terça-feira, 30 de janeiro de 2018

A PAZ



Manoel Hermes

Que é a paz senão a sensação de tranquilidade

Acalmação do corpo e da alma

Luz brilhante a iluminar uma escuridão brutal

Nascida da incompreensão e egoísmo humanos

Que com o uso de armas mortais destrói irmãos

Pessoas inocentes que amam a vida e choram

Deitadas sobre os corpos dos entes queridos idos

Vítimas dos cruéis indivíduos assassinos,

Impiedosos vampiros que se realizam com o sangue

Sugado no corpo dos seres bons, e salpica o chão,

Que umedecido se vê enlameado e triste

Mancha avermelhada causada por homens levianos

II

Que é a paz senão o prazer de viver em alegria

Flor nascida dentro das gentes felizes

Que sorriem sempre com tudo de presença bela,

Candura brotada sem mágoa e rancor no coração

Semente plantada com sincera e meiga afabilidade

Que com suas gotas de pureza na molhação

Germina flores cheias de amor e encanto

III

Que é a paz senão o ouvir dos pássaros o seu cantar

Em trinados fortes percebidos a distantes lugares,

Escutados, soam com suavidade na direção certa,

Na reta caminhada, com sol, ou noite enluarada,

Até ao encontro das águas dos rios e dos mares

Que entoam com suas ondas brancas e altas

Alegres sinfonias musicais, harmônicas, cadenciadas,

Em variados escalas e compassos nas claves

Emitem a voz da natureza orquestrada em sons mágicos

Deleito do espirito calmo que ao encontro vai

Na flutuação com a melodia circundante no espaço,

Mensageira da esperança e da certeza de perguntar:

Que é a paz senão querer ser livre e com liberdade

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