Blog para ler e pensar... Um texto por dia... é a promessa... Ficarei muito feliz em ler e saber o que cada palavra despertou... Se você quiser compartilhar um texto, não hesite em mandar para rpf@rodolfopamplonafilho.com.br. Aqui, não compartilho apenas os meus textos, mas de poetas que eu já admiro e de todas as pessoas que queiram viajar comigo na poesia... Se quiser conhecer somente a minha poesia, acesse o blog rpf-poesia.blogspot.com.br. Espero que goste... Ficarei feliz com isso...
segunda-feira, 31 de dezembro de 2018
As palavras
Rodolfo Pamplona Filho
As palavras se gastam
com o uso
e se prostituem
com o abuso.
Brasília, 09 de outubro de 2018.
domingo, 30 de dezembro de 2018
Amor Feinho
Adélia Prado
Eu quero amor feinho.
Amor feinho não olha um pro outro.
Uma vez encontrado é igual fé,
não teologa mais.
Duro de forte o amor feinho é magro, doido por sexo
e filhos tem os quantos haja.
Tudo que não fala, faz.
Planta beijo de três cores ao redor da casa
e saudade roxa e branca,
da comum e da dobrada.
Amor feinho é bom porque não fica velho.
Cuida do essencial; o que brilha nos olhos é o que é:
eu sou homem você é mulher.
Amor feinho não tem ilusão,
o que ele tem é esperança:
eu quero um amor feinho.
sábado, 29 de dezembro de 2018
Amor sem promessas
Rodolfo Pamplona Filho
Quando se ama,
fazem-se promessas,
como se houvesse necessidade
de verbalizar
que se pode fazer tudo
por amor
Mas prometer gera expectativas
que, quando não realizadas,
causam uma frustração,
como se o amor perdesse força
por uma promessa não cumprida.
É olhar uma parte pelo todo,
o acessório pelo principal,
o detalhe pelo conjunto,
o universo por um lugar
a vida por um dia
Amar não exige promessas
Amar exige amar
Amar sem promessas
Amar, simplesmente amar.
Salvador, 06 de julho de 2018.
sexta-feira, 28 de dezembro de 2018
Aquarela do Brasil
Ary Barroso
Brasil
Meu Brasil brasileiro
Meu mulato inzoneiro
Vou cantar-te nos meus versos
Ô Brasil, samba que dá
Bamboleio, que faz gingá
Ô Brasil do meu amor
Terra de Nosso Senhor
Brasil! Brasil!
Prá mim… prá mim…
Ô, abre a cortina do passado
Tira a Mãe Preta do serrado
Bota o Rei Congo no congado
Brasil! Brasil!
Deixa cantar de novo o trovador
À merencória luz da lua
Toda canção do meu amor
Quero ver a “Sá Dona” caminhando
Pelos salões arrastando
O seu vestido rendado
Brasil! Brasil!
Prá mim… prá mim…
Brasil
terra boa e gostosa
Da morena sestrosa
De olhar indiscreto
Ô Brasil, verde que dá
Para o mundo se admirá
Ô Brasil do meu amor
Terra de Nosso Senhor
Brasil! Brasil!
Prá mim… prá mim…
Ô, esse coqueiro que dá côco
Oi, onde amarro a minha rêde
Nas noites claras de luar
Brasil! Brasil!
Ah, ouve essas fontes murmurantes
Aonde eu mato a minha sede
E onde a lua vem brincá
Ah, este Brasil lindo e trigueiro
É o meu Brasil brasileiro
Terra de samba e pandeiro
Brasil! Brasil!
Prá mim… prá mim…
quinta-feira, 27 de dezembro de 2018
Amor é (quase) tudo
Rodolfo Pamplona Filho
Amor é quase tudo,
mas o quase não é irrelevante
O que falta ao amor
para ser impactante?
Talvez um pouco de cuidado
Talvez um carinho inesperado
Talvez uma torcida explícita
Talvez uma entrega sem retorno
Amor é quase tudo,
mas o quase não é irrelevante
O que falta ao amor
para ser incessante?
Talvez uma dose de mistério
Talvez um suspiro no espelho
Talvez um choro em desabafo
Talvez um frio na barriga no encontro
Amor é quase tudo,
mas o quase não é irrelevante
O que falta ao amor
para ser acachapante?
