quarta-feira, 7 de agosto de 2019

O dia em que o recife fui eu


Negra Luz

Eu que pensava ser Mirante.
Farol no mar.
Viajante.
Navio, meu delírio punjante...

Splash!

 E eu lá...

Surpreendida por estar
Embevecida pelo mar:
Metamorfose,
Pelo oceano em coluio com o ar.

Um recife em novo lugar.
Ondas em meu peito a arrebentar.
E eu sem poder me dominar
Fragmentam me as estruturas sem sangrar

A barra protegida pelo mar
Nova. A cada maré vivida
Meus contornos recontam, dão guarida
Aos corais: as flores pelos protagonistas consentidas
Beleza sobre a mesa da Vida.

Há quem olhe e diga:
Rocha perdida.
Eu, forte.
Plantada sobre o mar:
Força sorerguida.

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