quinta-feira, 16 de outubro de 2025

Aldrava

 




Rodolfo Pamplona Filho



 Aldrava 


Aljava 


A porta  


ou a trava 


A saída  


ou a arma  


A paz  


ou o Karma  


 


Salvador, 24 de janeiro de 2021

quarta-feira, 15 de outubro de 2025

A quem mais amo


 




Negra Luz



Para ficar,


Me dê motivos...


Está bem mais fácil eu me perder.


Para apostar,


Me dê razões...


A aposta é alta. E se eu perder?


A quem cobrar?


Não há garantias...


A conta é alta, para não te perder.


Você está Rei,


Eu nasci Rainha...


O meu reinado vai além de você.


Amar...


Eu amo.


Afirmo isso.


A quem mais amo?


Meu próprio ser.







terça-feira, 14 de outubro de 2025

Meu Tudo






Rodolfo Pamplona Filho



Você é  


o que sempre sonhei 


Meu número 


Meu par 


Minha perfeição em tudo 


Meu alvo  


Minha meta 


Meu objetivo de vida  


Minha metade 


Minha parceria e companhia 


A luz que ilumina o dia  


O amor que preencheu 


minha alma que andava vazia  


 


Salvador, 14 de janeiro de 2021. 

segunda-feira, 13 de outubro de 2025

Como é a nossa escrita








Ludmila Costa




Como é a nossa escrita


vista por outros leitores?


Causa dor?


Causa amor?


Causa raiva?


Causa tristeza?


Causa inspiração?


Que causemos um pouco de tudo


menos a solidão de não ser lido!


Justa causa amar a poesia!








domingo, 12 de outubro de 2025

Servir na Pandemia

 





Rodolfo Pamplona Filho




Há muitas formas de servir,


inclusive na pandemia!


Talvez, no fundo, se permitir


amenizar a agonia


de simplesmente desconhecer


o que reserva o futuro


e, por isso, aprender


a superar o tempo duro


sem esperar nada em troca,


mesmo sem sair de sua toca,


é possível exercitar


a missão de se entregar


em lives ou campanhas,


realizar grandes façanhas


de profunda solidariedade,


descobrindo a alteridade


e o prazer do voluntariado


em servir quem está ao lado


somente pela sensação


de dividir seu próprio pão


e fazer a coisa certa


por manter a mente aberta


para aprender a lição


que Gandhi ensinou com o coração:


“Quem não vive para servir


não serve para viver”


 


Salvador, 28 de junho de 2020.

sábado, 11 de outubro de 2025

Direito e Poesia







Maria Aparecida Francisco


De onde nasce o direito? 


E a poesia, de onde nascerá ?


Penso em mil respostas


Mas qual delas será? 




No direito há palavras


Que buscam te ajudar


Na poesia as palavras


Expressam o seu olhar




Direito e Poesia


Ambos nascem


Do sentimento humano


Que busca se consolar




Sentimento de amor


De dor


De horror


Sentimento libertador




Assim nasce o direito


E assim a poesia nascerá 


Sempre do sentimento 


Que o homem externar







sexta-feira, 10 de outubro de 2025

Ignorantes e Sábios





Rodolfo Pamplona Filho



O ignorante não duvida,

pois ignora que desconhece,

uma vez que seu universo inteiro

cabe nos limites de seu olhar.


Já o Sábio sempre duvida,

pois conhece o que discute,

uma vez que aprendeu a aprender

que não há limite para o pensar.


E os dois convivem diariamente,

muitas vezes em um paradoxo

do ignorante achar o sábio limitado

e este considerar o outro fascinante.


Porém, nesta estranha situação,

não se achará qualquer contradição,

pois cada um mede o outro

pelas réguas que a vida lhe deu...


Independente de toda a glória,

com quem se identifica você?

O ignorante governa a memória

e o sábio tende a obedecer,


já que a tal da meritocracia

é um mero discurso de retórica,

tal qual a sonhada democracia

e toda conquista histórica


que elege tanto grandes mentes,

quanto profundos imbecis,

só nos restando torcer pacientes

por escolhas menos vis...