Talvez um bilhete inesperado
Talvez uma surpresa no acordar
Talvez dormir agarrado
Talvez nunca parar de sonhar
Salvador, 27 de outubro de 2018.
quarta-feira, 26 de dezembro de 2018
O mundo é dos poetas
Stéfane Pyaar
todo mundo
pede ajuda
o tempo todo.
alguns gritam,
outros choram baixinho.
e eu, bem, eu escrevo.
terça-feira, 25 de dezembro de 2018
Verdades
Rodolfo Pamplona Filho
Quando estiver triste
e se sentindo só,
lembre que eu existo
só por você
Saber que você existe
é poder ter esperança
de viver um amor
e nunca mais ser triste.
Salvador, 20 de março de 2018.
segunda-feira, 24 de dezembro de 2018
domingo, 23 de dezembro de 2018
Sobre o impossível
Rodolfo Pamplona Filho
Até o que achamos impossível
pode um dia acontecer...
Salvador, 31 de janeiro de 2018.
sábado, 22 de dezembro de 2018
Tempo Perdido
Todos os dias quando acordo
Não tenho mais o tempo que passou
Mas tenho muito tempo
Temos todo o tempo do mundo
Todos os dias antes de dormir
Lembro e esqueço como foi o dia
Sempre em frente
Não temos tempo a perder
Nosso suor sagrado
É bem mais belo que esse sangue amargo
E tão sério
E selvagem
Selvagem
Selvagem
Veja o sol dessa manhã tão cinza
A tempestade que chega é da cor dos teus olhos
Castanhos
Então me abraça forte
Me diz mais uma vez que já estamos
Distantes de tudo
Temos nosso próprio tempo
Temos nosso próprio tempo
Temos nosso próprio tempo
Não tenho medo do escuro
Mas deixe as luzes
Acesas agora
O que foi escondido
É o que se escondeu
E o que foi prometido
Ninguém prometeu
Nem foi tempo perdido
Somos tão jovens
Tão jovens
Tão jovens
sexta-feira, 21 de dezembro de 2018
Sobre Amar
Rodolfo Pamplona Filho
Brilhante não é a vida.
Brilhante é o amor que brilha em nós
Novidade não é o que acontece:
é o que fazemos acontecer.
Cada dia pode reservar
uma nova chance de viver
ou de amar...
E o amor pode ser
uma cadeira cativa de um estádio,
uma poltrona confortável de um teatro
ou um banco duro de um ônibus.
Tanto faz...
De qualquer forma, vale a pena vivê-lo.
Salvador, 08 de fevereiro de 2018.
quinta-feira, 20 de dezembro de 2018
Viagem Passageira
Gal Costa
O sonho é ter tudo resolvido
Com o passar do tempo pela vida
A casca da ferida se formando
A cicatriz na pele do futuro
A pele do futuro finalmente
Imune ao corte, à lâmina do tempo
O tempo finalmente estilhaçado
E a poeira sumindo no horizonte
O sonho é ter tudo dissolvido
O corpo, a mente, a fonte da lembrança
Enfim, ponto final na esperança
Somente as ondas soltas no oceano
Não mais o esperma e o óvulo da morte
Não mais a incerteza do binário
Um tempo liso sem o fuso horário
Não mais um sim, um não, um sul, um norte
O sonho dessa canção passageira
Mochila da viagem passageira
Passagem nessa vida passageira
Para uma vida ainda passageira
quarta-feira, 19 de dezembro de 2018
Suyolak
Rodolfo Pamplona Filho
Lenda cigana
Mestre Imortal
das Artes Médicas
Esperança
da cura
de todo mal.
Sonho eterno
de uma vida imortal.
Praia do Forte, 03 de junho de 2018.
terça-feira, 18 de dezembro de 2018
Meu destino
Cora Coralina
Nas palmas de tuas mãos
leio as linhas da minha vida.
Linhas cruzadas, sinuosas,
interferindo no teu destino.
Não te procurei, não me procurastes –
íamos sozinhos por estradas diferentes.
Indiferentes, cruzamos
Passavas com o fardo da vida…
Corri ao teu encontro.
Sorri. Falamos.
Esse dia foi marcado
com a pedra branca
da cabeça de um peixe.
E, desde então, caminhamos
juntos pela vida…
segunda-feira, 17 de dezembro de 2018
Tá
Rodolfo Pamplona Filho
Quero uma palavra
Quero um carinho
Quero um estímulo
Quero um beijinho
Quero um conselho
Quero uma advertência
Quero paciência
Quero sapiência
Quero um afago
Quero uma esperança
Quero nunca mais ficar sozinho...
Mas só recebo uma resposta:
Tá!
