quinta-feira, 21 de novembro de 2024

Não ir

 




Rodolfo Pamplona Filho

 


Não ir

não é

necessariamente

perder

Não ir

pode ser

esperar

para ganhar,

refletir

para entender,

aguardar

para vencer


 


Salvador, 23 de setembro de 2020.

quarta-feira, 20 de novembro de 2024

O crivo do não saber da falsa esperança

 




Vitor Henrique


A vida  criva o agrado da falsa esperança em um fardo pesado, que nem  alça de uma calça que não laça. 


A impostora, a  mentirosa,  a farsante ou hipócrita falsa esperança.  


A ânsia do ancorar no Lar que leva a um destoar. 


Um aborrecimento, uma mentira ou tirania. Eis o crivo do livro vivo que construímos em uma falsa esperança do não saber.






Que guiado e liderado  pelo o sonhar que nos criva. 


Da incógnita cotidiana  do sonhar ou não sonhar? 


Acreditar ou não acreditar, para o  medo de nós arranhar e nos ferir no ir. 




Não vamos ancorar se não sonharmos. 


Não vamos acompanhar o marchar da maré. 


Não vamos nem ao menos ter lido o livro do não saber


Mas se for um houver do muro sem lucro. 


Das  as alegrias… 


das  alegorias das falácias que não devem ser cogitadas, digitadas, lidas e escritas. 


Das idas às ideias inobsoletas das Borboletas das letras da falsa esperança.


 




Mas, se não sonhar não teremos vivido o livro.  


Do amada do nada. 


Do rechear do cheirar do lar 


Do avistar até aterrar em uma terra do além mar


Para que o amarrar do amar, se torne lar. Eis, o livro do não saber do escrito, digitado ou cogitado.




O que fizeram, o que eu fiz e para onde fui. 


É foda, a cabeça lota em quotas de devaneio. 


Sujeira que me jogaram, amarraram e me deixaram em uma mar uivante de Abrantes.  


Não se iluda com a forma lúdica da localidade airosa, porque não existe rosas sem espinhos, nem que se for no pinho do seu ninho. 


Não importa a forma, a sonata está perdida em uma ida sem partida, mas com chegada aonada mais me consola.  




As solas nem estão gastas em lascas. Mas já sei que não há nada mais. 


Porque não há? 


Porque eu já disse, me sujaram, amarraram e me jogaram no meio do nada e eu não sei nadar, nem ao menos andar no desconhecido. 


Não sei que lugar é esse, 


Não sei se tenhas o nobre e o pobre, e se eles se importam em ouvir os meus pensamentos confusos tontos pela… a maré.   


A porta parece  torta,  cheias de discursos  de nenhures. Porque, donde eu veio pelos devaneios, não conheci achar meios a abrir. 




A cabeça tida madura, já sabe que a vida  é assim, dura igual uma pedra, que  que  esmurra em uma algazarra de sentimentos. 


Uma verdadeira surra de  momentos e tormentos em só lamentos. 


Não se engane ou encane, dizem que é apenas uma pane no sistema. 


Urge então a necessidade de saber, para não beber na fonte da ignorância, porque a ânsia em uma direção de uma ação, que nasce naquela  idade.


Naquela idade, em que você não vê as coisas do jeito que antes via. 


Você de per si, sabe que  a vida é assim, no sim ou no não, sempre serei o anão da pirâmide. 




Ahhh, se eu pudesse ja ter descobre está chave mestra para concertar ou atar os nós do que já se foi. 


Aos  amigos que você tem que não ligam, 


o  sinal de pane aparece e você não amanhece 


É, no verso da canção, no abrir da chave, que a ave ligeira já sabe antes  que você, que é só ela e mais nada. 


Não existe amor no clamor da dor de um sociedade doente. 


Quem fala que sim mente, pela  simples mediocridade que transforma a terra em letra de funeral. 


Não existe compaixão, nem paixão. 


Não existe nada além dessa vida, porque na ida, você sabe que  somos meros passageiros prestes a partir. 


Desligue os castelos do tetris, que moldam quem está certo ou errado na peça de encaixe, desligue a máquina, desligue a cina.  


Porque nada importa, nem a forma, nem o como e o porque.




O Turbilhão em um bilhão de reações. 


A falta de quem  não tem alta, por um amor verdadeiro, sincero, companheiro na jornada da vida, nem que se for para uma ida sem partida.


Incógnita que Incomoda, quase coca, roça a aguça por resposta. 


O meu eu tosta, queima, chamusca a sina da mina  da ocitocina com a dopamina. 


Não hesita, nessa usina de toxina a saber. 


Mas, quem me  dera saber a resposta para essa incógnita que me habita que não hesita. 




Quem me dera  as respostas, se nem sei quais são as perguntas, que me perfazem. 


É nessa usina, que ser zem não me fazem ir além do óbvio. 


Mas que me dera saber o que meu corpo quer beber? Se é nessa usina de ocitocina com dopamina que eu vivo até ir ao além, nem se for sem ou com a resposta. 


A incógnita nitra o que sei lá eu sou, só sei que zem eu não sou, nem com serotonina eu sou. 


Sou eu, um bilhão de reações sem lições de moralidade e eticidade.  


Sou eu quem caminha nessa mina de toxina e paixão em uma mansão sem uma lição a te dar.


Nem mandar a onde andar, porem a quem lhe vem apenas excitar o meu eu até onde for, nem que se for sem alem a algo que nem existe.


