sábado, 14 de novembro de 2020

Meus votos com a Poesia



Se é um dom, obrigada Deus Pai.

Se é uma técnica, serei fiel aprendiz.

Se é uma arte, um dia me tornarei um Picasso.

Se é uma válvula, é com ela que quero escapar todos os dias,

Se é cura, tomei essa terapia para mim,

Se é diversão, eu quero essa brincadeira,

Se é vício, dizem que todo mundo tem um,

Se é chamado, quero poder atende-la.

Se é amor, amo-a com paixão,

Se poesia precisa de vida, é dela o meu coração!


(Negra Luz)

sexta-feira, 13 de novembro de 2020

O Lado Bom das Coisas


 Na vida, tudo tem

seu lado bom e seu lado mal

e o mais importante, afinal,

é saber com que olhar

se vai tudo enfrentar.


Eu não vou lamentar

se não nos deixam ver

o segundo tempo do jogo:

eu agradeço por ter

visto o primeiro com você...


Também não choro

por termos perdido o vôo

e chegado atrasado no show,

mas, sim, fico feliz por ter ido

e visto seu esforço incontido...


Eu não reclamo, nem no íntimo,

por você não agüentar meu ritmo,

mas, sim, acho sensacional

a sua vontade descomunal

de tentar me acompanhar...


Não se trata de acomodação,

nem de vil subserviência,

mas, na verdade, é dar razão

à mais clara consciência

de que a paz é a melhor solução.


Eu não tenho tudo

que realmente gostaria

e, nem de longe,

o que eu poderia,

mas encontro felicidade


em compartilhar, de verdade,

uma relação de parceria,

que, longe de ser fria,

é um porto tranqüilo e seguro,

onde encontro um amor puro,


pois o lado bom das coisas

é não ter qualquer medo

de, sem perder o próprio zelo,

entregar-se totalmente,

vivendo apenas o presente.


Salvador, 30 de setembro de 2011.

quinta-feira, 12 de novembro de 2020

O parto da poeta



Sempre olhei a poesia com encanto.

Os parnasianos e os românticos me faziam vibrar.

Achava um desafio a contagem da métrica.

Maior, ainda, articular o rimar.


Quando fazia qualquer tentativa,

Na minha mente só emergia,

A pobre rima, que “declamava” na infância,

Da batatinha, pelo chão, a se esparramar.


Até que um dia, a mística da Poesia

Abriu as portas do meu coração.

Remexeu os armários da minha emoção,

Estabeleceu uma infinita conexão,

Que me levou ao papel e à tinta na mão.


Como fugitivas, as palavras foram partindo 

De espaços até então desconhecidos 

Da minha visão.

Foi esse o momento do nascer da poeta,

Para o Mundo uma revelação.


Como bálsamo, deu-me a cura,

Como chave, fez-me ave,

Como Luz, tornou-me sol,

Como onda, lançou-me ao mar...

E, agora, vivo imersa em palavras,

Articulando versos para viver e amar.


(Negra Luz)

quarta-feira, 11 de novembro de 2020

Excelência “De Boas”



Rodolfo Pamplona Filho 

Edson Saldanha


“Tá de boas, excelência!”

Excelente é sua postura;

sem grilos e sem problema

ajustou-se sem frescura!

Formalismos tem limites 

(com respeito, porque não?)

Faz o seu e eu faço o meu 

com presteza e educação

Neste mundo virtual, 

de permanente exposição

Excelência, use a toga,

mas mantenha o coração!

Todos juntos pelo justo, 

fazer justiça é prioritário!

Não precisa ser sisudo 

ou mais formal que o necessário:

basta ter sempre em mente

que estar “de boa”

é estar presente e contente 

com sua condição de pessoa!


Salvador, 06 de novembro de 2020

terça-feira, 10 de novembro de 2020

Não ir

 



 

Não ir

não é

necessariamente

perder

Não ir

pode ser

esperar

para ganhar,

refletir

para entender,

aguardar

para vencer

 

Salvador, 23 de setembro de 2020.

segunda-feira, 9 de novembro de 2020

O crivo do não saber da falsa esperança



A vida  criva o agrado da falsa esperança em um fardo pesado, que nem  alça de uma calça que não laça. 

A impostora, a  mentirosa,  a farsante ou hipócrita falsa esperança.  

A ânsia do ancorar no Lar que leva a um destoar. 

Um aborrecimento, uma mentira ou tirania. Eis o crivo do livro vivo que construímos em uma falsa esperança do não saber.



Que guiado e liderado  pelo o sonhar que nos criva. 

Da incógnita cotidiana  do sonhar ou não sonhar? 

Acreditar ou não acreditar, para o  medo de nós arranhar e nos ferir no ir. 


Não vamos ancorar se não sonharmos. 

Não vamos acompanhar o marchar da maré. 

