sexta-feira, 31 de outubro de 2025

O que me atrai

 




 (Negra Luz)




Olhos... que não me acuam em padrões, 

Que me enxergam inteira,

Que me desnudam vestida.

Viril!


Boca... que não deprecia ninguém,

Que dialoga com paz,

Que beija como vento.

Lindo!


Mãos... que não violentam,

Que trabalham e buscam sonhos,

Que abraçam me acolhendo.

Gostoso!


Ombros... que não me oprimem,

Que estejam ao lado,

Que estejam disponíveis pertinho de mim.

Safado!


Peitos... que não inflem, subjugando-me,

Que compartilhem suas vitórias,

Que construam comigo as trilhas de si.

Muralha!


Barriga... que não se esqueça o que é vida,

Que não conte as minhas estrias,

Que entenda as entrelinhas em mim.

Sedutor!


Falo... que não ande por aí desprotegido,

Que quando esteja comigo,

Que seja entrega de dois.

Voraz!


Bumbum... que não sente e espere,

Que não me pare, nem me acelere,

Que deixe no meu ritmo seguir.

Sagaz!


Pernas... que não chutem-se o balde, me esquecendo,

Que sejam fortes e parceiras,

Que ergam corpo e sonhos.

Perspicaz!


Pés... que não se percam em qualquer vento,

Que sigam suas próprias rotas,

Que também confluam para mim,

Próspero.


Esse é o homem que eu desejo inteiro,

Que, inteira, miro os seus beijos,

Que quero na vida, na cama,

Ao lado de mim!

quinta-feira, 30 de outubro de 2025

Procurando um Ninho

 



Rodolfo Pamplona Filho



O que faz alguém  

se submeter  

a uma relação  

que não tem solução? 

É a tristeza, 

é a solidão...  

é a ilusão  

de ser feliz 

É acreditar  

que se deve buscar  

um ninho 

para se sentir  

vivo finalmente... 

 


Salvador, 27 de janeiro de 2021.

quarta-feira, 29 de outubro de 2025

Com os quatro elementos






Negra Luz



Eu preciso mergulhar nos meus abissais

Deixar-me confrontar com os recifes

Ir à crista

Me quebrar

E me render



Eu preciso alcançar a rocha oculta

Fragmentar, em seixos, a culpa

Reagir

Confiar

E transcender



Eu preciso do furacão de vida

A redesenhar meus sentimentos

Entender o meu momento

Tornar-me brisa

E amanhecer



Eu preciso da larva quente do desejo

Que se acende com um beijo

Se é chama, que queime o meu peito

Gerar fumaça e fogo

E, só assim, dizer amar você.




terça-feira, 28 de outubro de 2025

Quem ama tem que entender

 






Rodolfo Pamplona Filho



Quem ama 

tem que entender  

que, por vezes, não dá  

para acontecer, 

mas isso não quer dizer  

que nunca dará: 

só não dá agora, 

mas ainda pode dar... 


Quem ama 

tem que entender  

que, muitas vezes,  

vai doer, 

mas isso não quer dizer 

que não passará: 

apenas a dor de agora 

é difícil de aguentar  


Quem ama 

tem que entender  

que, quase sempre, 

amar é sofrer, 


mas isso não quer dizer  

que não vale lutar: 

o poeta disse que tudo vale a pena, 

se a alma não é pequena... 



Salvador, 30 de novembro de 2020.

segunda-feira, 27 de outubro de 2025

A água em você

 

 





(Negra Luz)




Me diga que não precisa pensar na vida.

Me diga que não precisa pensar em você.

Se a resposta certa é o que espero,

Então me diga que pensa na água,

Ela está em você.


A água está em em mim

Está em você.

Sem ela, a fonte da vida é rio que seca.

Ressecam-se a fauna e a flora

E todo viver. 


Oxum e Yemanjá tem seus filhos

E abençoam com água

Salgada ou doce,

Abençoam o nosso viver.


