Rodolfo Pamplona Filho
Aldrava
Aljava
A porta
ou a trava
A saída
ou a arma
A paz
ou o Karma
Salvador, 24 de janeiro de 2021
Blog para ler e pensar... Um texto por dia... é a promessa... Ficarei muito feliz em ler e saber o que cada palavra despertou... Se você quiser compartilhar um texto, não hesite em mandar para rpf@rodolfopamplonafilho.com.br. Aqui, não compartilho apenas os meus textos, mas de poetas que eu já admiro e de todas as pessoas que queiram viajar comigo na poesia... Se quiser conhecer somente a minha poesia, acesse o blog rpf-poesia.blogspot.com.br. Espero que goste... Ficarei feliz com isso...
Rodolfo Pamplona Filho
Aldrava
Aljava
A porta
ou a trava
A saída
ou a arma
A paz
ou o Karma
Salvador, 24 de janeiro de 2021
Negra Luz
Para ficar,
Me dê motivos...
Está bem mais fácil eu me perder.
Para apostar,
Me dê razões...
A aposta é alta. E se eu perder?
A quem cobrar?
Não há garantias...
A conta é alta, para não te perder.
Você está Rei,
Eu nasci Rainha...
O meu reinado vai além de você.
Amar...
Eu amo.
Afirmo isso.
A quem mais amo?
Meu próprio ser.
Rodolfo Pamplona Filho
Você é
o que sempre sonhei
Meu número
Meu par
Minha perfeição em tudo
Meu alvo
Minha meta
Meu objetivo de vida
Minha metade
Minha parceria e companhia
A luz que ilumina o dia
O amor que preencheu
minha alma que andava vazia
Salvador, 14 de janeiro de 2021.
Ludmila Costa
Como é a nossa escrita
vista por outros leitores?
Causa dor?
Causa amor?
Causa raiva?
Causa tristeza?
Causa inspiração?
Que causemos um pouco de tudo
menos a solidão de não ser lido!
Justa causa amar a poesia!
Rodolfo Pamplona Filho
Há muitas formas de servir,
inclusive na pandemia!
Talvez, no fundo, se permitir
amenizar a agonia
de simplesmente desconhecer
o que reserva o futuro
e, por isso, aprender
a superar o tempo duro
sem esperar nada em troca,
mesmo sem sair de sua toca,
é possível exercitar
a missão de se entregar
em lives ou campanhas,
realizar grandes façanhas
de profunda solidariedade,
descobrindo a alteridade
e o prazer do voluntariado
em servir quem está ao lado
somente pela sensação
de dividir seu próprio pão
e fazer a coisa certa
por manter a mente aberta
para aprender a lição
que Gandhi ensinou com o coração:
“Quem não vive para servir
não serve para viver”
Salvador, 28 de junho de 2020.
Maria Aparecida Francisco
De onde nasce o direito?
E a poesia, de onde nascerá ?
Penso em mil respostas
Mas qual delas será?
No direito há palavras
Que buscam te ajudar
Na poesia as palavras
Expressam o seu olhar
Direito e Poesia
Ambos nascem
Do sentimento humano
Que busca se consolar
Sentimento de amor
De dor
De horror
Sentimento libertador
Assim nasce o direito
E assim a poesia nascerá
Sempre do sentimento
Que o homem externar
Rodolfo Pamplona Filho
O ignorante não duvida,
pois ignora que desconhece,
uma vez que seu universo inteiro
cabe nos limites de seu olhar.
Já o Sábio sempre duvida,
pois conhece o que discute,
uma vez que aprendeu a aprender
que não há limite para o pensar.
E os dois convivem diariamente,
muitas vezes em um paradoxo
do ignorante achar o sábio limitado
e este considerar o outro fascinante.
Porém, nesta estranha situação,
não se achará qualquer contradição,
pois cada um mede o outro
pelas réguas que a vida lhe deu...
Independente de toda a glória,
com quem se identifica você?
O ignorante governa a memória
e o sábio tende a obedecer,
já que a tal da meritocracia
é um mero discurso de retórica,
tal qual a sonhada democracia
e toda conquista histórica
que elege tanto grandes mentes,
quanto profundos imbecis,
só nos restando torcer pacientes
por escolhas menos vis...
São Paulo, 08 de abril de 2012.
A vida criva o agrado da falsa esperança em um fardo pesado, que nem alça de uma calça que não laça.
A impostora, a mentirosa, a farsante ou hipócrita falsa esperança.
A ânsia do ancorar no Lar que leva a um destoar.
Um aborrecimento, uma mentira ou tirania. Eis o crivo do livro vivo que construímos em uma falsa esperança do não saber.
Que guiado e liderado pelo o sonhar que nos criva.
Da incógnita cotidiana do sonhar ou não sonhar?
Acreditar ou não acreditar, para o medo de nós arranhar e nos ferir no ir.
Não vamos ancorar se não sonharmos.
Não vamos acompanhar o marchar da maré.
