domingo, 6 de outubro de 2024

Gordofobia



 

No espelho, a sombra recusa a verdade

e reflete um corpo que é alvo de dor.

O peso não é o fardo da crueldade,

mas o olhar alheio que ignora o amor.

 

Gordofobia, um veneno disfarçado,

sussurros cruéis, estigmas sem fim.

No campo do julgamento, um terreno árido,

onde a empatia é um sonho para mim.

 

Corpos que dançam com ritmo próprio,

desafiam o ódio com a força do ser,

cada curva, uma história de vitória,

cada ruga, um poema a florescer.

 

Não se mede a alma em gramas ou quilos,

nem se conta a vida por padrões rasos,

O valor não se encontra em números frios,

mas no calor humano e nos afagos e abraços.

 

Quebrar as correntes do preconceito,

olhar com olhos que enxergam além,

no vasto universo da diversidade,

onde todos são dignos de ser meu bem.

 

Sorocaba, 29 de agosto de 2024. 

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