terça-feira, 4 de fevereiro de 2014

Mau Humor


Mau HumorL. Vieira - Publicitário

Não me lembro direito, mas li numa revista, acho que na Carta Capital, um artigo levantando a hipótese de que todo o cara que tem mania de fazer aspas com os dedinhos quando faz uma ironia é um chato.
Joaquim Ferreira dos Santos, em 'O Globo' de domingo, fala do seu profundo preconceito com quem usa 'agregar valor'.
São preconceitos eu sei. Mas cada vez mais, a vida está confirmando essas conclusões.
Um outro amigo meu jura que um dos maiores indícios de babaquice é usar o paletó nos ombros, sem os braços nas mangas.
Por incrível que pareça, não consegui desmentir.
Pode ser coincidência, mas até agora todo cara de quem eu me lembro usando o paletó colocado sobre os ombros é muito babaca.
Outro índice infalível é, que atrás de alguém fumando um cachimbo, existe 1 de 2 tipos de pessoas: ou inglês ou babaca! Com inquenta e muitos anos de vida, nunca encontrei outra espécie....
Já que estamos nessa onda, responda-me uma coisa: você conhece algum natureba radical que tenha conversa agradável? O sujeito que adora uma granola, só come coisas orgânicas, faz cara de nojo à simples menção da palavra 'carne', fica falando o tempo todo em vida saudável? É a pessoa ideal para companhia na madrugada?
Eu detesto certos vícios de linguagem, do tipo 'chegar junto', 'superar limites', então e os famosos 'gerundismos' que lembram papo cabeça de concorrente a ‘big brother’.
Mais uma vez, repito: acho puro preconceito, idiossincrasia, mas essa rotulagem imediata é uma mania que a gente vai adquirindo pela vida e que pode explicar algumas antipatias gratuitas. Tem gente de quem a gente não gosta logo de saída, sem saber direito por quê.

Se algum dia eu matar alguém, existe a grande possibilidade de ser um
guardador de carros
.  tenho menos raiva de um assaltante do que do cara que fica na frente do meu carro fazendo gestos desesperados, tentando me ajudar em alguma manobra, como se tivesse comprado a rua e tivesse todo o direito de me cobrar pela vaga.
Sei que estou ficando velho e ranzinza, mas o que se há de fazer?
Não suporto especialista em motivação de pessoal que obrigue as pessoas a ‘pagar o mico’ de ficar segurando na mão do vizinho, com os olhos fechados, tentando receber 'energia positiva'.
Aliás, tenho convicção de que empresa que paga bons salários e tem uma boa e honesta política de pessoal não precisa contratar palestras de motivação para seus empregados. Eles se motivam com a grana no fim do mês e com a satisfação de trabalhar numa boa companhia. Que me perdoem todos os palestrantes que estão ficando ricos percorrendo o País, mas eu acho que esse negócio de trocar fluidos me lembra putaria.
E, para terminar: existe qualquer esperança de encontrar vida inteligente numa criatura que se despede mandando 'um beijo no coração'?

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