Salvador, 01 de abril de 2018.
domingo, 16 de dezembro de 2018
Pra você guardei o amor
Nando Reis
Pra você guardei o amor
Que nunca soube dar
O amor que tive e vi sem me deixar
Sentir sem conseguir provar
Sem entregar
E repartir
Pra você guardei o amor
Que sempre quis mostrar
O amor que vive em mim vem visitar
Sorrir, vem colorir solar
Vem esquentar
E permitir
Quem acolher o que ele tem e traz
Quem entender o que ele diz
No giz do gesto o jeito pronto
Do piscar dos cílios
Que o convite do silêncio
Exibe em cada olhar
Guardei
Sem ter porquê
Nem por razão
Ou coisa outra qualquer
Além de não saber como fazer
Pra ter um jeito meu de me mostrar
Achei
Vendo em você
Explicação
Nenhuma isso requer
Se o coração bater forte e arder
No fogo o gelo vai queimar
Pra você guardei o amor
Que aprendi vendo os meus pais
O amor que tive e recebi
E hoje posso dar livre e feliz
Céu cheiro e ar na cor que o arco-íris
Risca ao levitar
Vou nascer de novo
Lápis, edifício, tevere, ponte
Desenhar no seu quadril
Meus lábios beijam signos feito sinos
Trilho a infância, terço o berço
Do seu lar
Guardei
Sem ter porquê
Nem por razão
Ou coisa outra qualquer
Além de não saber como fazer
Pra ter um jeito meu de me mostrar
Achei
Vendo em você
Explicação
Nenhuma isso requer
Se o coração bater forte e arder
No fogo o gelo vai queimar
Pra você guardei o amor
Que nunca soube dar
O amor que tive e vi sem me deixar
Sentir sem conseguir provar
Sem entregar
E repartir
Quem acolher o que ele tem e traz
Quem entender o que ele diz
No giz do gesto o jeito pronto
Do piscar dos cílios
Que o convite do silêncio
Exibe em cada olhar
Guardei
Sem ter porquê
Nem por razão
Ou coisa outra qualquer
Além de não saber como fazer
Pra ter um jeito meu de me mostrar
Achei
Vendo em você
Explicação
Nenhuma isso requer
Se o coração bater forte e arder
No fogo o gelo vai queimar
sábado, 15 de dezembro de 2018
Sobre Rompimentos
Rodolfo Pamplona Filho
É triste saber que
só se valoriza
o que se tem
na hora em que
está perdendo...
Quando esteve
sempre ali ao lado,
nunca pediu nada
(ou, se pediu,
nunca foi atendido)
e fez tudo por todos,
mas, mesmo assim,
somente foi deixado
na sua solidão.
A impressão que fica
era que o protagonismo
era apenas um disfarce
inconsciente, mas real,
para a incapacidade
de efetiva vibração.
Salvador, 25 de junho de 2018.
sexta-feira, 14 de dezembro de 2018
Quem vai dizer tchau?
Nando Reis
Quando aconteceu? Não sei
Quando foi que eu deixei de te amar?
Quando a luz do poste não acendeu
Quando a sorte não mais soube ganhar
Não foi ontem que eu disse não
Mas quem vai dizer tchau?
Onde aconteceu? Não sei
Onde foi que eu deixei de te amar?
Dentro do quarto só estava eu
Dormindo antes de você chegar
Mas não foi ontem que eu disse não
Mas quem vai dizer tchau?
A gente não percebe o amor
Que se perde aos poucos sem virar carinho
Guardar lá dentro amor não impede
Que ele empedre mesmo crendo-se infinito
Tornar o amor real é expulsá-lo de você
Pra que ele possa ser de alguém
Somos se pudermos ser ainda
Fomos donos do que hoje não há mais
Houve o que houve é o que escondem em vão
Os pensamentos que preferem calar
Se não, irá nos ferir um não
Mas que não quer dizer tchau
A gente não percebe o amor
Que se perde aos poucos sem virar carinho
Guardar lá dentro amor não impede
Que ele empedre mesmo crendo-se infinito
Tornar o amor real é expulsá-lo de você
Pra que ele possa ser de alguém
Possa ser de alguém
Possa ser de alguém
Ser de alguém!
Oh! Não!
quinta-feira, 13 de dezembro de 2018
A Alma Doente
Rodolfo Pamplona Filho
O corpo dói
O corpo dói
e pede ajuda
a quem sequer sentiu
a força da dor na alma.
A cabeça lateja
e reclama
de quem não viveu
a intensidade da alma.
O espírito fraqueja
e rasteja
por não conhecer
a cura da doença da alma.