Se tens fé nas Águas,

Da água deve cuidar,

Pensar nas nascente, 

Nos mares 

E nas suas vidas.

Em não poluir, revitalizar,

Proteger o que temos

Rever desperdícios e perdas ajudam a resolver.


Se já bebeu água com sede,

Sabe o que é não ter...

Por um segundo e urgimos sem ela.

Imagine o pior dos mundos sem a ter!


Me diga que não precisa pensar na vida.

Me diga que não precisa pensar em você,

Se a resposta certa é o que espero,

Então me diga que pensa na água,

Ela está em você.


domingo, 26 de outubro de 2025

Anagrama

 



Rodolfo Pamplona Filho



Combinação de letras 

que trazem mais intriga  

do que certeza 


Inspiração e criatividade  

em transmitir  

uma mensagem  


Sensação de surpresa 

ao descobrir  

seu significado 


Explicação convincente  

de que o que é oculto  

pode ser desvendado 


 


Salvador, 24 de janeiro de 2021. 

sábado, 25 de outubro de 2025

Retrato

 





Cecília Meireles




Eu não tinha este rosto de hoje,

Assim calmo, assim triste, assim magro,

Nem estes olhos tão vazios,

Nem o lábio amargo.


Eu não tinha estas mãos sem força,

Tão paradas e frias e mortas;

Eu não tinha este coração

Que nem se mostra.


Eu não dei por esta mudança,

Tão simples, tão certa, tão fácil:

- Em que espelho ficou perdida

a minha face?





sexta-feira, 24 de outubro de 2025

Homens Feministas?

 





Rodolfo Pamplona Filho





Seu medo é diferente do meu.

Seu sexo pode ser

instrumento de terror.

Não me venha com

suas boas intenções,

pois, com elas,

pavimenta-se

a estrada para o inferno.

Sua posição soa mais

como indevida apropriação

do que compartilhamento.

Sua gentileza vira violência

Seu abraço não conforta,

mas, sim, agride.

O seu beijo machuca

e seu carinho quer me subjugar.

Não preciso de um defensor,

mas, sim, de um aliado,

quando chamado,

pois mesmo aliados

podem ser encarados

como inimigos infiltrados,

se não for delimitado

qual seja seu lugar de fala.

Suas brincadeiras não têm graça.

Sua cortesia me ofende.

Suas palavras,

em vez de inspirar,

apenas despertam minha ira.

Melhor permanecer calado...

E simplesmente ficar ao lado,

esperando a manifestação

de quem se ofendeu,

aguardando a reação,

em vez de tomar,

para si, a sua defesa,

pois, até para lutar,

é preciso legitimidade,

para não desvalorizar o movimento...




Salvador, 16 de agosto de 2016, compreendendo-se como parte do opressor na busca por não oprimir...

quinta-feira, 23 de outubro de 2025

Lições sobre a mesa

 










(Negra Luz)




Meu caqueiro hoje parecia algo dizer.


Olhei de cima para baixo,


Girei o, para melhor percebê-lo,


Havia algo a aprender.


Palmas secas sobre o descanso da terra,


Palmas maiores, mais antigas, talvez,


Arqueando suas astes,


Com beleza,


Em um sucumbir às ações de Tempo.


Do tempo passado,


Do tempo presente, 


Do tempo futuro,


Do tempo impensado.


Do tempo que não queremos ver.


Ao lado dessas astes mais amadurecidas,


Outras.


No apogeu da vida desfilavam,


Guiadas pela luz do sol.


Beleza!


Era o ballet da vida, permitindo as estações.


Em destaque, com quase todas as folhas fechadas,


Ainda em desalinho,


Num verde de quem começa a viver as primeiras primaveras,


Uma palma tirou-me palmas do olhar!


A beleza da juventude,


Uma luz a mais naquele caco de plantas sobre a mesa.