Sou eu turbilhão em um bilhão de reações com ações, sem lições, mas com desejos e medos.






terça-feira, 19 de novembro de 2024

Excelência “De Boas”

 






Rodolfo Pamplona Filho 

Edson Saldanha




“Tá de boas, excelência!”

Excelente é sua postura;

sem grilos e sem problema

ajustou-se sem frescura!

Formalismos tem limites 

(com respeito, porque não?)

Faz o seu e eu faço o meu 

com presteza e educação

Neste mundo virtual, 

de permanente exposição

Excelência, use a toga,

mas mantenha o coração!

Todos juntos pelo justo, 

fazer justiça é prioritário!

Não precisa ser sisudo 

ou mais formal que o necessário:

basta ter sempre em mente

que estar “de boa”

é estar presente e contente 

com sua condição de pessoa!




Salvador, 06 de novembro de 2020

O parto da poeta





Negra Luz



Sempre olhei a poesia com encanto.

Os parnasianos e os românticos me faziam vibrar.

Achava um desafio a contagem da métrica.

Maior, ainda, articular o rimar.



Quando fazia qualquer tentativa,

Na minha mente só emergia,

A pobre rima, que “declamava” na infância,

Da batatinha, pelo chão, a se esparramar.



Até que um dia, a mística da Poesia

Abriu as portas do meu coração.

Remexeu os armários da minha emoção,

Estabeleceu uma infinita conexão,

Que me levou ao papel e à tinta na mão.



Como fugitivas, as palavras foram partindo 

De espaços até então desconhecidos 

Da minha visão.

Foi esse o momento do nascer da poeta,

Para o Mundo uma revelação.



Como bálsamo, deu-me a cura,

Como chave, fez-me ave,

Como Luz, tornou-me sol,

Como onda, lançou-me ao mar...

E, agora, vivo imersa em palavras,

Articulando versos para viver e amar.






segunda-feira, 18 de novembro de 2024

O Lado Bom das Coisas

 



Rodolfo Pamplona Filho


 Na vida, tudo tem

seu lado bom e seu lado mal

e o mais importante, afinal,

é saber com que olhar

se vai tudo enfrentar.



Eu não vou lamentar

se não nos deixam ver

o segundo tempo do jogo:

eu agradeço por ter

visto o primeiro com você...



Também não choro

por termos perdido o vôo

e chegado atrasado no show,

mas, sim, fico feliz por ter ido

e visto seu esforço incontido...



Eu não reclamo, nem no íntimo,

por você não agüentar meu ritmo,

mas, sim, acho sensacional

a sua vontade descomunal

de tentar me acompanhar...



Não se trata de acomodação,

nem de vil subserviência,

mas, na verdade, é dar razão

à mais clara consciência

de que a paz é a melhor solução.



Eu não tenho tudo

que realmente gostaria

e, nem de longe,

o que eu poderia,

mas encontro felicidade



em compartilhar, de verdade,

uma relação de parceria,

que, longe de ser fria,

é um porto tranqüilo e seguro,

onde encontro um amor puro,



pois o lado bom das coisas

é não ter qualquer medo

de, sem perder o próprio zelo,

entregar-se totalmente,

vivendo apenas o presente.




Salvador, 30 de setembro de 2011.

domingo, 17 de novembro de 2024

Meus votos com a Poesia

 




Negra Luz



Se é um dom, obrigada Deus Pai.

Se é uma técnica, serei fiel aprendiz.

Se é uma arte, um dia me tornarei um Picasso.

Se é uma válvula, é com ela que quero escapar todos os dias,

Se é cura, tomei essa terapia para mim,

Se é diversão, eu quero essa brincadeira,

Se é vício, dizem que todo mundo tem um,

Se é chamado, quero poder atende-la.

Se é amor, amo-a com paixão,

Se poesia precisa de vida, é dela o meu coração!





sábado, 16 de novembro de 2024

O que fazer com minha tristeza?

 



 Rodolfo Pamplona Filho



O que fazer com minha tristeza,

se não há opção de não vivê-la?



O que fazer com minha tristeza,

se não tenho como esquecê-la?

 


O que fazer com minha tristeza,

se não sei abandoná-la?

 


O que fazer com minha tristeza,

se não consigo superá-la?

 


Quem disse que tenho de fazer algo?

Quem disse que tenho de deixar

o que se tornou parte de mim mesmo

e é a definição do meu próprio eu?

Quem disse que tenho de desprezar

os sentimentos que me tomam

em vez de vivê-los para chegar

até o seu (ou o meu) fim?


 



Salvador, 05 de agosto de 2020. 



sexta-feira, 15 de novembro de 2024

A aura do Mundo

 






Negra Luz



Às 4:27.

Um fragmento dela,

Por um quarto da minha janela.

Era ela mostrando-se para mim.

A cor era laranja, amarelado,

Sangue azul, preto, cinza:

Tudo misturado,

Um matiz harmonizado,

Observei de norte a sul.

A visão de esperança,

Viver é constante mudança.

O amanhecer chacoalha a bandeira,

Os pássaros cantam apitando,

Galos ecoam,

Dá-se a largada:

Já é hora de acordar!

Botemos os pratos na mesa,

Tomemos o café para a coragem.

Comamos o pão da esperança.

E, com essa aura amanhecida,

Molhada por orvalhos eufóricos,

Possamos ir mais além!

