sábado, 24 de novembro de 2012

Freio de Mão Puxado

Freio de Mão Puxado

Rodolfo Pamplona Filho
Quero ir além,
mas algo me segura.
Penso em ser alguém,
mas me diz que é frescura.

Piso no acelerador,
mas nada responde.
Procuro calor,
mas não sei onde.

Não saber aproveitar
o que a vida tem para dar
traz um estanho exclamar
de que não adianta comprar

vinhos maravilhosos
que não vão ser bebidos
ou ter sonhos eróticos
que nunca serão vividos...

Falta de ânimo, de paixão,
de graça, de tesão,
de prazer em sua lida
de verdadeiro pulso de vida.

Tudo isso vem à baila
quando se descobre, à navalha.
a sensação de viver amarrado
com o freio de mão puxado.

New York, 01 de janeiro de 2012.

2 comentários:

  1. Realmente eu adoro esses poemas.

    Por certo, não é apenas pelo valor poético. O professor nos introduz em sua vida.

    Em outra ocasião disseram que um verso meu era lindo. Minha orientadora disse que meu TCC estava perfeito. É claro que não acredito. Pessoas assim querem nos ver progredir e procuram nos estimular.

    Comento o que me toca, ou o que me faz rir, ou aquilo com que me identifico. E disso eu gosto.

    Não entendo muita coisa nessa vida. Por exemplo: Carrion não chegou a ministro do TST.

    Não sou da área, mas aquele livro todos tem que ter.

    Para finalizar, melhoras no seu dedinho..

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    Respostas
    1. Oi, Lúcio!
      Fico feliz que goste dos poemas!
      Estimular à produção é uma forma de amar!
      E fique absolutamente à vontade para comentar todo e qualquer texto que te toca, provoca ou identifica! Para mim, será um prazer esta interação!
      Acho que ninguém entende tudo na vida... Mas vamos vivendo...
      Abraços,

      RPF

      P.S.: O dedo já ficou bom, obrigado! rs...

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