Nele, lições:


A integração entre os tempos da vida,


A harmonia entre o ontem, o agora e o depois,


A alternância entre o novo, o maduro e o antigo,


O equilíbrio entre o nascer, crescer, amadurecer...


E, um dia, descansar...


Todos...


Um dia.


quarta-feira, 22 de outubro de 2025

Autorresponsabilização

 


 

Rodolfo Pamplona Filho



Há pessoas que desconhecem  

o significado da  

Autoresponsabilização... 

Ser adulto o suficiente  

e Assumir seus defeitos... 

Crescer finalmente  

E Não justificar com os outros  

o que foi feito por si  

Talvez seja pedir demais  

de quem somente  

aprendeu a ver 

o seu próprio umbigo... 


 


Salvador, 26 de janeiro de 2021.

terça-feira, 21 de outubro de 2025

Terra e Mar ou Mar e Terra?

 




(Paulo Basílio - 05/01/2016)




Um oceano a lhes separar.

O mesmo sol, o mesmo mar.

A mesma terra. O mesmo luar,

Só não o mesmo lugar.


Tão perto:

No pensamento.

Mas tão distante:

No firmamento.


Como naufrago numa ilha,

Com um mar à frente,

Vê-se como indigente.



A distância é de milhas.

Apesar de chamar Terra,

É o Mar que tudo encerra?







segunda-feira, 20 de outubro de 2025

Afundando



 



Rodolfo Pamplona Filho



Dores 


Stress 

Tristeza 

Solidão  

Cansaço  

Desesperança  

Medo 

Desilusão  

Receio  

Pavor 

Pânico  

Expiação  

 

Salvador, 03 de fevereiro de 2021. 

domingo, 19 de outubro de 2025

Fortuna – Deusa Romana da Sorte

 




(Paulo Basílio – 24/09/2020)




Fortuna ou azar.

Amor ou rancor.

Alegria ou tragédia.

Caos ou Harmonia.


Deusa Romana.

Valores e poemas medievais,

Da coletânea Carmina Burana

Hoje não se encontram mais?


A música pode ser clássica.

Mas a roda da fortuna hoje,

Ainda causa grande furor.

Assim, todo cuidado com a álea.


Não se deixem enganar:

Ter sorte ou azar,

Na vida, na saúde ou no amor 

Não é questão só de destino.



sábado, 18 de outubro de 2025

Desculpa qualquer coisa

 


 



Rodolfo Pamplona Filho



Desculpa qualquer coisa

como se houvesse o que desculpar

Desculpa qualquer coisa

para eu não ter que perguntar

Desculpa qualquer coisa

pois não sei o que fiz de errado

Desculpa qualquer coisa

para não me deixar de lado

Desculpa qualquer coisa

(talvez você não tenha visto)

Desculpa qualquer coisa

se ocorreu foi imprevisto

Desculpa qualquer coisa

ou alguma determinada

Desculpa qualquer coisa

não tenho culpa de nada

Desculpa qualquer coisa

não consigo assumir que errei

Desculpa qualquer coisa

seguirei meu caminho sem lei...


Desculpa qualquer coisa...


 


Salvador, 28 de maio de 2020.


sexta-feira, 17 de outubro de 2025

Hemetério – Educador Negro






(Paulo Basílio – 12/07/2020)





Hoje quero falar, 


sem mistério,


De um educador negro,


Do império.




Já antes da abolição,


Denunciava o racismo.


Apesar de toda a discriminação,


Foi exemplo de multiculturalismo.




Lecionava português.


Foi da academia de filologia.


Sábio também no francês,


Mestre igualmente na ideologia.




Queria educação universal, 


Brancos e Pretos juntos.


Não a queria parcial:


Viva Hemetério José dos Santos.





quinta-feira, 16 de outubro de 2025

Aldrava

 




Rodolfo Pamplona Filho



 Aldrava 


Aljava 


A porta  


ou a trava 


A saída  


ou a arma  


A paz  


ou o Karma  


 


Salvador, 24 de janeiro de 2021

quarta-feira, 15 de outubro de 2025

A quem mais amo


 




Negra Luz



Para ficar,


Me dê motivos...