Há magia nesse instante, não mágica.

Todo prédio erguido é construção.

Os muros demolidos foram ação.

A linha do tempo é infinita para passado e futuro.

E o futuro começa assim:

Na hora certa.

Na primeira visão da aura do Mundo!






quinta-feira, 14 de novembro de 2024

Vivências e Experiências

 

 



Rodolfo Pamplona Filho




Viver não deve ser

simplesmente sobreviver

Viver deve ser

um constante experimentar

em que cada dia

traga novas sensações,

em que a magia

toque os corações

e que a ousadia

rompa os grilhões

de quem tem a mente vazia

apegada aos mesmos padrões.


 


Experiências

que ocorreram e

Oportunidades

que não se realizaram

são o aprendizado

que as vivências permitem

construir um novo futuro.


 


Salvador, 21 de agosto de 2020.


quarta-feira, 13 de novembro de 2024

Eu sinto a sua dor






Negra Luz



Tô ferida,

Sangrando,

Questionando do meu corpo a culpa,

Me sentindo só,

Com medo das sombras,

Sentindo o calafrio das suas lembranças,

Revivendo os seus horrores.



Toda a minha dignidade 

Mutilada em pequenos golpes incompreendidos:

“Tira esse sorriso do olhar”

“Qual a sua senha”

Ou a um só: mortal, viceral, anal, brutal, oral, desconsensual.



Tudo sem na pele ter sentido.

Se quem sofreu foi uma mulher,

Eu, mulher, sofro com tudo isso

E é, também, minha a sua dor.



Dor por saber que temos direitos.

Dor por ser nosso o corpo 

E merecermos respeito.

Dor porque o Estado é de Direitos.

Dor porque a ele contratei,

Talião não era o jeito.



E ele se mostra falido.

Omite-se no seu papel.

Um elefante esvaindo o sentido:

Proteger-nos dessa indelével dor. 







terça-feira, 12 de novembro de 2024

A Maior Tentação da Vida

 



Rodolfo Pamplona Filho

 



Diaba

Demônia

Seu olhar paralisa

qualquer reação


Anjo caído

Satanás

Sua beleza ilumina

qualquer ambiente


Como o mundo é diferente

quando a gente se apaixona

por alguém tão exigente,

uma verdadeira amazona,


que cavalga minha mente

e faz vir à tona,

assim tão de repente,

o que a vida proporciona:


um amor tão envolvente,

que acende minha testosterona,

para que um dia, a gente

possa fazer uma maratona


de amor sem fim,

de carinhos, enfim,

pois tudo que eu quero

é ter você para mim.


 


Salvador, 15 de novembro de 2020.


segunda-feira, 11 de novembro de 2024

Grãos de açúcar



Negra Luz


Um.

Não.


Um grão de açúcar...

Apenas um grão?


Um pontinho na mesa,

Na minha colher,

No fundo da xícara,

No amargo da boca,

No chão.


Doçura perdida...

Uma doce ilusão.


Pensem nas formigas!

Desbotou, sem odor, sem flor:

Sem nada.

Visão de oásis!

Era um manjar do Mundo,

Um cristal de rara compleição,

Grande riqueza em uma sociedade de formigas:

Cada um com sua lida,

Com sua missão?

O achádego do grão seria tarefa cumprida,

Importante elemento da equação?


Imaginemos!

Quem sabe um dia saberemos

O que pensam as formigas,

Quando o doce da vida chega 

A suas calejadas mãos.






domingo, 10 de novembro de 2024

Ansiedade

 


 

Rodolfo Pamplona Filho 


Ansiedade causa desconforto

Insegurança

Nervosismo


Ansiedade causa revolta

Instabilidade

Histerismo


Ansiedade causa dor

Transtorno

Depressão


Ansiedade causa marcas

que abalam

o coração


Mas pare para pensar

ansiedade por outro olhar:

ansiedade é também

porque não controlamos o tempo

para fazer andar mais rápido

e chegar no momento

pelo qual ansiamos


Ansiedade é apenas a prova

de que queremos muito

o que está por porvir

é que tem tudo

para ser inesquecível...


Controlemos a ansiedade

e aguardemos o porvir!


 


Salvador, 16 de novembro de 2020.

sábado, 9 de novembro de 2024

Direito e Poesia





Maria Aparecida Francisco 


 


De onde nasce o direito? 

E a poesia, de onde nascerá ?

Penso em mil respostas

Mas qual delas será? 


No direito há palavras

Que buscam te ajudar

Na poesia as palavras

Expressam o seu olhar


Direito e Poesia

Ambos nascem

Do sentimento humano

Que busca se consolar


Sentimento de amor

De dor

De horror

Sentimento libertador


Assim nasce o direito

E assim a poesia nascerá 

Sempre do sentimento 

Que o homem externar







sexta-feira, 8 de novembro de 2024

Cansaço

 


 


Rodolfo Pamplona Filho




O cansaço é um passaporte

O cansaço é um desinvestimento

O cansaço é a saída

de quem já passou do limite

O cansaço anestesia

qualquer reação possível

de quem se esgotou...


 

Salvador, 04  de novembro de 2020

quinta-feira, 7 de novembro de 2024

O Turbilhão em um bilhão de reações




Vitor Henrique


A falta de quem  não tem alta, por um amor verdadeiro, sincero, companheiro na jornada da vida, nem que se for para uma ida sem partida.

