domingo, 23 de fevereiro de 2020

Oração Final


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José Blanc de Portugal






Poesia!  Sem esperar voltei meu canto que é teu

As coisas de meu Pai que são as pobres criaturas

Caminhando a par de mim pelas ruas da amargura

Disfarçando mais do que eu a certeza que as leis tuas

Nada têm que ver com a minha piedade de evitarem

Cada maior dor seguindo à menos dura.

Deus Pai pudesse eu como Vosso Filho

Como irmão de Cristo, imolar-se só sem perder alguém

— Sem ter que fechar ouvidos ao Espírito Vosso

Cada instante inundando-me de luz! —

Sem vós tudo é impossível.

Sem mim tudo seria igual,

Mas fazei que meus iguais

Não sejam como eu tão miseráveis:

Crendo em Vós, sabendo-vos as provas,

mostro-me pior que os que vos esquecem!





A vossa Lei, a vossa marca não se

apagou de cada poro da minha pele

Dai-me a força de ajudar a todos com

um sopro do teu Ser que bastará

P'ra todos e p'ra mim.





Fico na angústia da vossa perdida Graça.

Perdoai-me! Perdoai como eu devo perdoar!!

Fazei que eu perdoe!

Fazei-nos os Santos que Vos devemos!

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