Está bem mais fácil eu me perder.


Para apostar,


Me dê razões...


A aposta é alta. E se eu perder?


A quem cobrar?


Não há garantias...


A conta é alta, para não te perder.


Você está Rei,


Eu nasci Rainha...


O meu reinado vai além de você.


Amar...


Eu amo.


Afirmo isso.


A quem mais amo?


Meu próprio ser.







terça-feira, 14 de outubro de 2025

Meu Tudo






Rodolfo Pamplona Filho



Você é  


o que sempre sonhei 


Meu número 


Meu par 


Minha perfeição em tudo 


Meu alvo  


Minha meta 


Meu objetivo de vida  


Minha metade 


Minha parceria e companhia 


A luz que ilumina o dia  


O amor que preencheu 


minha alma que andava vazia  


 


Salvador, 14 de janeiro de 2021. 

segunda-feira, 13 de outubro de 2025

Como é a nossa escrita








Ludmila Costa




Como é a nossa escrita


vista por outros leitores?


Causa dor?


Causa amor?


Causa raiva?


Causa tristeza?


Causa inspiração?


Que causemos um pouco de tudo


menos a solidão de não ser lido!


Justa causa amar a poesia!








domingo, 12 de outubro de 2025

Servir na Pandemia

 





Rodolfo Pamplona Filho




Há muitas formas de servir,


inclusive na pandemia!


Talvez, no fundo, se permitir


amenizar a agonia


de simplesmente desconhecer


o que reserva o futuro


e, por isso, aprender


a superar o tempo duro


sem esperar nada em troca,


mesmo sem sair de sua toca,


é possível exercitar


a missão de se entregar


em lives ou campanhas,


realizar grandes façanhas


de profunda solidariedade,


descobrindo a alteridade


e o prazer do voluntariado


em servir quem está ao lado


somente pela sensação


de dividir seu próprio pão


e fazer a coisa certa


por manter a mente aberta


para aprender a lição


que Gandhi ensinou com o coração:


“Quem não vive para servir


não serve para viver”


 


Salvador, 28 de junho de 2020.

sábado, 11 de outubro de 2025

Direito e Poesia







Maria Aparecida Francisco


De onde nasce o direito? 


E a poesia, de onde nascerá ?


Penso em mil respostas


Mas qual delas será? 




No direito há palavras


Que buscam te ajudar


Na poesia as palavras


Expressam o seu olhar




Direito e Poesia


Ambos nascem


Do sentimento humano


Que busca se consolar




Sentimento de amor


De dor


De horror


Sentimento libertador




Assim nasce o direito


E assim a poesia nascerá 


Sempre do sentimento 


Que o homem externar







sexta-feira, 10 de outubro de 2025

Ignorantes e Sábios





Rodolfo Pamplona Filho



O ignorante não duvida,

pois ignora que desconhece,

uma vez que seu universo inteiro

cabe nos limites de seu olhar.


Já o Sábio sempre duvida,

pois conhece o que discute,

uma vez que aprendeu a aprender

que não há limite para o pensar.


E os dois convivem diariamente,

muitas vezes em um paradoxo

do ignorante achar o sábio limitado

e este considerar o outro fascinante.


Porém, nesta estranha situação,

não se achará qualquer contradição,

pois cada um mede o outro

pelas réguas que a vida lhe deu...


Independente de toda a glória,

com quem se identifica você?

O ignorante governa a memória

e o sábio tende a obedecer,


já que a tal da meritocracia

é um mero discurso de retórica,

tal qual a sonhada democracia

e toda conquista histórica


que elege tanto grandes mentes,

quanto profundos imbecis,

só nos restando torcer pacientes

por escolhas menos vis...