Incógnita que Incomoda, quase coca, roça a aguça por resposta. 

O meu eu tosta, queima, chamusca a sina da mina  da ocitocina com a dopamina. 

Não hesita, nessa usina de toxina a saber. 

Mas, quem me  dera saber a resposta para essa incógnita que me habita que não hesita. 

Quem me dera  as respostas, se nem sei quais são as perguntas, que me perfazem. 

É nessa usina, que ser zem não me fazem ir além do óbvio. 

Mas que me dera saber o que meu corpo quer beber? Se é nessa usina de ocitocina com dopamina que eu vivo até ir ao além, nem se for sem ou com a resposta. 

A incógnita nitra o que sei lá eu sou, só sei que zem eu não sou, nem com serotonina eu sou. 

Sou eu, um bilhão de reações sem lições de moralidade e eticidade.  

Sou eu quem caminha nessa mina de toxina e paixão em uma mansão sem uma lição a te dar.

Nem mandar a onde andar, porem a quem lhe vem apenas excitar o meu eu até onde for, nem que se for sem alem a algo que nem existe.

Sou eu turbilhão em um bilhão de reações com ações, sem lições, mas com desejos e medos.







quarta-feira, 6 de novembro de 2024

Má Vontade

 

 




Rodolfo Pamplona Filho



 


Má vontade é tudo de ruim!

É muito difícil lidar

com quem se acha com razão

e não dá espaço

para fazer outra programação


Má vontade é uma droga!

Não há como conversar

com quem não admite repensar

a atitude tempestuosa

que somente tem o dom de perturbar


Má vontade é uma praga!

Só dá mesmo para lamentar

a empáfia de quem tem certeza

de que todo erro é alheio

e todo mau resultado não é sua culpa.

 


Má vontade é uma merda, viu?


 


Salvador, 05  de novembro de 2020



terça-feira, 5 de novembro de 2024

O que fizeram, o que eu fiz e para onde fui

 




Vitor Henrique


É foda, a cabeça lota em quotas de devaneio. 

Sujeira que me jogaram, amarraram e me deixaram em uma mar uivante de Abrantes.  

Não se iluda com a forma lúdica da localidade airosa, porque não existe rosas sem espinhos, nem que se for no pinho do seu ninho. 

Não importa a forma, a sonata está perdida em uma ida sem partida, mas com chegada aonada mais me consola.  


As solas nem estão gastas em lascas. Mas já sei que não há nada mais. 

Porque não há? 

Porque eu já disse, me sujaram, amarraram e me jogaram no meio do nada e eu não sei nadar, nem ao menos andar no desconhecido. 

Não sei que lugar é esse, 

Não sei se tenhas o nobre e o pobre, e se eles se importam em ouvir os meus pensamentos confusos tontos pela… a maré.   

A porta parece  torta,  cheias de discursos  de nenhures. Porque, donde eu veio pelos devaneios, não conheci achar meios a abrir. 


A cabeça tida madura, já sabe que a vida  é assim, dura igual uma pedra, que  que  esmurra em uma algazarra de sentimentos. 

Uma verdadeira surra de  momentos e tormentos em só lamentos. 

Não se engane ou encane, dizem que é apenas uma pane no sistema. 

Urge então a necessidade de saber, para não beber na fonte da ignorância, porque a ânsia em uma direção de uma ação, que nasce naquela  idade.

Naquela idade, em que você não vê as coisas do jeito que antes via. 

Você de per si, sabe que  a vida é assim, no sim ou no não, sempre serei o anão da pirâmide. 


Ahhh, se eu pudesse ja ter descobre está chave mestra para concertar ou atar os nós do que já se foi. 

Aos amigos que você tem que não ligam, 

o  sinal de pane aparece e você não amanhece 

É, no verso da canção, no abrir da chave, que a ave ligeira já sabe antes  que você, que é só ela e mais nada. 

Não existe amor no clamor da dor de um sociedade doente. 

Quem fala que sim mente, pela  simples mediocridade que transforma a terra em letra de funeral. 

Não existe compaixão, nem paixão. 

Não existe nada além dessa vida, porque na ida, você sabe que  somos meros passageiros prestes a partir. 

Desligue os castelos do tetris, que moldam quem está certo ou errado na peça de encaixe, desligue a máquina, desligue a cina.  

Porque nada importa, nem a forma, nem o como e o porque.







segunda-feira, 4 de novembro de 2024

Minha Justificativa

 


 

Rodolfo Pamplona Filho



 


Álibi


Disfarce


Desculpa


Enganação


Tudo armado


só para dizer não!


O que se inventa


para não assumir


o que realmente


faz ou fez,


dos ovos, o frigir


para todos, fingir


para o mundo, fugir


na vida, não se permitir.


 


Salvador, 15  de novembro de 2020.

domingo, 3 de novembro de 2024

Pequenos na Imensidão





Maria Aparecida Francisco  


A imensidão dos pequenos

Pequenos na imensidão

O homem e o universo

Na sua real dimensão 


O homem é um ponto insignificante

Na imensidão do universo 

Ao longe desaparece

Nas profundezas de um olhar

 

O universo é gigante

Nossos olhos não conseguem findar

Só na mente do homem 

Que quer sempre dominar


Dominar a natureza 

Dominar o universo 

Dominar o próprio homem

Para então um Deus se tornar


Quem será o gigante

Que conseguirá se superar

Desnudando os próprios monstros 

Para então se libertar


Imenso é universo 

Assim como a mente humana

Que busca o inverso  

Com suas atitudes desumanas


Humildade tem que haver

Pois somos um pontinho no universo 

A arrogância deve desaparecer

Extinguindo os homens perversos


O universo é exemplo

De grandeza e humildade

E é assim que devemos ser

Com a própria humanidade 


 




sábado, 2 de novembro de 2024

Momentos Felizes

 



 

Rodolfo Pamplona Filho



Quando estamos tristes,

lembranças felizes

nos fazem seguir,

mesmo que não saibamos

para onde vamos.

