sexta-feira, 28 de fevereiro de 2020

Saudade de casa


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Rodolfo Pamplona Filho



Por vezes, tenho vontade de chorar...

Sei o motivo, mas não consigo controlar

Há um vácuo que preenche o que era completo

Uma carência de beijo, dengo e afeto



Não sei o que é pior: a distância ou a despedida;

O romper do contato no momento da partida

Um olhar para trás, um abraço apertado,

um aceno tristonho, um olhar desolado...



Como uma dor machuca tanto sem ferir?

Como dominar o que posso apenas sentir?

A paz é arrancada desde a raiz

Uma marca viva que não vira cicatriz...



Pense duas vezes antes de reclamar

Dos problemas da vida, da rotina do lar...

Há tristeza que ninguém sabe como se mede

Só se valoriza o que se tem quando se perde



A lágrima vem solta e quente

Quem negar isso apenas mente

mas faz bem, porque, como um rio

leva o fel para um outro lado vazio....



A cada alvorecer, há uma nova esperança...

que surge inocente, como sorriso de criança,

mudando planos e rumos, batendo asa,

tudo por causa da saudade de casa...




Ciudad Real, 09 de setembro de 2008

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