São Paulo, 08 de abril de 2012.

quinta-feira, 9 de outubro de 2025

O crivo do não saber da falsa esperança

 








A vida  criva o agrado da falsa esperança em um fardo pesado, que nem  alça de uma calça que não laça. 


A impostora, a  mentirosa,  a farsante ou hipócrita falsa esperança.  


A ânsia do ancorar no Lar que leva a um destoar. 


Um aborrecimento, uma mentira ou tirania. Eis o crivo do livro vivo que construímos em uma falsa esperança do não saber.




Que guiado e liderado  pelo o sonhar que nos criva. 


Da incógnita cotidiana  do sonhar ou não sonhar? 


Acreditar ou não acreditar, para o  medo de nós arranhar e nos ferir no ir. 




Não vamos ancorar se não sonharmos. 


Não vamos acompanhar o marchar da maré. 


Não vamos nem ao menos ter lido o livro do não saber


Mas se for um houver do muro sem lucro. 


Das  as alegrias… 


das  alegorias das falácias que não devem ser cogitadas, digitadas, lidas e escritas. 


Das idas às ideias inobsoletas das Borboletas das letras da falsa esperança.


 


Mas, se não sonhar não teremos vivido o livro.  


Do amada do nada. 


Do rechear do cheirar do lar 


Do avistar até aterrar em uma terra do além mar


Para que o amarrar do amar, se torne lar. Eis, o livro do não saber do escrito, digitado ou cogitado.




O que fizeram, o que eu fiz e para onde fui. 


É foda, a cabeça lota em quotas de devaneio. 


Sujeira que me jogaram, amarraram e me deixaram em uma mar uivante de Abrantes.  


Não se iluda com a forma lúdica da localidade airosa, porque não existe rosas sem espinhos, nem que se for no pinho do seu ninho. 


Não importa a forma, a sonata está perdida em uma ida sem partida, mas com chegada aonada mais me consola.  




As solas nem estão gastas em lascas. Mas já sei que não há nada mais. 


Porque não há? 


Porque eu já disse, me sujaram, amarraram e me jogaram no meio do nada e eu não sei nadar, nem ao menos andar no desconhecido. 


Não sei que lugar é esse, 


Não sei se tenhas o nobre e o pobre, e se eles se importam em ouvir os meus pensamentos confusos tontos pela… a maré.   


A porta parece  torta,  cheias de discursos  de nenhures. Porque, donde eu veio pelos devaneios, não conheci achar meios a abrir. 




A cabeça tida madura, já sabe que a vida  é assim, dura igual uma pedra, que  que  esmurra em uma algazarra de sentimentos. 


Uma verdadeira surra de  momentos e tormentos em só lamentos. 


Não se engane ou encane, dizem que é apenas uma pane no sistema. 


Urge então a necessidade de saber, para não beber na fonte da ignorância, porque a ânsia em uma direção de uma ação, que nasce naquela  idade.


Naquela idade, em que você não vê as coisas do jeito que antes via. 


Você de per si, sabe que  a vida é assim, no sim ou no não, sempre serei o anão da pirâmide. 




Ahhh, se eu pudesse ja ter descobre está chave mestra para concertar ou atar os nós do que já se foi. 


Aos  amigos que você tem que não ligam, 


o  sinal de pane aparece e você não amanhece 


É, no verso da canção, no abrir da chave, que a ave ligeira já sabe antes  que você, que é só ela e mais nada. 


Não existe amor no clamor da dor de um sociedade doente. 


Quem fala que sim mente, pela  simples mediocridade que transforma a terra em letra de funeral. 


Não existe compaixão, nem paixão. 


Não existe nada além dessa vida, porque na ida, você sabe que  somos meros passageiros prestes a partir. 


Desligue os castelos do tetris, que moldam quem está certo ou errado na peça de encaixe, desligue a máquina, desligue a cina.  