 


Quando estamos para baixo,

memórias felizes

nos fazem sorrir,

mesmo sem muito tempo

para respirar

 


Quando estamos depressivos,

momentos felizes

despertam a sensação

de que, em algum lugar do passado,

já houve esperança de um futuro melhor.


 


Terça-feira, 10 de novembro de 2020

sexta-feira, 1 de novembro de 2024

São muitos anos ...

 

 







Mihai Eminescu




São muitos anos e outros vão passar


Desde a hora santa em que nos encontramos,


Mas lembro sempre o quanto nos amamos,


Gélidas mãos e grande ardor no olhar.




Ó, vem palavras doces me inspirar,


Teu rosto sobre mim deita e me mira:


Sob sua luz me deixa ainda sonhar,


Novas canções arranca à minha lira!




Tu nem o sabes - ao te aproximares,


Meu coração no fundo já se acalma


Qual o surgir da estrela sobre os mares;




Quando sorris, criança, és minha calma,


Se extingue, então, a vida de pesares,


O olhar me arde e me transborda a alma!






Tradução: Luciano Maia


quinta-feira, 31 de outubro de 2024

Criança como Sujeito de Direitos

 



Rodolfo Pamplona Filho



Na inocência da infância, onde o sol é amor,


a criança ergue o olhar, brilha em seu valor.


Em vislumbres do futuro, onde o Direito é o ideal,


ela clama por respeito, por um mundo mais igual.




 


Não é apenas um ser, um mero brincar,


mas um sujeito de direitos, com voz a ecoar.


No seio da Justiça, onde a dignidade nasce,


em cada riso e cada passo, a liberdade faz-se.


 




Tem direito ao afeto, ao abrigo e à paz,


à educação que forma, à esperança que leva e traz.


Sua voz é um grito que, o sistema, desafia,


por um lugar onde o respeito seja sempre a melodia.






Que as leis a acolham, com carinho e razão;


Que a infância floresça, plena em sua missão;


pois, na criança, reside a promessa de um mundo


em que sua autonomia é a realização de um sonho tão profundo.




 




Sorocaba, 29 de agosto de 2024.

quarta-feira, 30 de outubro de 2024

Quando até a voz...

 


 






Mihai Eminescu




Quando até a voz do pensamento cala,


Me envolve o doce canto de uma prece –


Então te chamo; o meu chamar te abala?


Sairás da fria bruma que te tece?




E a escuridão da noite aclararás


Com teu olhar pacífico e risonho?


Retorna, deixa as sombras para trás,


Para te ver voltar – como num sonho!




Vem lentamente... perto... ainda mais;


Chega sorrindo junto à minha face,


Mostra-me, num suspiro, que és tornada.




Que teu cílios nos meus façam-se laços,


Para que eu sinta um frêmito nos braços –


Para sempre perdida e sempre amada!






Tradução: Luciano Maia


terça-feira, 29 de outubro de 2024

Construção da Relação Possível

 

  



Rodolfo Pamplona Filho



Construção da relação possível,


onde as expectativas


não ultrapassam as possibilidades


 


Construção da relação possível,


onde as características


não são encaradas como mutáveis


 


Construção da relação possível,


onde a transparência


não é virtude, mas premissa


 


Construção da relação possível,


onde as necessidades são supridas


por vontade, não por exigência




Construção da relação possível,


onde pode faltar carinho,


mas não falta afeto




Construção da relação possível,


onde pode faltar rigidez,


mas sempre haverá respeito.





Sorocaba, 30 de agosto de 2024.

segunda-feira, 28 de outubro de 2024

Por mais estrelas ...

 


 

Mihai Eminescu


Por mais estrelas que ardam nas alturas,


Por mais ondas que vaguem sobre o mar,


Dessa luz, de seus brilhos e lonjuras


Ninguém sabe – nem nada há de ficar.




Tu podes, pois, seguir o teu caminho:


Sejas bom, ou de crimes instrumento –


É o mesmo pó, abismo e remoinho!


Tua herança de tudo – o Esquecimento!




Parece-me que morro: junto à porta


Esperam os que querem me enterrar;


Ouço cantos e vejo uma luz morta.




Ó sombra doce, vem mais perto, a dar


Sobre mim este adejo que transporta


Da Morte a asa negra, úmido olhar.






Tradução: Luciano Maia


domingo, 27 de outubro de 2024

Celebração de Casamento de Newton e Celinho







Rodolfo Pamplona Filho




Hoje, estamos reunidos para celebrar o casamento de Newton e Celinho.


E a palavra “celebração” é usada de forma proposital, pois, embora eles já estejam casados no coração há muito tempo e casados formal e juridicamente há alguns dias, nós estamos aqui para testemunhar e celebrar a união de duas pessoas incríveis!