São Paulo, 08 de abril de 2012.

quinta-feira, 9 de outubro de 2025

O crivo do não saber da falsa esperança

 








A vida  criva o agrado da falsa esperança em um fardo pesado, que nem  alça de uma calça que não laça. 


A impostora, a  mentirosa,  a farsante ou hipócrita falsa esperança.  


A ânsia do ancorar no Lar que leva a um destoar. 


Um aborrecimento, uma mentira ou tirania. Eis o crivo do livro vivo que construímos em uma falsa esperança do não saber.




Que guiado e liderado  pelo o sonhar que nos criva. 


Da incógnita cotidiana  do sonhar ou não sonhar? 


Acreditar ou não acreditar, para o  medo de nós arranhar e nos ferir no ir. 




Não vamos ancorar se não sonharmos. 


Não vamos acompanhar o marchar da maré. 


Não vamos nem ao menos ter lido o livro do não saber


Mas se for um houver do muro sem lucro. 


Das  as alegrias… 


das  alegorias das falácias que não devem ser cogitadas, digitadas, lidas e escritas. 


Das idas às ideias inobsoletas das Borboletas das letras da falsa esperança.


 


Mas, se não sonhar não teremos vivido o livro.  


Do amada do nada. 


Do rechear do cheirar do lar 


Do avistar até aterrar em uma terra do além mar


Para que o amarrar do amar, se torne lar. Eis, o livro do não saber do escrito, digitado ou cogitado.




O que fizeram, o que eu fiz e para onde fui. 


É foda, a cabeça lota em quotas de devaneio. 


Sujeira que me jogaram, amarraram e me deixaram em uma mar uivante de Abrantes.  


Não se iluda com a forma lúdica da localidade airosa, porque não existe rosas sem espinhos, nem que se for no pinho do seu ninho. 


Não importa a forma, a sonata está perdida em uma ida sem partida, mas com chegada aonada mais me consola.  




As solas nem estão gastas em lascas. Mas já sei que não há nada mais. 


Porque não há? 


Porque eu já disse, me sujaram, amarraram e me jogaram no meio do nada e eu não sei nadar, nem ao menos andar no desconhecido. 


Não sei que lugar é esse, 


Não sei se tenhas o nobre e o pobre, e se eles se importam em ouvir os meus pensamentos confusos tontos pela… a maré.   


A porta parece  torta,  cheias de discursos  de nenhures. Porque, donde eu veio pelos devaneios, não conheci achar meios a abrir. 




A cabeça tida madura, já sabe que a vida  é assim, dura igual uma pedra, que  que  esmurra em uma algazarra de sentimentos. 


Uma verdadeira surra de  momentos e tormentos em só lamentos. 


Não se engane ou encane, dizem que é apenas uma pane no sistema. 


Urge então a necessidade de saber, para não beber na fonte da ignorância, porque a ânsia em uma direção de uma ação, que nasce naquela  idade.


Naquela idade, em que você não vê as coisas do jeito que antes via. 


Você de per si, sabe que  a vida é assim, no sim ou no não, sempre serei o anão da pirâmide. 




Ahhh, se eu pudesse ja ter descobre está chave mestra para concertar ou atar os nós do que já se foi. 


Aos  amigos que você tem que não ligam, 


o  sinal de pane aparece e você não amanhece 


É, no verso da canção, no abrir da chave, que a ave ligeira já sabe antes  que você, que é só ela e mais nada. 


Não existe amor no clamor da dor de um sociedade doente. 


Quem fala que sim mente, pela  simples mediocridade que transforma a terra em letra de funeral. 


Não existe compaixão, nem paixão. 


Não existe nada além dessa vida, porque na ida, você sabe que  somos meros passageiros prestes a partir. 


Desligue os castelos do tetris, que moldam quem está certo ou errado na peça de encaixe, desligue a máquina, desligue a cina.  


Porque nada importa, nem a forma, nem o como e o porque.




O Turbilhão em um bilhão de reações. 