Não vamos nem ao menos ter lido o livro do não saber
Mas se for um houver do muro sem lucro.
Das as alegrias…
das alegorias das falácias que não devem ser cogitadas, digitadas, lidas e escritas.
Das idas às ideias inobsoletas das Borboletas das letras da falsa esperança.
Mas, se não sonhar não teremos vivido o livro.
Do amada do nada.
Do rechear do cheirar do lar
Do avistar até aterrar em uma terra do além mar
Para que o amarrar do amar, se torne lar. Eis, o livro do não saber do escrito, digitado ou cogitado.
O que fizeram, o que eu fiz e para onde fui.
É foda, a cabeça lota em quotas de devaneio.
Sujeira que me jogaram, amarraram e me deixaram em uma mar uivante de Abrantes.
Não se iluda com a forma lúdica da localidade airosa, porque não existe rosas sem espinhos, nem que se for no pinho do seu ninho.
Não importa a forma, a sonata está perdida em uma ida sem partida, mas com chegada aonada mais me consola.
As solas nem estão gastas em lascas. Mas já sei que não há nada mais.
Porque não há?
Porque eu já disse, me sujaram, amarraram e me jogaram no meio do nada e eu não sei nadar, nem ao menos andar no desconhecido.
Não sei que lugar é esse,
Não sei se tenhas o nobre e o pobre, e se eles se importam em ouvir os meus pensamentos confusos tontos pela… a maré.
A porta parece torta, cheias de discursos de nenhures. Porque, donde eu veio pelos devaneios, não conheci achar meios a abrir.
A cabeça tida madura, já sabe que a vida é assim, dura igual uma pedra, que que esmurra em uma algazarra de sentimentos.
Uma verdadeira surra de momentos e tormentos em só lamentos.
Não se engane ou encane, dizem que é apenas uma pane no sistema.
Urge então a necessidade de saber, para não beber na fonte da ignorância, porque a ânsia em uma direção de uma ação, que nasce naquela idade.
Naquela idade, em que você não vê as coisas do jeito que antes via.
Você de per si, sabe que a vida é assim, no sim ou no não, sempre serei o anão da pirâmide.
Ahhh, se eu pudesse ja ter descobre está chave mestra para concertar ou atar os nós do que já se foi.
Aos amigos que você tem que não ligam,
o sinal de pane aparece e você não amanhece
É, no verso da canção, no abrir da chave, que a ave ligeira já sabe antes que você, que é só ela e mais nada.
Não existe amor no clamor da dor de um sociedade doente.
Quem fala que sim mente, pela simples mediocridade que transforma a terra em letra de funeral.
Não existe compaixão, nem paixão.
Não existe nada além dessa vida, porque na ida, você sabe que somos meros passageiros prestes a partir.
Desligue os castelos do tetris, que moldam quem está certo ou errado na peça de encaixe, desligue a máquina, desligue a cina.
Porque nada importa, nem a forma, nem o como e o porque.
O Turbilhão em um bilhão de reações.
A falta de quem não tem alta, por um amor verdadeiro, sincero, companheiro na jornada da vida, nem que se for para uma ida sem partida.
Incógnita que Incomoda, quase coca, roça a aguça por resposta.
O meu eu tosta, queima, chamusca a sina da mina da ocitocina com a dopamina.
Não hesita, nessa usina de toxina a saber.
Mas, quem me dera saber a resposta para essa incógnita que me habita que não hesita.
Quem me dera as respostas, se nem sei quais são as perguntas, que me perfazem.
É nessa usina, que ser zem não me fazem ir além do óbvio.
Mas que me dera saber o que meu corpo quer beber? Se é nessa usina de ocitocina com dopamina que eu vivo até ir ao além, nem se for sem ou com a resposta.
A incógnita nitra o que sei lá eu sou, só sei que zem eu não sou, nem com serotonina eu sou.
Sou eu, um bilhão de reações sem lições de moralidade e eticidade.
Sou eu quem caminha nessa mina de toxina e paixão em uma mansão sem uma lição a te dar.
Nem mandar a onde andar, porem a quem lhe vem apenas excitar o meu eu até onde for, nem que se for sem alem a algo que nem existe.
Sou eu turbilhão em um bilhão de reações com ações, sem lições, mas com desejos e medos.
Vitor Henrique
Rodolfo Pamplona Filho
Sabe ...
por vezes, esperei
uma reposta sua,
mas não entendi
que já respondera
da forma mais pura...
Sabe...
Talvez não tenha
tido ouvidos para
ouvir o silêncio...
sei que ele é música,
por vezes ensurdecedora
por vezes detentora
de todos os sentidos...
Sabe...
Você me respondeu
tantas vezes
e eu não escutei...
O vazio é uma reposta
que também nos é imposta...
Será a pandemia?
Será o dia a dia?
Será falta de razão?
Ou foi o grande coração?
Não sei,
só sei
é só você
sabe...
que você respondeu
e eu não ouvia.
Salvador, 5 de fevereiro de 2021.