Newton e Celinho.


O amor e a dedicação que eles compartilham é uma inspiração para todos nós e um exemplo do que significa encontrar alguém com quem podemos construir um futuro cheio de esperança e alegria.


Quando Newton e Celinho se encontraram pela primeira vez, foi em um lugar pouco convencional, que talvez eu nem deva verbalizar...


Mas esse cenário já mostra que eles são pessoas que sabem o que quer!


Sempre!


E não deixa de ser também uma espécie de preparação para o palco da vida!


Isso mostra que, desde o início, o caminho deles foi e é marcado por algo especial e único.


Newton, admita que você começou com uma abordagem um pouco reservada. Era um jogo de “difícil”, talvez para manter a mágica do mistério. Mas a verdade é que, mesmo na sua posição inicial, talvez como uma marca (ou uma tatuagem) da sua própria história, você já sentia que havia algo de especial.


Afinal, o que se pode dizer de alguém que afirma que não quer namora, mas que quer estar ao lado da outra toda semana?


E, claro, mesmo que você tenha se escondido na cozinha, os verdadeiros momentos aconteceram quando a conexão entre vocês foi se aprofundando.


O que começou com encontros semanais evoluiu para algo muito mais profundo.


Desde novembro de 2021, quando se conheceram, até o dia 15 de março de 2022, quando decidiram se considerar oficialmente juntos, o caminho foi pavimentado com respeito, confiança e uma amizade que se transformou em amor.


Eu já conhecia Newton há anos.


Eu passei a conhecer Celinho em função do convite que vocês me fizeram para celebrar este momento.


E, na minha profissão, eu aprendi a entender a essência das pessoas.


E posso dizer que já conheço os dois, individualmente e como casal.


Newton, sua sinceridade e caráter são uma base sólida para o relacionamento de vocês.


Celinho, sua capacidade de compreender e apoiar Newton, juntamente com seu espírito colaborativo, ajudou a fortalecer esse vínculo.


Juntos, vocês demonstram que o amor não precisa de grandes gestos para ser grandioso. Ele é encontrado na simplicidade dos momentos cotidianos e na capacidade de construir e trabalhar juntos para alcançar um futuro melhor.


O pedido de casamento, feito durante um passeio na praia, foi um momento de verdadeira cumplicidade e reflexão.


Com o cenário perfeito e o coração aberto, vocês decidiram dar um novo passo, mostrando ao mundo que estão prontos para enfrentar a vida lado a lado, sem embates, apenas entrosamento e parceria.


Hoje, celebramos não apenas o ato de dizer “sim” um ao outro, mas também a jornada que trouxe vocês até este momento. Que este casamento seja apenas o começo de uma nova fase, repleta de novas aventuras, crescimento pessoal e, acima de tudo, um amor que continua a se fortalecer a cada dia.


Levantemos nossas mãos e nossos copos para brindar a Newton e Celinho!


Que o caminho à frente seja iluminado pela alegria, pela confiança e pela construção de um futuro brilhante juntos.


Que cada dia traga novas razões para sorrir e novas memórias para guardar com carinho.


Parabéns, Newton e Celinho! Que a vida a dois seja tudo o que vocês sonharam e muito mais.


À felicidade dos noivos!




Imbassaí, 07 de setembro de 2024.


sábado, 26 de outubro de 2024

Amor Bastante



 



Paulo Leminski



quando eu vi você


tive uma idéia brilhante


foi como se eu olhasse


de dentro de um diamante


e meu olho ganhasse


mil faces num só instante




basta um instante


e você tem amor bastante




um bom poema


leva anos


cinco jogando bola,


mais cinco estudando sânscrito,


seis carregando pedra,


nove namorando a vizinha,


sete levando porrada,


quatro andando sozinho,


três mudando de cidade,


dez trocando de assunto,


uma eternidade, eu e você,


caminhando junto


sexta-feira, 25 de outubro de 2024

Big Techs



Rodolfo Pamplona Filho


No reino digital, onde tudo se conecta,


surgem as “Big Techs”, com imagem circunspecta,


gigantes que moldam o mundo em bytes, com algoritmos, códigos , fontes e sites.




Nos seus vastos reinos de nuvens e dados, construíram impérios de cliques sonhados.


Cada toque, cada busca, uma marca, um traço,


no vasto mar de informações em sílica e aço.


 


Com promessas de um futuro radiante


e inovações que brilham como fogo,


no fundo da tela, o preço é constante


e a privacidade é violada de novo.


 




Entre a luz das interfaces e a sombra do controle longo,


o seu poder se ergue e vai se impondo,


com força para mudar nossa visão e escolha,


reduzindo horizontes de quem vive em sua bolha




 


Que na era das redes e dos programas em festa,


busquemos o justo, o ético, o que presta,


para que a inovação não seja uma mosca na teia,


mas, sim, a bênção e o equilíbrio que a humanidade tanto anseia…




 




Salvador, 31 de agosto de 2024.


quinta-feira, 24 de outubro de 2024

quarta-feira, 23 de outubro de 2024

Bem e Mal






Rodolfo Pamplona Filho



Você me faz bem


e me faz mal


Quando estou com você,


perco o foco,


o centro e o chão.


Isso é bom!


Ou não?