Porque nada importa, nem a forma, nem o como e o porque.




O Turbilhão em um bilhão de reações. 


A falta de quem  não tem alta, por um amor verdadeiro, sincero, companheiro na jornada da vida, nem que se for para uma ida sem partida.


Incógnita que Incomoda, quase coca, roça a aguça por resposta. 


O meu eu tosta, queima, chamusca a sina da mina  da ocitocina com a dopamina. 


Não hesita, nessa usina de toxina a saber. 


Mas, quem me  dera saber a resposta para essa incógnita que me habita que não hesita. 




Quem me dera  as respostas, se nem sei quais são as perguntas, que me perfazem. 


É nessa usina, que ser zem não me fazem ir além do óbvio. 


Mas que me dera saber o que meu corpo quer beber? Se é nessa usina de ocitocina com dopamina que eu vivo até ir ao além, nem se for sem ou com a resposta. 


A incógnita nitra o que sei lá eu sou, só sei que zem eu não sou, nem com serotonina eu sou. 


Sou eu, um bilhão de reações sem lições de moralidade e eticidade.  


Sou eu quem caminha nessa mina de toxina e paixão em uma mansão sem uma lição a te dar.


Nem mandar a onde andar, porem a quem lhe vem apenas excitar o meu eu até onde for, nem que se for sem alem a algo que nem existe.


Sou eu turbilhão em um bilhão de reações com ações, sem lições, mas com desejos e medos.





Vitor Henrique

quarta-feira, 8 de outubro de 2025

Sabe...



Rodolfo Pamplona Filho



Sabe ...  


por vezes, esperei  


uma reposta sua,  


mas não entendi  


que já respondera 


da forma mais pura... 


 


Sabe... 


Talvez não tenha  


tido ouvidos para  


ouvir o silêncio... 


sei que ele é música, 


por vezes ensurdecedora 


por vezes detentora 


de todos os sentidos... 


 


Sabe... 


Você me respondeu  


tantas vezes  


e eu não escutei... 


O vazio é uma reposta  


que também nos é imposta... 

 


Será a pandemia? 


Será o dia a dia? 


Será falta de razão? 


Ou foi o grande coração? 


Não sei,  


só sei  


é só você  


sabe... 


que você respondeu  


e eu não ouvia.  


 


Salvador, 5 de fevereiro de 2021.

terça-feira, 7 de outubro de 2025

Chatices




Negra Luz





Que chatice a minha!


Ficar revolvendo o passado


Que chatice do mar?


Revolver- se no oceano?



Que chatice o outro!


Envolvendo- se em minha vida


Que chatice do sol!


Aquecer toda a vida?



Que chatice de nós!


Perdendo tempo com partidas


Que chatice do tempo!


A nos curar as feridas?



Que chatice!


Faltam repostas a tornar forte a rima


Que chatice! Desisto!


De ser livre? Imagina?





segunda-feira, 6 de outubro de 2025

Desilusão

 



 Rodolfo Pamplona Filho


A gente pensa  


que o emprego sempre estará lá, 


que conseguirá se desdobrar, 


que a saúde sempre estará boa 


que a vida será longa... 


 


A gente pensa  


que tudo vai dar certo 


que sempre estará perto 


que será sempre esperto 


que nunca ficará descoberto  


 


A gente pensa  


que vai viver eternamente, 


que a dor não é permanente, 


que nossos pais nunca faltarão 


até o dia da desilusão... 


 


Salvador, 05 de fevereiro de 2021. 

domingo, 5 de outubro de 2025

Ironia ou faceta







(Negra Luz)




Não há surpresa!


O homem agoniza o que a sua mãe vem agonizando...


Falta-se oxigênio no Pulmão do Mundo.


O povo amazonense é mais um filho deste Pulmão.


Agoniza o que já é agonia para Amazônia: 


Nas matas, o fogo, a seca, levou fauna, levou flora, secou córrego, obriga indígena a sair do seu lugar.


Há fotografias dessa triste realidade,


Que muitos querem camuflar.