Não vamos nem ao menos ter lido o livro do não saber

Mas se for um houver do muro sem lucro. 

Das  as alegrias… 

das  alegorias das falácias que não devem ser cogitadas, digitadas, lidas e escritas. 

Das idas às ideias inobsoletas das Borboletas das letras da falsa esperança.

 


Mas, se não sonhar não teremos vivido o livro.  

Do amada do nada. 

Do rechear do cheirar do lar 

Do avistar até aterrar em uma terra do além mar

Para que o amarrar do amar, se torne lar. Eis, o livro do não saber do escrito, digitado ou cogitado.


O que fizeram, o que eu fiz e para onde fui. 

É foda, a cabeça lota em quotas de devaneio. 

Sujeira que me jogaram, amarraram e me deixaram em uma mar uivante de Abrantes.  

Não se iluda com a forma lúdica da localidade airosa, porque não existe rosas sem espinhos, nem que se for no pinho do seu ninho. 

Não importa a forma, a sonata está perdida em uma ida sem partida, mas com chegada aonada mais me consola.  


As solas nem estão gastas em lascas. Mas já sei que não há nada mais. 

Porque não há? 

Porque eu já disse, me sujaram, amarraram e me jogaram no meio do nada e eu não sei nadar, nem ao menos andar no desconhecido. 

Não sei que lugar é esse, 

Não sei se tenhas o nobre e o pobre, e se eles se importam em ouvir os meus pensamentos confusos tontos pela… a maré.   

A porta parece  torta,  cheias de discursos  de nenhures. Porque, donde eu veio pelos devaneios, não conheci achar meios a abrir. 


A cabeça tida madura, já sabe que a vida  é assim, dura igual uma pedra, que  que  esmurra em uma algazarra de sentimentos. 

Uma verdadeira surra de  momentos e tormentos em só lamentos. 

Não se engane ou encane, dizem que é apenas uma pane no sistema. 

Urge então a necessidade de saber, para não beber na fonte da ignorância, porque a ânsia em uma direção de uma ação, que nasce naquela  idade.

Naquela idade, em que você não vê as coisas do jeito que antes via. 

Você de per si, sabe que  a vida é assim, no sim ou no não, sempre serei o anão da pirâmide. 


Ahhh, se eu pudesse ja ter descobre está chave mestra para concertar ou atar os nós do que já se foi. 

Aos  amigos que você tem que não ligam, 

o  sinal de pane aparece e você não amanhece 

É, no verso da canção, no abrir da chave, que a ave ligeira já sabe antes  que você, que é só ela e mais nada. 

Não existe amor no clamor da dor de um sociedade doente. 

Quem fala que sim mente, pela  simples mediocridade que transforma a terra em letra de funeral. 

Não existe compaixão, nem paixão. 

Não existe nada além dessa vida, porque na ida, você sabe que  somos meros passageiros prestes a partir. 

Desligue os castelos do tetris, que moldam quem está certo ou errado na peça de encaixe, desligue a máquina, desligue a cina.  

Porque nada importa, nem a forma, nem o como e o porque.


O Turbilhão em um bilhão de reações. 

A falta de quem  não tem alta, por um amor verdadeiro, sincero, companheiro na jornada da vida, nem que se for para uma ida sem partida.

Incógnita que Incomoda, quase coca, roça a aguça por resposta. 

O meu eu tosta, queima, chamusca a sina da mina  da ocitocina com a dopamina. 

Não hesita, nessa usina de toxina a saber. 

Mas, quem me  dera saber a resposta para essa incógnita que me habita que não hesita. 


Quem me dera  as respostas, se nem sei quais são as perguntas, que me perfazem. 

É nessa usina, que ser zem não me fazem ir além do óbvio. 

Mas que me dera saber o que meu corpo quer beber? Se é nessa usina de ocitocina com dopamina que eu vivo até ir ao além, nem se for sem ou com a resposta. 

A incógnita nitra o que sei lá eu sou, só sei que zem eu não sou, nem com serotonina eu sou. 

Sou eu, um bilhão de reações sem lições de moralidade e eticidade.  

Sou eu quem caminha nessa mina de toxina e paixão em uma mansão sem uma lição a te dar.

Nem mandar a onde andar, porem a quem lhe vem apenas excitar o meu eu até onde for, nem que se for sem alem a algo que nem existe.

Sou eu turbilhão em um bilhão de reações com ações, sem lições, mas com desejos e medos.




Vitor Henrique

domingo, 8 de novembro de 2020

Nada a dizer

 



Eu não tenho a dizer

Eu não tenho nada a falar

Eu não tenho nada para contar

Eu não tenho nada para explicar

Eu quero apenas viver a minha vida

E, se você quiser chegar, será bem-vindo

Boas vindas

Boas vidas

 

Salvador, 12 de agosto de 2020.