Descobrir o que nos dá prazer


pode ser uma dolorosa constatação


de que o que temos não nos completa,


mesmo que seja a nossa zona de conforto,


e o que não temos, mas projetamos,


nos excita e estimula


a enfrentar o desconhecido…


Não é todo mundo


que tem coragem


de viver…


Não é todo mundo


que tem a bravura


de se conhecer…




 




Salvador, 11 de setembro de 2024.

terça-feira, 22 de outubro de 2024

Ali

 




Paulo Leminski


ali



ali


se




se alice


ali se visse


quanto alice viu


e não disse




se ali


ali se dissesse


quanta palavra


veio e não desce




ali


bem ali


dentro da alice


só alice


com alice


ali se parece 


segunda-feira, 21 de outubro de 2024

Tempo de Fazer Nada

 




 

Rodolfo Pamplona Filho


Todo mundo precisa


de um tempo de fazer nada


Dar um boot no sistema


entrar em Modo Default


Apagar o que foi feito


Zerar tudo


Esfriar a cabeça


o corpo e o motor


Descobrir que a máquina


exigir reiniciar


para poder recomeçar…


 


Salvador, 07 de agosto de 2024.

sábado, 19 de outubro de 2024

Triste

 

 







 


Triste


como quem está em regime forçado


como quem é sempre ignorado


como quem se sente abandonado


 


Triste


como quem não consegue emagrecer


como quem não tem a quem recorrer


como quem não sabe mais o que fazer


 


Triste


como quem não conhece a canção


como quem vive em solidão


como quem sofre uma maldição


 


Triste


como quem se perdeu no caminhar


como quem perdeu ao apostar


como quem, um dia, ousou sonhar.


 


Salvador, 01 de agosto de 2024.

quinta-feira, 17 de outubro de 2024

Um Pum para Flavio Tartuce

 

 






Rodolfo Pamplona Filho

 


Em um dia comum, sob um céu azul claro,


Um som peculiar rompe o ar,


É um pum, um sussurro raro,


E para Flavio Tartuce vem saudar.


 


Com leveza, a brisa dança,


E o cheiro se espalha no ambiente,


No ar, uma curiosa esperança,


Que a leveza de um momento seja presente.


 


Não é de um sonho ou de um encantamento,


Mas um gesto simples e verdadeiro,


Que para Flavio, em seu momento,


Voa como uma brisa, sutil e ligeiro.


 


Então, celebro com esta rima pequena,


Um pum que, de maneira inesperada,


Oferece ao dia uma cena amena,


E à vida, uma nota engraçada.


 


Salvador, 09 de setembro de 2024.

terça-feira, 15 de outubro de 2024

A pessoa que eu mais precisava me ensinou que eu não preciso de ninguém

 


 

Rodolfo Pamplona Filho


A pessoa que eu mais precisava,

um farol no meio da escuridão,

chegou trazendo um mundo novo,

mas também uma lição.

 


Eu, que buscava seu abraço,

em cada gesto, uma razão,

descobri, nos ecos do cansaço,

a força dentro do meu coração.

 


Ela veio, como brisa leve,

trazendo promessas que o tempo quebrou.

E, na ausência, tão súbita e breve,

a liberdade, enfim, se revelou.

 


A pessoa que eu tanto esperei,

me mostrou, com silêncio e partida,

que em mim está o que procurei,

que ninguém completa a minha vida.

 


Agora ando só, mas sem medo,

aprendi o que o tempo traz:

não preciso de amarras ou segredo,

pois em mim, a força é capaz.


 


Salvador, 4 de outubro de 2024


segunda-feira, 14 de outubro de 2024

Um homem com uma dor

 




 

Paulo Leminski




um homem com uma dor


é muito mais elegante


caminha assim de lado


como se chegasse atrasado


andasse mais adiante


domingo, 13 de outubro de 2024

Pensamentos que devem ser afastados



 




Rodolfo Pamplona Filho

 


Pensar é livre

mas há pensamentos

que devem ser afastados:

um sentimento de derrota,

uma insegurança emocional,

um desejo de morte,

um impulso mortal…

 

Pensar é livre

mas nem tudo é razoável!

Nem tudo é conveniente;

nem tudo deve ser dito

para todo tipo de gente…

Uma palavra mal colocada

pode ser uma declaração de guerra

ou o término de uma jornada.


Pensar é livre

mas pensar sem pesquisar,

opinar sem fundamentar,

debater sem refletir ,

divulgar sem confirmar

é o estímulo à aleivosia,

o incentivo à anarquia

ou o fim da democracia

 


Salvador, 15 de setembro de 2024.

sábado, 12 de outubro de 2024

Rosa Rilke Raimundo Correia

 




Paulo Leminski



Uma pálpebra,

Mais uma, mais outras,

Enfim, dezenas

De pálpebras sobre pálpebras

Tentando fazer

Das minhas trevas

Alguma coisa a mais

Que lágrimas

sexta-feira, 11 de outubro de 2024

Sobre quem fala mal de você

 


Rodolfo Pamplona Filho

 

Quem fala mal de você

tem três coisas no coração:

vontade de ser você,

vontade de ter o que você tem

e vontade de fazer o que você faz

 

Essas pessoas são

fãs desequilibradas

de sua vida,

acompanhando cada detalhe,

pois acham sua vida

mais interessante

do que a delas

 

Não ligue para elas

Aproveite para ser

a melhor versão de si mesmo!

 

Lembre-se: pessoas felizes e realizadas

não tem tempo de falar mal dos outros!

