sábado, 26 de dezembro de 2020

Sim, tudo.




 Tudo estalo.

Tudo audiência.
Tudo click.
Tudo emoji.
Tudo Bauman.
Tudo calefação.
Tudo João!
Tudo George!
Tudo Miguel!
Tudo triste.
Tudo “migué”.
Tudo RACISMO.


(Negra Luz)

sexta-feira, 25 de dezembro de 2020

Alegria

 




Alegria nunca é demais:


Não há limites para sorrir!

Quem poupa alegria

despreza a energia

e a esperança de ser feliz.



Salvador, 11 de fevereiro de 2020

quinta-feira, 24 de dezembro de 2020

ARTIGO 227 DA CONSTITUIÇÃO FEDERAL DE 1988



É dever da família, do Estado 

E da sociedade 

Assegurar à criança, ao adolescente 

E ao jovem, com absoluta prioridade:


O direito à vida, 

À saúde, à alimentação, 

À educação, ao lazer, 

À cultura, à profissionalização 


À dignidade 

Sendo proibida qualquer falha 

Ao respeito, à liberdade 

E à convivência familiar e comunitária 


Além de colocá-los a salvo 

De toda forma de negligência,

Discriminação, crueldade e opressão, 

Exploração e violência. 


Jorge da Rosa

quarta-feira, 23 de dezembro de 2020

Desculpa qualquer coisa


 



Desculpa qualquer coisa

como se houvesse o que desculpar

Desculpa qualquer coisa

para eu não ter que perguntar

Desculpa qualquer coisa

pois não sei o que fiz de errado

Desculpa qualquer coisa

para não me deixar de lado

Desculpa qualquer coisa

(talvez você não tenha visto)

Desculpa qualquer coisa

se ocorreu foi imprevisto

Desculpa qualquer coisa

ou alguma determinada

Desculpa qualquer coisa

não tenho culpa de nada

Desculpa qualquer coisa

não consigo assumir que errei

Desculpa qualquer coisa

seguirei meu caminho sem lei...

 

Desculpa qualquer coisa...

 

Salvador, 28 de maio de 2020.

 

terça-feira, 22 de dezembro de 2020

O tema é poeta



Hoje vou me poetizar.
Sou poeta:
Uma aprendiz do rimar.
Minha metáfora
Termina em AR

É verbo forte:
Amar a sintonia que há
Entre o poema e o que estou a desejar.
Versos estou a tramar.

Rimar o côncavo e o convexo.
Tentar escrever amor,
Mas só querendo pensar em sexo.
Ferir e deixar tudo pretérito.

Aplaudir a Deus, perpetuar mistérios,
Sem sair das linhas do meu hemisfério.
E depois voltar-me ao papel
Sem sair do sério






O tempo que passou, passou.
Seguir é destino certo.
A poesia me libertou
E eu, alada, viajo pelos meus versos.

Aqui não há temor
Rimou. Somou. Eu verso
Se sílabas formou?
Não sei contar, confesso.

Poesia vem no peito
Eu no papel expresso
Há tempo para amor
E para o que desprezo

Sincronizada, a antena
Revela o que de mim quero
Singrar pela poesia
Vibrar em ondas pelos versos.

Quem sabe!
Talvez!
Um dia!
Lembrança no Universo!

 

Negra Luz

segunda-feira, 21 de dezembro de 2020

Foco, Consolo e Esperança






Direcionar esforçospara realizar
o que não se tem
e que outros acreditam
que não se terá.
Esse é o Foco

Saber que o pior arrependimento
é de quem nem tenta
e que conhecimento,
adquirido com esforço,
nunca se perde.
Esse é o Consolo.

Ter a consciência de que nada muda,
se permanecer a letargia,
e que toda estrada é construída
com cada passo que se dá,
ainda que na direção do desconhecido.
Essa é a Esperança!

Essa é a tríade
que renova a sede de viver,
o gozo de cada novo dia,
o gosto de continuar respirando:
esse é o foco, o consolo e a esperança!

Salvador, 14 de fevereiro de 2017.

domingo, 20 de dezembro de 2020

Retrato




Eu não tinha este rosto de hoje,
Assim calmo, assim triste, assim magro,
Nem estes olhos tão vazios,
Nem o lábio amargo.

Eu não tinha estas mãos sem força,
Tão paradas e frias e mortas;
Eu não tinha este coração
Que nem se mostra.

Eu não dei por esta mudança,
Tão simples, tão certa, tão fácil:
- Em que espelho ficou perdida
a minha face?


 Cecília Meireles