Trocarei de nome
No primeiro momento
Do nosso ultimo encontro
Pondo fim a mentira que acreditávamos
Unir as diferentes metades
Marcarei meu corpo e
Incendiarei as lembranças
Ainda que elas vagueiem nas notas
De uma canção que traga saudade
Em dado momento de solidão
- mas se o teu nome está definitivamente marcado na memória.
Então que seja perdoada a minha insanidade.
Pois ela é a única coisa que resta
A um homem refém de suas próprias lembranças
Alheias a realidade, porém escravas de um olhar.
Morrerei de fome!
(uma morte torpe),
e levarei às últimas instâncias.
Tudo aquilo que não acredito
Entre causas e consequências
O fim poderia ser os teus lábios
- mas não sei como acabará essa história.
(Não tão) simples assim.
Eduardo Lins e Luís Fellipe Pereira Siqueira
Blog para ler e pensar... Um texto por dia... é a promessa... Ficarei muito feliz em ler e saber o que cada palavra despertou... Se você quiser compartilhar um texto, não hesite em mandar para rpf@rodolfopamplonafilho.com.br. Aqui, não compartilho apenas os meus textos, mas de poetas que eu já admiro e de todas as pessoas que queiram viajar comigo na poesia... Se quiser conhecer somente a minha poesia, acesse o blog rpf-poesia.blogspot.com.br. Espero que goste... Ficarei feliz com isso...
sábado, 24 de outubro de 2015
sexta-feira, 23 de outubro de 2015
Sem Inspiração
Rodolfo Pamplona Filho
Sem inspiração
Sem respiração
Sem conexão Wi-Fi
Sem...
Capetown, 11 de setembro de 2015.
quinta-feira, 22 de outubro de 2015
Horas vivas
Machado de Assis
Noite: abrem-se as flores . . .
Que esplendores!
Cíntia sonha seus amores
Pelo céu.
Tênues as neblinas
Às campinas
Descem das colinas,
Como um véu.
Mãos em mãos travadas,
Animadas,
Vão aquelas fadas
Pelo ar;
Soltos os cabelos,
Em novelos,
Puros, louros, belos,
A voar.
— "Homem, nos teus dias
Que agonias,
Sonhos, utopias,
Ambições;
Vivas e fagueiras,
As primeiras,
Como as derradeiras
Ilusões!
— "Quantas, quantas vidas
Vão perdidas,
Pombas mal feridas
Pelo mal!
Anos após anos,
Tão insanos,
Vêm os desenganos
Afinal.
— "Dorme: se os pesares
Repousares,
Vês? — por estes ares
Vamos rir;
Mortas, não; festivas,
E lascivas,
Somos — horas vivas
De dormir. —"
Noite: abrem-se as flores . . .
Que esplendores!
Cíntia sonha seus amores
Pelo céu.
Tênues as neblinas
Às campinas
Descem das colinas,
Como um véu.
Mãos em mãos travadas,
Animadas,
Vão aquelas fadas
Pelo ar;
Soltos os cabelos,
Em novelos,
Puros, louros, belos,
A voar.
— "Homem, nos teus dias
Que agonias,
Sonhos, utopias,
Ambições;
Vivas e fagueiras,
As primeiras,
Como as derradeiras
Ilusões!
— "Quantas, quantas vidas
Vão perdidas,
Pombas mal feridas
Pelo mal!
Anos após anos,
Tão insanos,
Vêm os desenganos
Afinal.
— "Dorme: se os pesares
Repousares,
Vês? — por estes ares
Vamos rir;
Mortas, não; festivas,
E lascivas,
Somos — horas vivas
De dormir. —"
quarta-feira, 21 de outubro de 2015
Enarmonia
Rodolfo Pamplona Filho
Notas com nomes diferentes
para o mesmo som...
Dó sustenido e ré bemol
somente são a mesma nota
em um sistema temperado
que convenciona e uniformiza
para facilitar a compreensão...
E é preciso investir e acreditar
que realmente é possível
falar a mesma língua!
Quando a sintonia falta,
no diálogo que não se completa,
chama-se o feito à ordem
para reabrir os canais de comunicação...
Um, dois, três, testando...
Capetown, 10 de setembro de 2015.
Notas com nomes diferentes
para o mesmo som...
Dó sustenido e ré bemol
somente são a mesma nota
em um sistema temperado
que convenciona e uniformiza
para facilitar a compreensão...
E é preciso investir e acreditar
que realmente é possível
falar a mesma língua!
Quando a sintonia falta,
no diálogo que não se completa,
chama-se o feito à ordem
para reabrir os canais de comunicação...
Um, dois, três, testando...
Capetown, 10 de setembro de 2015.
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