segunda-feira, 11 de novembro de 2024

Grãos de açúcar



Negra Luz


Um.

Não.


Um grão de açúcar...

Apenas um grão?


Um pontinho na mesa,

Na minha colher,

No fundo da xícara,

No amargo da boca,

No chão.


Doçura perdida...

Uma doce ilusão.


Pensem nas formigas!

Desbotou, sem odor, sem flor:

Sem nada.

Visão de oásis!

Era um manjar do Mundo,

Um cristal de rara compleição,

Grande riqueza em uma sociedade de formigas:

Cada um com sua lida,

Com sua missão?

O achádego do grão seria tarefa cumprida,

Importante elemento da equação?


Imaginemos!

Quem sabe um dia saberemos

O que pensam as formigas,

Quando o doce da vida chega 

A suas calejadas mãos.






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