A falta de quem  não tem alta, por um amor verdadeiro, sincero, companheiro na jornada da vida, nem que se for para uma ida sem partida.


Incógnita que Incomoda, quase coca, roça a aguça por resposta. 


O meu eu tosta, queima, chamusca a sina da mina  da ocitocina com a dopamina. 


Não hesita, nessa usina de toxina a saber. 


Mas, quem me  dera saber a resposta para essa incógnita que me habita que não hesita. 




Quem me dera  as respostas, se nem sei quais são as perguntas, que me perfazem. 


É nessa usina, que ser zem não me fazem ir além do óbvio. 


Mas que me dera saber o que meu corpo quer beber? Se é nessa usina de ocitocina com dopamina que eu vivo até ir ao além, nem se for sem ou com a resposta. 


A incógnita nitra o que sei lá eu sou, só sei que zem eu não sou, nem com serotonina eu sou. 


Sou eu, um bilhão de reações sem lições de moralidade e eticidade.  


Sou eu quem caminha nessa mina de toxina e paixão em uma mansão sem uma lição a te dar.


Nem mandar a onde andar, porem a quem lhe vem apenas excitar o meu eu até onde for, nem que se for sem alem a algo que nem existe.


Sou eu turbilhão em um bilhão de reações com ações, sem lições, mas com desejos e medos.





Vitor Henrique

quarta-feira, 8 de outubro de 2025

Sabe...



Rodolfo Pamplona Filho



Sabe ...  


por vezes, esperei  


uma reposta sua,  


mas não entendi  


que já respondera 


da forma mais pura... 


 


Sabe... 


Talvez não tenha  


tido ouvidos para  


ouvir o silêncio... 


sei que ele é música, 


por vezes ensurdecedora 


por vezes detentora 


de todos os sentidos... 


 


Sabe... 


Você me respondeu  


tantas vezes  


e eu não escutei... 


O vazio é uma reposta  


que também nos é imposta... 

 


Será a pandemia? 


Será o dia a dia? 


Será falta de razão? 


Ou foi o grande coração? 


Não sei,  


só sei  


é só você  


sabe... 


que você respondeu  


e eu não ouvia.  


 


Salvador, 5 de fevereiro de 2021.

terça-feira, 7 de outubro de 2025

Chatices




Negra Luz





Que chatice a minha!


Ficar revolvendo o passado


Que chatice do mar?


Revolver- se no oceano?



Que chatice o outro!


Envolvendo- se em minha vida


Que chatice do sol!


Aquecer toda a vida?



Que chatice de nós!


Perdendo tempo com partidas


Que chatice do tempo!


A nos curar as feridas?



Que chatice!


Faltam repostas a tornar forte a rima


Que chatice! Desisto!


De ser livre? Imagina?





segunda-feira, 6 de outubro de 2025

Desilusão

 



 Rodolfo Pamplona Filho


A gente pensa  


que o emprego sempre estará lá, 


que conseguirá se desdobrar, 


que a saúde sempre estará boa 


que a vida será longa... 


 


A gente pensa  


que tudo vai dar certo 


que sempre estará perto 


que será sempre esperto 


que nunca ficará descoberto  


 


A gente pensa  


que vai viver eternamente, 


que a dor não é permanente, 


que nossos pais nunca faltarão 


até o dia da desilusão... 


 


Salvador, 05 de fevereiro de 2021. 

domingo, 5 de outubro de 2025

Ironia ou faceta







(Negra Luz)




Não há surpresa!


O homem agoniza o que a sua mãe vem agonizando...


Falta-se oxigênio no Pulmão do Mundo.


O povo amazonense é mais um filho deste Pulmão.


Agoniza o que já é agonia para Amazônia: 


Nas matas, o fogo, a seca, levou fauna, levou flora, secou córrego, obriga indígena a sair do seu lugar.


Há fotografias dessa triste realidade,


Que muitos querem camuflar.


