sábado, 14 de setembro de 2013

O valor de nossos pais


O valor de nossos pais

Um jovem de nível académico excelente, candidatou-se à posição de gerente de uma grande empresa.

Passou a primeira entrevista e o diretor fez a última entrevista e tomou a última decisão.

O director descobriu através do currículo que as suas realizações academicas eram excelentes em todo o percurso, desde o secundário até à pesquisa da pós-graduação e não havia um ano em que não tivesse pontuado com nota máxima.

O director perguntou, "Tiveste alguma bolsa na escola?" o jovem respondeu, "nenhuma".

O diretor perguntou, "Foi o teu pai que pagou as tuas mensalidades ?" o jovem respondeu, "O meu pai faleceu quando tinha apenas um ano, foi a minha mãe quem pagou as minhas mensalidades."

O diretor perguntou, "Onde trabalha a tua mãe?" e o jovem respondeu, "A minha mãe lava roupa."

O diretor pediu que o j ovem lhe mostrasse as suas mãos. O jovem mostrou um par de mãos macias e perfeitas.

O diretor perguntou, "Alguma vez ajudaste a tua mãe a lavar as roupas?", o jovem respondeu, "Nunca, a minha mãe sempre quis que eu estudasse e lesse mais livros. Além disso, a minha mãe lava a roupa mais depressa do que eu."

O diretor disse, "Eu tenho um pedido.  Hoje, quando voltares, vais e limpas as mãos da tua mãe, e depois vens ver-me amanhã de manhã."

O jovem sentiu que a hipótese de obter o emprego era alta. Quando chegou a casa, pediu feliz à mãe que o deixasse limpar as suas mãos. A mãe achou estranho, estava feliz mas com um misto de sentimentos e mostrou as suas mãos ao filho.

O jovem limpou lentamente as mãos da mãe. Uma lágrima escorreu-lhe enquanto o fazia. Era a primeira vez que reparava que as mãos da mãe estavam muito enrugadas, e havia demasiadas contusões nas suas mãos. Algumas eram tão dolorosas que a mãe se queixava quando limpas com água.

Esta era a primeira vez que o jovem percebia que este par de mãos que lavavam roupa todo o dia tinham-lhe pago as mensalidades. As contusões nas mãos da mãe eram o preço a pagar pela sua graduação, excelência academica e o seu futuro.
Após acabar de limpar as mãos da mãe, o jovem silenciosamente lavou as restantes roupas pela sua mãe.

Nessa noite, mãe e filho falaram por um longo tempo.

Na manhã seguinte, o jovem foi ao gabinete do diretor.
O diretor percebeu as lágrimas nos olhos do jovem e perguntou, "Diz-me, o que fizeste e aprendeste ontem em tua casa?"

O jovem respondeu, "Eu limpei as mãos da minha mãe, e ainda acabei de lavar as roupas que sobraram."

O diretor pediu, "Por favor diz-me o que sentiste."

O jovem disse "Primeiro, agora sei o que é dar valor. Sem a minha mãe, não haveria um eu com sucesso hoje. Segundo, ao trabalhar e ajudar a minha mãe, só agora percebi a dificuldade e dureza que é ter algo pronto. Em terceiro, agora aprecio a importância e valor de uma relação familiar."

O diretor disse, "Isto é o que eu procuro para um gerente. Eu quero recrutar alguém que saiba apreciar a ajuda dos outros, uma pessoa que conheça o sofrimento dos outros para terem as coisas feitas, e uma pessoa que não coloque o dinheiro como o seu único objetivo na vida. Estás contratado."

Mais tarde, este jovem trabalhou arduamente e recebeu o respeito dos seus subordinados. Todos os empregados trabalhavam diligentemente e como equipa. O desempenho da empresa melhorou tremendamente.
 

Uma criança que foi protegida e teve habitualmente tudo o que quis, vai desenvolver- se mentalmente e vai sempre colocar-se em primeiro. Vai ignorar os esforços dos seus pais, e quando começar a trabalhar, vai assumir que toda a gente o deve ouvir e quando se tornar gerente, nunca vai saber o sofrimento dos seus empregados e vais sempre culpar os outros. Para este tipo de pessoas, que podem ser boas academicamente, podem ser bem sucedidas por um bocado, mas eventualmente não vão sentir a sensação de objetivo atingido. Vão resmungar, estar cheios de ódio e lutar por mais. Se somos este tipo de pais, estamos realmente a mostrar amor ou estamos a destruir o nosso filho?

