segunda-feira, 28 de março de 2016

Partido: brasileiro




Entre estrelas e tucanos,
celebramos nosso pranto.
Na cegueira de partido,
Nossos sonhos divididos.

Somos um, mas não apenas;
somos também centenas.
Sangrando em vão sem perceber
que o inimigo é o poder.

Inventam verdades,
constroem mentiras,
sonegam esperanças
em plena luz do dia.

Mamam pela manhã,
nos traem à noite.
Hoje entregam benesses,
amanhã nos punem com o açoite.

Nessa toada, seguem tranquilos
brincando de rainhas e reis.
Pão e circo! Garante o bandido:
Ninguém se preocupa com leis.

Na aquarela dos partidos,
nos encontramos e erramos feio.
Mas não esqueçamos da seguinte lição:
Não somos azuis, amarelos ou vermelhos:
somos brasileiros.


Eduardo Loula Novais de Paula

Poema selecionado no Concurso Dia Nacional da Poesia

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