Gasta-se milhões para encomendar novo satélite,


Economiza-se com a fiscalização. 


Paradoxos ou faces da mesma moeda...


Uma alimentada pela outra.


Agora é a vida humana que está a agonizar...


Exaurimento de um crime complexo,


Anunciado por cada metro quadrado de mata que foi...


Vidas seguem arfando pelo Oxigênio 


O povo caboclo importa!


Mas são parte de um ecossistema maior: Amazônia. 


E ela é Brasil! 


E ela é Mundo!


E ela é nosso Pulmão!


E nela o nosso Oxigênio!





sábado, 4 de outubro de 2025

Eu não ligo



 



Rodolfo Pamplona Filho




Eu não ligo


para a opinião das pessoas;


para os comentários maldosos;


para os olhares insinuantes;


para quem não me deseja o bem.


 


Eu não ligo


para os modelos de comportamento;


para os códigos de vestimenta;


para as palavras venenosas;


para as atitudes que me jogam para baixo


 


Eu não ligo


para quem quer mandar em minha vida;


para quem quer me dizer o certo e o errado;


para quem quer controlar minhas opiniões;


para quem não quer me fazer bem.


 


Salvador, 30 de novembro de 2020

sexta-feira, 3 de outubro de 2025

Pequenos na Imensidão



 

Maria Aparecida Francisco 



A imensidão dos pequenos


Pequenos na imensidão


O homem e o universo


Na sua real dimensão 


 


O homem é um ponto insignificante


Na imensidão do universo 


Ao longe desaparece


Nas profundezas de um olhar


 


O universo é gigante


Nossos olhos não conseguem findar


Só na mente do homem 


Que quer sempre dominar


 


Dominar a natureza 


Dominar o universo 


Dominar o próprio homem


Para então um Deus se tornar


 


Quem será o gigante


Que conseguirá se superar


Desnudando os próprios monstros 


Para então se libertar


 


Imenso é universo 


Assim como a mente humana


Que busca o inverso  


Com suas atitudes desumanas


 


Humildade tem que haver


Pois somos um pontinho no universo 


A arrogância deve desaparecer


Extinguindo os homens perversos


 


O universo é exemplo


De grandeza e humildade


E é assim que devemos ser


Com a própria humanidade 


 



quinta-feira, 2 de outubro de 2025

Gozar

 

 






Rodolfo Pamplona Filho



Gozar


a vida


o momento


a companhia


a cara de alguém


de forma gostosa


abundante


incessante


como há muito tempo


como nunca antes


é bom


é ótimo


é sublime


é imprescindível.


 


Praia do Forte, 03 de janeiro de 2021.

quarta-feira, 1 de outubro de 2025

Um poema pra Luciana Brasileiro

 



Wlademir Lira


A poesia é larga, no lamento, na dor e na felicidade,

A poesia é tudo, é pouco, é tristeza, é alegria,


O poema cala, fala, vive e morre todo dia,


Porque o poema é a ilusão do presente e da saudade.




O poema é fruto de todas as ilusões,


É a conquista dos quem querem conquistar,


Poesia é ser feliz no bom e eterno amar,


É triste no reviver de todas nossas frustrações.




O poema fala, canta e lhe entrega esperança,


O poema é tudo que se quer, e é desilusão,


O poema não é sempre a melhor lembrança,


A poesia é forte, quando fraqueja a dor do coração.




O poeta é largado no mundo da poesia,


O poeta não constrói, nem é dono do poema,


O poeta é descobridor da poesia antes calada.




Declamada a poesia, deixa de ser do poeta 


É tudo que a poesia é, não o que que quer ser,


Éo fruto do poema, das palavras da poesia.




O poema é o melhor que se pode ter do poeta,


É fruto, não é flor, não o que inicia,


Não a dádiva que se espera do poema.




O poeta vez por outra com a realidade flerta,


Mas traduz em poemas a vida de cada dia,


Cada amor, cada angústia, cada ilusão, cada cena.