sábado, 30 de maio de 2020

Diálogo em Baianês







Rodolfo Pamplona Filho

Ó o auê aí ó!
Digaí!
Você está por cima da carne seca, véi!
Colé, véi! Você vê os pulos que dou, mas não vê os tombos que tomo...
Você é que é de fritar bolinho e beber o caldo...
Não acerte seu relógio pelo dele, pois, na hora do vamos ver, todo mundo se pica...
Valeu, véi! Vou chegando...

Puerto Varas-Chile, 02 de julho de 2012.

sexta-feira, 29 de maio de 2020

O mais bonito canto






Patrícia Ferreira dos Santos


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Qual será o mais bonito canto?
Do passarinho ou das cordas do violão a tocar?

Qual será o mais bonito canto?
Do beija-flor ou do eterno pássaro a chegar?

Qual será  o mais bonito canto?
Da inteligência ou do conhecimento?

Qual será o mais bonito canto?
Do sorriso ou do amor a cada momento?

Qual será a alegria de todos os poetas?
A sabedoria ou apenas o entendimento?


quinta-feira, 28 de maio de 2020

Refazendo a História









Rodolfo Pamplona Filho



Zuckember​
é Gutemberg ​
A internet​
é a imprensa​
O fundamentalismo​
é o nazismo​
O feminismo ​
é o comunismo
Michael Jackson​
é Elvis Presley​
Câncer ​
é a tuberculose ​
Alzheimer​
é a lepra ​
Ser branco​
é ser judeu
Steve Jobs​
é Karl Marx​
Honestidade ​
é virtude​
Deus​
é o dinheiro​
O anticristo ​
é o próximo.

Sábado, 20 de agosto de 2016,  literalmente no voo para São Paulo.

quarta-feira, 27 de maio de 2020

A listinha de presentes


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Negra Luz

Esse ano, a minha lista
Eu resolvi diminuir.
Ela será bem curtinha.
Em pouco espaço,
Será início, meio e fim

Papai, mamãe, vovó, o titia
Facilitei a vida para ti
O presentinho desejado
Nesse Mundo desanimado:
Tudo que me faça sorrir!

Ao sorrir posso contagiar
E ser contagiado
Recebendo o presente solicitado
No Mundo espalharemos o sorrir!

terça-feira, 26 de maio de 2020

Vida





Rodolfo Pamplona Filho

O passado é verdade concretizada.
O presente se acompanha.
O futuro se constrói...

Salvador, 23 de março de 2014

segunda-feira, 25 de maio de 2020

Se o meu pai fosse meu filho...






Adriano Deiró


Quando vejo tudo nos trilhos, me pergunto como teria sido, se o meu pai fosse meu filho...

Como partido, ele haveria tido um avô amoroso e bem estabelecido...

Uma avó cheia de alegria, que dá cambalhota e faz estripulia...

Uma mamãe 'molinha', que sorri, acaricia e conta historinha...

Isso tudo me faz pensar, amar e entendê-lo, sem condicionar...

Como teria sido a sua história? Guardo em memoria, gratidão à sua improvável vitória.

Não teria apanhado...e talvez tivesse jogado em muitos outros gramados...

Teria sido criança, teria feito lambança, sem ter tido de si roubada a infância...

Não teria passado fome, andado desconfiado, ou tido algum dia, seu samba discriminado...

Tido seu próprio sapato, não seria jamais emprestado, sobretudo calçado apertado.

Questioná-lo, ficou no passado!

Por este calo, todo o meu apreço, recompensa que nunca me esqueço...
A que me permite ser pai de um guri, tal qual o meu nunca teve pra si.

domingo, 24 de maio de 2020