Musicando
a Tristeza
Rodolfo Pamplona Filho
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Brasília, 14 de março
de 2013.
Blog para ler e pensar... Um texto por dia... é a promessa... Ficarei muito feliz em ler e saber o que cada palavra despertou... Se você quiser compartilhar um texto, não hesite em mandar para rpf@rodolfopamplonafilho.com.br. Aqui, não compartilho apenas os meus textos, mas de poetas que eu já admiro e de todas as pessoas que queiram viajar comigo na poesia... Se quiser conhecer somente a minha poesia, acesse o blog rpf-poesia.blogspot.com.br. Espero que goste... Ficarei feliz com isso...
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Sobrava
muito tempo, então, propôs uma brincadeira pras crianças, que achou ser
inofensiva.
Comprou
uma porção de doces e guloseimas na cidade, botou tudo num cesto bem
bonito com laço de fita e tudo e colocou debaixo de uma árvore. Aí
ele chamou as crianças e combinou que quando ele dissesse
"já!", elas deveriam
sair
correndo até o cesto, e a que chegasse primeiro ganharia todos os doces
que estavam lá dentro.
As
crianças se posicionaram na linha demarcatória que ele desenhou no
chão e esperaram pelo sinal combinado.
Quando
ele disse "Já!", instantaneamente todas as crianças se deram as
mãos e saíram correndo em direção à árvore com o cesto.
Chegando
lá, começaram a distribuir os doces entre si e a comerem, felizes.
O
antropólogo foi ao encontro delas e perguntou por que elas tinham
ido todas juntas se uma só poderia ficar com tudo que havia no cesto e,
assim, ganhar muito mais doces.
Elas
simplesmente responderam: *"**Ubuntu, tio. Como uma de nós poderia
ficar feliz se todas as outras estivessem tristes?"
*Ele
ficou desconcertado! Meses e meses trabalhando nisso, estudando a tribo,
e ainda não havia compreendido, de verdade, a essência daquele povo. Ou
jamais teria proposto uma competição, certo?
Ubuntu
significa: *"Sou
quem sou, porque somos todos nós!"
*Na
tradução literal da expressão inteira que é utilizada por esse povo:
*Umuntu
ngumuntu nagabantu =
*
*"**Uma pessoa só é uma pessoa por causa das outras pessoas**"* *.
*Atente
para o detalhe: porque SOMOS, não pelo que temos...
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