Em busca de um conceito
Está a justiça restaurativa
Para o Direito
Ela é colaborativa
Conflitos resolver
Crimes caracterizados
Infrator e vítima envolver
Para tudo ser solucionado
No exterior surgiu
Anglo-saxã é a cultura
Está no Brasil
O melhor ela assegura
Canadá e Nova Zelândia
Primeiras experiências
Grande relevância
Parte do mundo sabe da sua existência
No Brasil estamos
Em caráter experimental
A mais ou menos dez anos
Buscando a paz fundamental
No mesmo ambiente
Vítima e ofensor
E para seguir em frente
Um facilitador
Para o problema resolução
Punição fica para trás
Importante é a reparação
Dos danos emocionais
O melhor de mim
O melhor de nós
O amor é assim
Mostra que não estamos sós.
sexta-feira, 3 de maio de 2019
Companhia ou Companheiro
Rodolfo Pamplona Filho
Companhia
é estar do lado,
preenchendo
um espaço
Companheiro
é viver ao lado,
mesmo quando
não se está presente
Companhia
é ir ao cinema,
ao bar ou
às compras
Companheiro
é não importar o lugar,
pois, em todos,
se deve estar.
Companhia
é presenciar momentos
especiais ou do dia-a-dia.
Companheiro
é dividir o prato,
o choro ou a alegria.
Companhia
é estar junto
Companheiro
é estar junto
para o que der e vier
Salvador, 04 de julho de 2018.
quinta-feira, 2 de maio de 2019
O QUE PROCURA?
Leandro Góis
Chegou
Ou ainda viaja?
Chegou ou ainda procura?
Já encontrou o seu coração
nos corredores dos check-ins?
Já se encontrou
dentro da sua realidade
Dentro do seu vai e vem?
Já encontrou uma paisagem
do seu mundo interior?
Ou não?
Será que vale a pena
correr mundo a dentro
voar feito pássaro
desbravando o exterior
Sem conhecer o seu interior?
Por que tanta paisagem
do seu exterior?
Tenho plena certeza
que dentro de si
decerto você nunca andou!
Não sei o que procuras
distante e longe de ti
Não sei pra onde vai
correndo bem assim
Procurando o seu eu
Distante do seu eu...
Não sei definitivamente
O porquê do esforço
Esse ir e vir
Chegar e partir
em seu plano material
Se tudo que procuras
Está no âmbito espiritual
e mental
Bem dentro de ti!
Itabaiana/SE, 10/04/2019
quarta-feira, 1 de maio de 2019
Desisto
Rodolfo Pamplona Filho
Desisto de tentar
Desisto de sonhar
Desisto de esperar
Desisto de amar
Desisto de viver
Salvador, 17 de junho de 2018.
terça-feira, 30 de abril de 2019
Feridas que seguem
Negra Luz
O amor de partida nos liquida
Não entendemos o porquê da sua saída
Uma quase morte por ti consentida
Uma dor que parece eterna ferida.
A ferida por vezes reacendida
Quer trazer o amor sem contrapartida
Ao pensar que curou-se, restou combalida
Voltou a ser inteiramente carne viva.
Ao colocar-se a carne ao sol ardente
Da esperança, do novo, visão do nascente
Enxergou outro amor no horizonte poente
Entendeu: se amou, se sangrou, é seguir em frente!
segunda-feira, 29 de abril de 2019
Amor é (quase) tudo
Rodolfo Pamplona Filho
Amor é quase tudo,
mas o quase não é irrelevante
O que falta ao amor
para ser impactante?
Talvez um pouco de cuidado
Talvez um carinho inesperado
Talvez uma torcida explícita
Talvez uma entrega sem retorno
Amor é quase tudo,
mas o quase não é irrelevante
O que falta ao amor
para ser incessante?
Talvez uma dose de mistério
Talvez um suspiro no espelho
Talvez um choro em desabafo
Talvez um frio na barriga no encontro
Amor é quase tudo,
mas o quase não é irrelevante
O que falta ao amor
para ser acachapante?
Talvez um bilhete inesperado
Talvez uma surpresa no acordar
Talvez dormir agarrado
Talvez nunca parar de sonhar
Salvador, 27 de outubro de 2018.
domingo, 28 de abril de 2019
Tempo Sagrado
Bruno Terra Dias
A vida e a morte triunfam
na duração de um poema
e em pausas de recitação,
no jugo do tempo de leitura
e nos fardos da dicção
em noites de entrega e reflexão.
Uma vida esvanece
para dar lugar a outra,
e entre essas vidas
um intervalo de morte.
Tão necessário começar,
tudo abreviar e refazer.
O triunfo da vida
não é persistência
até final inspiração,
mas contínua elaboração,
alcançar ressignificação,
enquanto for lembrada.
O triunfo da morte
não finda nos intervalos,
no derradeiro verso,
porém no esquecimento,
já sem memória e história,
desprovido de favor e sorte.
O que foi, retorna,
o permanente acaba,
a matéria se desfaz
e as águas primordiais,
eternamente fecundas,
reelaboram o sagrado.
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