quinta-feira, 28 de fevereiro de 2019

Na verdade eu senti saudades...




Iolanda E. Oliveira Santos


Não a saudades dos tempos que se foram, mas da companhia suficiente que você era.

Seus olhos, seus medos eu pude sentir todos... Sua inquietação, seu modo de pensar tudo isso eu pude sentir.

Na veracidade de uma palavra eu diria que era medo.

Medo eu sentia por ter outra vez algo que não era certo, medo de todas as consequências entre todas o amor...O amor proibido, o amor que eu e você nunca poderia sentir pelo outro.

Não era sexo, não era paixão... Era complemento de algo que estava vazio em ambos.

Era algo que não dá para descrever em sua ausência, era algo que ... Você precisaria dizer para eu continuar a escrever...

Você se foi, mas não está morto, apenas vivendo nos braços de quem nunca deveria ter saído.

Eu estou bem na sua ausência, talvez seja apenas a maledicência de minha mente por não está contente comigo mesmo.

Depois do meu coração ter decidido que você não teria mais abrigo em minha morada, eu fui solto pela estrada, sem me permitir pensar ou falar quem foi você.

Mas você não permitiu, entre tantos Não maledicentes, entrou em minha mente apenas para me ver.

Depois de tanto tempo... Você não pediu licença, apenas apareceu em minha janela, no quarto da minha infância onde as lembranças voltam sem eu conseguir dizer não.

 Por um momento aproveitei seus olhos sedutores, aproveitei seus medos e riscos, novamente me entreguei a você.

Por um descuido era um sonho, que nunca deveria ter sido sonhado.

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