Elas estão ocupadas

vivendo suas próprias vidas

 

Quando alguém se incomoda

com o sucesso

é uma forma distorcida

de admiração,

pois a inveja é uma manifestação

de um desejo de estar em seu lugar

 

No voo para Salvador, 14 de setembro de 2024.

quinta-feira, 10 de outubro de 2024

Sobre o Dito

 



 

Quando o não dito

vira maldito

Quando o bendito

não foi dito

Quando o finito

revela-se predito

Quando o Mito

ganha no grito

Quando o rito

torna-se infinito.

 

Salvador, 07 de agosto de 2024

quarta-feira, 9 de outubro de 2024

Semente de Cumplicidade

 



 

Fazer amor a dois,

como se fosse a três,

em que finalmente chegou

a desejada vez

da troca de carícias,

com gozo de delícias

que a só entrega plena

gera a paz serena.

 

Sentir o toque firme

da pele a roçar

Gemer de êxtase

com o forte penetrar

do desejo em estado bruto

do corpo impoluto

dos seios a sugar

da boca a saciar

 

A realização do tesão

O consentimento na consumação

O laço que une mentes

é a mais pura verdade presente…

pois não existe prova maior

de amizade e lealdade,

quando a sua essência seminal

é a semente da cumplicidade.

 

Recife, 03 de agosto de 2024.

terça-feira, 8 de outubro de 2024

Marcas

 



 

Não perca tempo

com comentários maldosos

Eles só abrirão feridas

que só o tempo cicatriza,

mas que não se apagam

da sua história

 

Não remoa

sentimentos ruins!

eles colam no corpo como tatuagens,

que são difíceis de remover,

e não como maquiagem,

que sai com água…

 

Não reviva

sensações desagradáveis!

Elas deixam marcas e traumas

que nem a melhor disciplina

consegue sanar

para reencontrar a paz.

 

Não abra mão de sua paz.

 

No voo para Salvador, 14 de setembro de 2024.

segunda-feira, 7 de outubro de 2024

Hormônios e Neurônios

 



 

A intensidade da vida

está relacionada

à manifestação de

hormônios e neurônios

 

O tesão

A empolgação

A inspiração

A emoção

 

Tudo pode ser

uma explosão

 

A vibração

A criação

A construção

A evolução

 

Tudo pode ser

uma revolução

 

Por isso, nunca esqueça:

quando se deparar com algo novo,

observe sempre hormônios e neurônios…

 

Salvador, 06 de setembro de 2024, surfando no caos…

domingo, 6 de outubro de 2024

Gordofobia



 

No espelho, a sombra recusa a verdade

e reflete um corpo que é alvo de dor.

O peso não é o fardo da crueldade,

mas o olhar alheio que ignora o amor.

 

Gordofobia, um veneno disfarçado,

sussurros cruéis, estigmas sem fim.

No campo do julgamento, um terreno árido,

onde a empatia é um sonho para mim.

 

Corpos que dançam com ritmo próprio,

desafiam o ódio com a força do ser,

cada curva, uma história de vitória,

cada ruga, um poema a florescer.

 

Não se mede a alma em gramas ou quilos,

nem se conta a vida por padrões rasos,

O valor não se encontra em números frios,

mas no calor humano e nos afagos e abraços.

 

Quebrar as correntes do preconceito,

olhar com olhos que enxergam além,

no vasto universo da diversidade,

onde todos são dignos de ser meu bem.

 

Sorocaba, 29 de agosto de 2024. 

sábado, 5 de outubro de 2024

Frouxo

 



 

Frouxo

por não falar o que sente

por fazer a opção mais fácil

por quebrar a corrente

por esquecer da sua gente

 

Frouxo

por inventar desculpas

por fugir da disputa

por querer sempre agradar

por temer se queimar

 

Frouxo

por não colar na corda

por ser escravo de seu conforto

por largar a mão

por não querer confusão

 

Frouxo

por querer o que não dá

por furar o combinado

por ter medo de errar

por deixar de estar ao meu lado.

 

Salvador, 08 de agosto de 2024.

sexta-feira, 4 de outubro de 2024

Filosofia do Desejo: um contraponto à Filosofia do Direito

 



 

No plano jurídico, onde a ordem se traça,a filosofia ergue sua estrutura e graça.Sob o véu legal, um desejo não se cansae o pensamento é, na mente, uma dança.

 

Freud nos guia por sendas mais sombrias,Onde o desejo não se cala, e, sim, se cria.Na sua análise, desvelam-se as vias,

que o direito não abarca, nem em fantasias.

 

No tribunal da alma, o desejo é o juiz,com decisões próprias, que ao Direito contradiz.O inconsciente, em segredo, a verdade diz:à lei, a libido se submete, mas nunca é feliz.

 

O Direito quer ordem, controle e norma,mas o desejo, indomável, nunca se conforma.Na trama do inconsciente, a paixão se transforma,desafiando o racional, que a moral reforma.

 

Enquanto o Direito vigia, com regras e precisão,a filosofia do desejo revela a pulsão.Em cada ato reprimido, um grito, uma visão,que escapa ao domínio da lei e da razão.

 

Assim, o contraponto se tece irrefreável

entre a lógica jurídica e o desejo implacável.

Na encruzilhada do ser, anseia-se por um diálogo vasto e astuto,

entre a ordem e o desejo, onde o humano é o absoluto.

 

Sorocaba, 30 de agosto de 2024.