Pode deixar o seu filho viver numa grande casa, comer boas refeições, aprender piano e ver televisão num grande plasma. Mas quando cortar a relva, por favor deixe-o experienciar isso. Depois da refeição, deixe-o lavar o seu prato juntamente com os seus irmãos e irmãs. Isto não é porque não tem dinheiro para contratar uma empregada, mas porque o quer amar como deve de ser. Quer que ele entenda que não interessa o quão ricos os seus pais são, um dia ele vai envelhecer, tal como a mãe daquele jovem. A coisa mais importante que os seus filhos devem entender é a apreciar o esforço e experiência da dificuldade e aprendizagem da habilidade  de trabalhar com os outros para fazer as coisas.
Quais  são as pessoas  com mãos enrugadas  por  mim? 
(Recebido sem menção da autoria)

sexta-feira, 13 de setembro de 2013

Como não entristecer?


Como não entristecer?

Rodolfo Pamplona Filho
Como não entristecer
quando seu parceiro
prefere comer uma marmita
em vez de almoçar fora com você?
Como não entristecer
se a sua carência
é vista como stress
ou crise de meia idade?
Como não entristecer
se o suposto desejo por você
é facilmente substituído
por uma ida ao mercado?
Como não entristecer
se tudo que se vive
é motivo para crise
e não se vê como sair?
Como não entristecer?

Salvador, 31 de julho de 2012.

quinta-feira, 12 de setembro de 2013

A Um Grande Amigo!


A Um Grande Amigo!

Amigo é difícil de se encontrar.
Quando se encontra, é difícil de se manter.
Mas, com paciência, carinho e amizade.
Tudo fica fácil de acontecer.

Ao nosso lado, em qualquer momento.
Sempre disposto a ajudar e a compartilhar
As Alegrias e agruras. Até no Bilhar.
Ou seja: não escolhe hora ou evento.

Quem descobre ou acha este tesouro.
Não pode descuidar ou ficar inerte.
Cativar um amigo vale mais que ouro.

Não se deve contentar com mero flerte.
Tem que se esforçar para colher seus louros
Com muita disposição, desde seu nascedouro.

(Paulo Basílio - 20/07/2012)

quarta-feira, 11 de setembro de 2013

Trabalho de Grupo



Trabalho de Grupo

Rodolfo Pamplona Filho
"Bote meu nome ai!"
E o que era coletivo
vira exercício de parasitismo,
em que os sanguessugas
do esforço alheio
apenas aproveitam o manjar,
sem efetivamente participar
do processo de desenvolvimento
que permitiu o conhecimento,
vivendo somente a explorar
o suor sem se esforçar,
o sangue sem conquistar
e a lágrima sem chorar...
Nem todos têm a compreensão
de que um trabalho em grupo
é muito mais do que a obtenção
da resposta para uma questão:
é uma tentativa de aprendizado
através da própria experiência,
em que o verdadeiro resultado
é a sensação de sobrevivência
de ter todas as etapas passado
com ética e decência...

Salvador, 02 de agosto de 2012.

terça-feira, 10 de setembro de 2013

Sucesso ou fracasso


Sucesso ou fracasso

Ninguém é responsável pelo nosso sucesso
Também ninguém é responsável pelo nosso fracasso
Assim devemos caminhar
Cabendo a nós nessa vida brilhar

Apesar de termos em mente que a nós mesmos devemos cobrar
Um sucesso ou fracasso do outro não vamos lamentar
Somos senhores do nosso eu
Por sermos detentores das escolhas feitas quando estamos no breu

Ninguém é responsável pelo nosso fracasso
E ninguém também será responsável pelo nosso sucesso
Mas há de ressaltar
Aqueles que se fazem lembrar

O nosso futuro a nós pertence
Na graça de Deus, com muito esforço a gente vence
E com a companhia, amor e amizade dos que nos circundam
Apesar das dificuldades, os nossos objetivos não mudam

Sou fiel  e a mim devoto a minha destreza
E essa fidelidade é a que me segue e convence
De que nessa vida um dia a gente vence
Ainda que se siga numa tristeza

Objetivo é algo difícil de definir e até mesmo de acertar
Mas se nessa vida não o tivermos em mente
Nem o fracasso e nem o sucesso a gente sente
Por que nada iremos almejar

Devemos nos perguntar diariamente o que realmente a gente sente
Em qual o futuro queremos estar
O nosso esforço e dedicação tem que estar presente
Para no bel prazer a gente se encontrar