Gasta-se milhões para encomendar novo satélite,


Economiza-se com a fiscalização. 


Paradoxos ou faces da mesma moeda...


Uma alimentada pela outra.


Agora é a vida humana que está a agonizar...


Exaurimento de um crime complexo,


Anunciado por cada metro quadrado de mata que foi...


Vidas seguem arfando pelo Oxigênio 


O povo caboclo importa!


Mas são parte de um ecossistema maior: Amazônia. 


E ela é Brasil! 


E ela é Mundo!


E ela é nosso Pulmão!


E nela o nosso Oxigênio!





sábado, 4 de outubro de 2025

Eu não ligo



 



Rodolfo Pamplona Filho




Eu não ligo


para a opinião das pessoas;


para os comentários maldosos;


para os olhares insinuantes;


para quem não me deseja o bem.


 


Eu não ligo


para os modelos de comportamento;


para os códigos de vestimenta;


para as palavras venenosas;


para as atitudes que me jogam para baixo


 


Eu não ligo


para quem quer mandar em minha vida;


para quem quer me dizer o certo e o errado;


para quem quer controlar minhas opiniões;


para quem não quer me fazer bem.


 


Salvador, 30 de novembro de 2020

sexta-feira, 3 de outubro de 2025

Pequenos na Imensidão



 

Maria Aparecida Francisco 



A imensidão dos pequenos


Pequenos na imensidão


O homem e o universo


Na sua real dimensão 


 


O homem é um ponto insignificante


Na imensidão do universo 


Ao longe desaparece


Nas profundezas de um olhar


 


O universo é gigante


Nossos olhos não conseguem findar


Só na mente do homem 


Que quer sempre dominar


 


Dominar a natureza 


Dominar o universo 


Dominar o próprio homem


Para então um Deus se tornar


 


Quem será o gigante


Que conseguirá se superar


Desnudando os próprios monstros 


Para então se libertar


 


Imenso é universo 


Assim como a mente humana


Que busca o inverso  


Com suas atitudes desumanas


 


Humildade tem que haver


Pois somos um pontinho no universo 


A arrogância deve desaparecer


Extinguindo os homens perversos


 


O universo é exemplo


De grandeza e humildade


E é assim que devemos ser


Com a própria humanidade 


 



quinta-feira, 2 de outubro de 2025

Gozar

 

 






Rodolfo Pamplona Filho



Gozar


a vida


o momento


a companhia


a cara de alguém


de forma gostosa


abundante


incessante


como há muito tempo


como nunca antes


é bom


é ótimo


é sublime


é imprescindível.


 


Praia do Forte, 03 de janeiro de 2021.

quarta-feira, 1 de outubro de 2025

Um poema pra Luciana Brasileiro

 



Wlademir Lira


A poesia é larga, no lamento, na dor e na felicidade,

A poesia é tudo, é pouco, é tristeza, é alegria,


O poema cala, fala, vive e morre todo dia,


Porque o poema é a ilusão do presente e da saudade.




O poema é fruto de todas as ilusões,


É a conquista dos quem querem conquistar,


Poesia é ser feliz no bom e eterno amar,


É triste no reviver de todas nossas frustrações.




O poema fala, canta e lhe entrega esperança,


O poema é tudo que se quer, e é desilusão,


O poema não é sempre a melhor lembrança,


A poesia é forte, quando fraqueja a dor do coração.




O poeta é largado no mundo da poesia,


O poeta não constrói, nem é dono do poema,


O poeta é descobridor da poesia antes calada.




Declamada a poesia, deixa de ser do poeta 


É tudo que a poesia é, não o que que quer ser,


Éo fruto do poema, das palavras da poesia.




O poema é o melhor que se pode ter do poeta,


É fruto, não é flor, não o que inicia,


Não a dádiva que se espera do poema.




O poeta vez por outra com a realidade flerta,


Mas traduz em poemas a vida de cada dia,


Cada amor, cada angústia, cada ilusão, cada cena.