Praia do Forte, 24 de junho de 2018.
quarta-feira, 12 de dezembro de 2018
Trem Bala
Rodolfo Pamplona Filho
Não é sobre ter todas as pessoas do mundo pra si
É sobre saber que em algum lugar alguém zela por ti
É sobre cantar e poder escutar mais do que a própria voz
É sobre dançar na chuva de vida que cai sobre nós
É saber se sentir infinito
Num universo tão vasto e bonito, é saber sonhar
Então fazer valer a pena
Cada verso daquele poema sobre acreditar
Não é sobre chegar
No topo do mundo e saber que venceu
É sobre escalar e sentir que o caminho te fortaleceu
É sobre ser abrigo
E também ter morada em outros corações
E assim ter amigos contigo em todas as situações
A gente não pode ter tudo
Qual seria a graça do mundo se fosse assim?
Por isso eu prefiro sorrisos
E os presentes que a vida trouxe pra perto de mim
Não é sobre tudo que o seu dinheiro é capaz de comprar
E sim sobre cada momento, sorriso a se compartilhar
Também não é sobre
Correr contra o tempo pra ter sempre mais
Porque quando menos se espera a vida já ficou pra trás
Segura teu filho no colo
Sorria e abraça os teus pais enquanto estão aqui
Que a vida é trem-bala parceiro
E a gente é só passageiro prestes a partir
Laiá, laiá, laiá, laiá, laiá
Laiá, laiá, laiá, laiá, laiá
Segura teu filho no colo
Sorria e abraça os teus pais enquanto estão aqui
Que a vida é trem-bala parceiro
E a gente é só passageiro prestes a partir
terça-feira, 11 de dezembro de 2018
Ninho Mofado
Rodolfo Pamplona Filho
Por mais que amemos
viver o nosso canto,
ninhos também mofam
e nunca voltam ao que eram...
Resta saber
se o costume do espaço
superará o cansaço
de nunca mais respirar livremente...
Salvador, 21 de fevereiro de 2017
segunda-feira, 10 de dezembro de 2018
O Leãozinho
Caetano Veloso
Gosto muito de te ver, leãozinho
Caminhando sob o sol
Gosto muito de você, leãozinho
Para desentristecer, leãozinho
O meu coração tão só
Basta eu encontrar você no caminho
Um filhote de leão, raio da manhã
Arrastando o meu olhar como um ímã
O meu coração é o sol, pai de toda cor
Quando ele lhe doura a pele ao léu
Gosto de te ver ao sol, leãozinho
De te ver entrar no mar
Tua pele, tua luz, tua juba
Gosto de ficar ao sol, leãozinho
De molhar minha juba
De estar perto de você e entrar no mar
Um filhote de leão, raio da manhã
Arrastando o meu olhar como um ímã
O meu coração é o sol, pai de toda cor
Quando ele lhe doura a pele ao léu
Gosto de te ver ao sol, leãozinho
De te ver entrar no mar
Tua pele, tua luz, tua juba
Gosto de ficar ao sol, leãozinho
De molhar minha juba
De estar perto de você e entrar no mar
domingo, 9 de dezembro de 2018
Resumo da Vida
Rodolfo Pamplona Filho
Meu caminho foi repleto
de presentes nunca abertos
que só foram descobertos
no momento da separação
Minha vida é uma sequência
de perdas da inocência,
pois não há inteligência
que impeça a frustração
Minha tristeza é uma constante,
que está presente a todo instante,
não por medo do que está adiante,
mas pela opressão da solidão.
Salvador, 02 de setembro de 2018.
sábado, 8 de dezembro de 2018
Oração ao Tempo
Caetano Veloso
És um senhor tão bonito
Quanto a cara do meu filho
Tempo, tempo, tempo, tempo
Vou te fazer um pedido
Tempo, tempo, tempo, tempo
Compositor de destinos
Tambor de todos os ritmos
Tempo, tempo, tempo, tempo
Entro num acordo contigo
Tempo, tempo, tempo, tempo
Por seres tão inventivo
E pareceres contínuo
Tempo, tempo, tempo, tempo
És um dos deuses mais lindos
Tempo, tempo, tempo, tempo
Que sejas ainda mais vivo
No som do meu estribilho
Tempo, tempo, tempo, tempo
Ouve bem o que te digo
Tempo, tempo, tempo, tempo
Peço-te o prazer legítimo
E o movimento preciso
Tempo, tempo, tempo, tempo
Quando o tempo for propício
Tempo, tempo, tempo, tempo
De modo que o meu espírito
Ganhe um brilho definido
Tempo, tempo, tempo, tempo
E eu espalhe benefícios
Tempo, tempo, tempo, tempo
O que usaremos pra isso
Fica guardado em sigilo
Tempo, tempo, tempo, tempo
Apenas contigo e comigo
Tempo, tempo, tempo, tempo
E quando eu tiver saído
Para fora do teu círculo
Tempo, tempo, tempo, tempo
Não serei nem terás sido
Tempo, tempo, tempo, tempo
Ainda assim acredito
Ser possível reunirmo-nos
Tempo, tempo, tempo, tempo
Num outro nível de vínculo
Tempo, tempo, tempo, tempo
Portanto, peço-te aquilo
E te ofereço elogios
Tempo, tempo, tempo, tempo
Nas rimas do meu estilo
Tempo, tempo, tempo, tempo
sexta-feira, 7 de dezembro de 2018
Desilusão
Rodolfo Pamplona Filho
Eu já devia estar acostumado
com as pancadas da vida...
mas ainda doi.