Negra Luz
Que chatice a minha!
Ficar revolvendo o passado
Que chatice do mar?
Revolver- se no oceano?
Que chatice o outro!
Envolvendo- se em minha vida
Que chatice do sol!
Aquecer toda a vida?
Que chatice de nós!
Perdendo tempo com partidas
Que chatice do tempo!
A nos curar as feridas?
Que chatice!
Faltam repostas a tornar forte a rima
Que chatice! Desisto!
De ser livre? Imagina?
Rodolfo Pamplona Filho
A gente pensa
que o emprego sempre estará lá,
que conseguirá se desdobrar,
que a saúde sempre estará boa
que a vida será longa...
A gente pensa
que tudo vai dar certo
que sempre estará perto
que será sempre esperto
que nunca ficará descoberto
A gente pensa
que vai viver eternamente,
que a dor não é permanente,
que nossos pais nunca faltarão
até o dia da desilusão...
Salvador, 05 de fevereiro de 2021.
(Negra Luz)
Não há surpresa!
O homem agoniza o que a sua mãe vem agonizando...
Falta-se oxigênio no Pulmão do Mundo.
O povo amazonense é mais um filho deste Pulmão.
Agoniza o que já é agonia para Amazônia:
Nas matas, o fogo, a seca, levou fauna, levou flora, secou córrego, obriga indígena a sair do seu lugar.
Há fotografias dessa triste realidade,
Que muitos querem camuflar.
Gasta-se milhões para encomendar novo satélite,
Economiza-se com a fiscalização.
Paradoxos ou faces da mesma moeda...
Uma alimentada pela outra.
Agora é a vida humana que está a agonizar...
Exaurimento de um crime complexo,
Anunciado por cada metro quadrado de mata que foi...
Vidas seguem arfando pelo Oxigênio
O povo caboclo importa!
Mas são parte de um ecossistema maior: Amazônia.
E ela é Brasil!
E ela é Mundo!
E ela é nosso Pulmão!
E nela o nosso Oxigênio!
Rodolfo Pamplona Filho
Eu não ligo
para a opinião das pessoas;
para os comentários maldosos;
para os olhares insinuantes;
para quem não me deseja o bem.
Eu não ligo
para os modelos de comportamento;
para os códigos de vestimenta;
para as palavras venenosas;
para as atitudes que me jogam para baixo
Eu não ligo
para quem quer mandar em minha vida;
para quem quer me dizer o certo e o errado;
para quem quer controlar minhas opiniões;
para quem não quer me fazer bem.
Salvador, 30 de novembro de 2020
Maria Aparecida Francisco
A imensidão dos pequenos
Pequenos na imensidão
O homem e o universo
Na sua real dimensão
O homem é um ponto insignificante
Na imensidão do universo
Ao longe desaparece
Nas profundezas de um olhar
O universo é gigante
Nossos olhos não conseguem findar
Só na mente do homem
Que quer sempre dominar
Dominar a natureza
Dominar o universo
Dominar o próprio homem
Para então um Deus se tornar
Quem será o gigante
Que conseguirá se superar
Desnudando os próprios monstros
Para então se libertar
Imenso é universo
Assim como a mente humana
Que busca o inverso
Com suas atitudes desumanas
Humildade tem que haver
Pois somos um pontinho no universo
A arrogância deve desaparecer
Extinguindo os homens perversos
O universo é exemplo
De grandeza e humildade
E é assim que devemos ser
Com a própria humanidade
Rodolfo Pamplona Filho
Gozar
a vida
o momento
a companhia
a cara de alguém
de forma gostosa
abundante
incessante
como há muito tempo
como nunca antes
é bom
é ótimo
é sublime
é imprescindível.
Praia do Forte, 03 de janeiro de 2021.
Wlademir Lira
A poesia é larga, no lamento, na dor e na felicidade,
A poesia é tudo, é pouco, é tristeza, é alegria,
O poema cala, fala, vive e morre todo dia,
Porque o poema é a ilusão do presente e da saudade.
O poema é fruto de todas as ilusões,
É a conquista dos quem querem conquistar,
Poesia é ser feliz no bom e eterno amar,
É triste no reviver de todas nossas frustrações.
O poema fala, canta e lhe entrega esperança,
O poema é tudo que se quer, e é desilusão,
O poema não é sempre a melhor lembrança,
A poesia é forte, quando fraqueja a dor do coração.
O poeta é largado no mundo da poesia,
O poeta não constrói, nem é dono do poema,
O poeta é descobridor da poesia antes calada.
Declamada a poesia, deixa de ser do poeta
É tudo que a poesia é, não o que que quer ser,
Éo fruto do poema, das palavras da poesia.
O poema é o melhor que se pode ter do poeta,
É fruto, não é flor, não o que inicia,
Não a dádiva que se espera do poema.
O poeta vez por outra com a realidade flerta,
Mas traduz em poemas a vida de cada dia,
Cada amor, cada angústia, cada ilusão, cada cena.