Aos que nos colocam para baixo, devemos perguntar
Se com meu sofrimento bem você vai estar
Acaso não lhe traga nenhuma felicidade a minha derrota
Quero que saia e feche e porta

Na minha vida eu escolho a minha companhia
Se quem eu quero me quer também, excelente
Não sendo de um jeito recíproco assim, adeus e um bom dia
Se quiseres a minha presença, te dou um abraço e fico contente

A vida é assim, feita do que vai resultar
Os ensaios não são válidos e nem permissivos
Tudo o que vivemos aqui podemos escrever em livros
No passado não podemos mexer, nem lamentar, pois com ele não há o que mudar

Viva a vida intensamente
Sem se lamentar acaso o seu destino não esteja a sua frente
Procure sempre um espaço nesse mundo de realizações
A sua felicidade está além de muitas visões

Vanessa Bacilieri (31.07.2012).


segunda-feira, 9 de setembro de 2013

Carinho


Carinho

Rodolfo Pamplona Filho
Preciso demais
Preciso de mais
Preciso de monte
Preciso para ontem...
Preciso para frente...
Preciso para sempre...
Preciso loucamente
Preciso serenamente
Preciso não ser mais sozinho
Preciso imensamente de carinho.

Salvador, 31 de julho de 2012.

domingo, 8 de setembro de 2013

ASSIM COMEÇOU O POVOAMENTO DA BAHIA...


ASSIM COMEÇOU O POVOAMENTO DA BAHIA...
Torre do Tombo é o local onde se guardam todos os documentos antigos. Está
situada em Lisboa, junto à Cidade Universitária.
Sentença de 1587Trancoso,Portugal
Arquivo Nacional da Torre do Tombo
SENTENÇA PROFERIDA EM 1587 NO PROCESSO CONTRA O PRIOR DE TRANCOSO(Autos
arquivados na Torre do Tombo, armário 5, maço 7)
"Padre Francisco da Costa, prior de Trancoso,  idade de sessenta e dois
anos, será degredado de suas ordens e arrastado pelas ruas públicas nos
rabos dos cavalos, esquartejado o seu corpo e postos os quartos, cabeça e
mãos em diferentes distritos, pelo crime que foi arguido e que ele mesmo
não contrariou.

Sendo acusado:

*de ter dormido com vinte e nove afilhadas e tendo delas noventa e sete
filhas e trinta e sete filhos;
*de cinco irmãs teve dezoito filhas;
*de nove comadres trinta e oito filhos e dezoito filhas;
*de sete amas teve vinte e nove filhos e cinco filhas;
*de duas escravas teve vinte e um filhos e sete filhas;
*dormiu com uma tia, chamada Ana da Cunha, de quem teve três filhas.
Total: duzentos e noventa e nove,
sendo duzentos e catorze do sexo feminino e oitenta e cinco do sexo
masculino, tendo concebido em cinquenta e três mulheres".
Não satisfeito tal apetite, o malfadado prior, dormia ainda com um escravo
adolescente de nome Joaquim Bento, que o acusou de abusar em seu vaso
nefando noites seguidas quando não lá estavam as mulheres.
Acusam-lhe ainda, dois ajudantes de missa, infantes menores,  que lhe
foram obrigados a servir de pecados orais completos e nefandos, pelos quais
se culpam em defeso de seus vasos intocados, apesar da malícia exigente do
malfadado prior.
[agora vem o inesperado:]
"El-Rei D. João II lhe perdoou a morte e o mandou pôr em liberdade aos
dezessete dias do mês de Março de 1587, com o fundamento de ajudar a povoar
aquela região da Beira Alta, tão despovoada ao tempo e, em proveito de sua
real fazenda, o condena ao degredo em terras de Santa Cruz , para onde
segue a viver na Vila da Baía de Salvador como colaborador de povoamento
português. El-rei ordena ainda guardar no Real Arquivo esta sentença,
devassa e mais papéis que formaram o processo".

Meus caros manos. Não sintam inveja! O "pobre" prior não tinha TV,
Internet, nem mesmo rádio. Entandam que naquela época a concorrência
praticamente não existia. Com tanto "rabo de saia", desfilando na frente e
tanto mato ao redor, não há prior que aguente.

Chamou-me atenção, ora pois, dentre os vários nomes pelos quais “aquilo” é
conhecido: vaso nefando. Vivendo e aprendendo...Cuidado: Vaso nefando de
bêbado não tem dono!!!