Eu já devia estar preparado
para nunca ser satisfeito...
mas ainda sinto falta.
Eu já devia estar calejado
pela frustração de não ser feliz...
mas ainda cultivo a esperança.
A desilusão me derruba
principalmente quando acho
que tudo poderia mudar.
Salvador, 28 de fevereiro de 2018.
quinta-feira, 6 de dezembro de 2018
Deusa do amor
Caetano Veloso e Moreno Veloso
Tudo fica mais bonito quando você está por perto
Você me levou ao delírio por isso eu confesso
Os seus beijos são ardentes
Quando você se aproxima o meu corpo sente
Os seus beijos são ardentes
Quando você se aproxima o meu corpo sente
Vem pra cá deusa do amor
Vejam o bloco Olodum ao passar na avenida
Todos cantando felizes de bem com a vida
Caminhando lado a lado
Formamos um belo casal somos dois namorados
No suingue dessa banda
Balança o mais forte alicerce que tem neste mundo
O cupido me flechou
Foi no bloco Olodum que encontrei meu amor
Vem pra cá deusa do amor
Vem me embalar, neném
quarta-feira, 5 de dezembro de 2018
Nem sempre
Rodolfo Pamplona Filho
Nem sempre os melhores
tomam as melhores atitudes
Nem sempre os competentes
Agem com racionalidade
Nem sempre os belos
praticam boas ações
Nem sempre a banda
toca nossas canções
Nem sempre se pode
ter tudo da vitrine
Nem sempre se explode
com quem só te oprime
Nem sempre a resposta
é o que se espera
Nem sempre que se pode
reprimir a sua fera.
Salvador, 03 de setembro de 2018.
terça-feira, 4 de dezembro de 2018
Todo Homem
Caetano Veloso (Part. Zeca Veloso e Moreno Veloso)
O sol, manhã de flor e sal
E areia no batom
Farol, saudades no varal
Vermelho, azul, marrom
Eu sou cordão umbilical
Pra mim nunca tá bom
E o sol queimando o meu jornal
Minha voz, minha luz, meu som
Todo homem precisa de uma mãe
Todo homem precisa de uma mãe
O céu, espuma de maçã
Barriga, dois irmãos
O meu cabelo negra lã
Nariz, e rosto, e mãos
O mel, a prata, o ouro e a rã
Cabeça e coração
E o céu se abre de manhã
Me abrigo em colo, em chão
Todo homem precisa de uma mãe
Todo homem precisa de uma mãe
Todo homem precisa de uma mãe
Todo homem precisa de uma mãe
segunda-feira, 3 de dezembro de 2018
O que se quer de um amor
Rodolfo Pamplona Filho
O que se quer de um amor?
Sonho na infância
Parceria na juventude
Compreensão na maturidade
Solidariedade na solidão da velhice...
Salvador, 25 de março de 2018.
domingo, 2 de dezembro de 2018
Futuros Amantes
Chico Buarque
Não se afobe, não
Que nada é pra já
O amor não tem pressa
Ele pode esperar em silêncio
Num fundo de armário
Na posta-restante
Milênios, milênios
No ar
E quem sabe, então
O Rio será
Alguma cidade submersa
Os escafandristas virão
Explorar sua casa
Seu quarto, suas coisas
Sua alma, desvãos
Sábios em vão
Tentarão decifrar
O eco de antigas palavras
Fragmentos de cartas, poemas
Mentiras, retratos
Vestígios de estranha civilização
Não se afobe, não
Que nada é pra já
Amores serão sempre amáveis
Futuros amantes, quiçá
Se amarão sem saber
Com o amor que eu um dia
Deixei pra você
sábado, 1 de dezembro de 2018
O Prego no Caixão
Rodolfo Pamplona Filho
A última nota na canção.
O arremate da costura
O ponto final na redação
O encerramento da semeadura
O beijo de despedida
O suspiro final
A lágrima vertida
O pecado original
O Adeus na partida
O final da festa
A palavra definitiva
O que mais nos resta
Praia do Forte, 03 de junho de 2018.
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