Rodolfo Pamplona Filho
Não ir
não é
necessariamente
perder
Não ir
pode ser
esperar
para ganhar,
refletir
para entender,
aguardar
para vencer
Salvador, 23 de setembro de 2020.
Blog para ler e pensar... Um texto por dia... é a promessa... Ficarei muito feliz em ler e saber o que cada palavra despertou... Se você quiser compartilhar um texto, não hesite em mandar para rpf@rodolfopamplonafilho.com.br. Aqui, não compartilho apenas os meus textos, mas de poetas que eu já admiro e de todas as pessoas que queiram viajar comigo na poesia... Se quiser conhecer somente a minha poesia, acesse o blog rpf-poesia.blogspot.com.br. Espero que goste... Ficarei feliz com isso...
Rodolfo Pamplona Filho
Não ir
não é
necessariamente
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Não ir
pode ser
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para entender,
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para vencer
Salvador, 23 de setembro de 2020.
Vitor Henrique
A vida criva o agrado da falsa esperança em um fardo pesado, que nem alça de uma calça que não laça.
A impostora, a mentirosa, a farsante ou hipócrita falsa esperança.
A ânsia do ancorar no Lar que leva a um destoar.
Um aborrecimento, uma mentira ou tirania. Eis o crivo do livro vivo que construímos em uma falsa esperança do não saber.
Que guiado e liderado pelo o sonhar que nos criva.
Da incógnita cotidiana do sonhar ou não sonhar?
Acreditar ou não acreditar, para o medo de nós arranhar e nos ferir no ir.
Não vamos ancorar se não sonharmos.
Não vamos acompanhar o marchar da maré.
Não vamos nem ao menos ter lido o livro do não saber
Mas se for um houver do muro sem lucro.
Das as alegrias…
das alegorias das falácias que não devem ser cogitadas, digitadas, lidas e escritas.
Das idas às ideias inobsoletas das Borboletas das letras da falsa esperança.
Mas, se não sonhar não teremos vivido o livro.
Do amada do nada.
Do rechear do cheirar do lar
Do avistar até aterrar em uma terra do além mar
Para que o amarrar do amar, se torne lar. Eis, o livro do não saber do escrito, digitado ou cogitado.
O que fizeram, o que eu fiz e para onde fui.
É foda, a cabeça lota em quotas de devaneio.
Sujeira que me jogaram, amarraram e me deixaram em uma mar uivante de Abrantes.
Não se iluda com a forma lúdica da localidade airosa, porque não existe rosas sem espinhos, nem que se for no pinho do seu ninho.
Não importa a forma, a sonata está perdida em uma ida sem partida, mas com chegada aonada mais me consola.
As solas nem estão gastas em lascas. Mas já sei que não há nada mais.
Porque não há?
Porque eu já disse, me sujaram, amarraram e me jogaram no meio do nada e eu não sei nadar, nem ao menos andar no desconhecido.
Não sei que lugar é esse,
Não sei se tenhas o nobre e o pobre, e se eles se importam em ouvir os meus pensamentos confusos tontos pela… a maré.
A porta parece torta, cheias de discursos de nenhures. Porque, donde eu veio pelos devaneios, não conheci achar meios a abrir.
A cabeça tida madura, já sabe que a vida é assim, dura igual uma pedra, que que esmurra em uma algazarra de sentimentos.
Uma verdadeira surra de momentos e tormentos em só lamentos.
Não se engane ou encane, dizem que é apenas uma pane no sistema.
Urge então a necessidade de saber, para não beber na fonte da ignorância, porque a ânsia em uma direção de uma ação, que nasce naquela idade.
Naquela idade, em que você não vê as coisas do jeito que antes via.
Você de per si, sabe que a vida é assim, no sim ou no não, sempre serei o anão da pirâmide.
Ahhh, se eu pudesse ja ter descobre está chave mestra para concertar ou atar os nós do que já se foi.
Aos amigos que você tem que não ligam,
o sinal de pane aparece e você não amanhece
É, no verso da canção, no abrir da chave, que a ave ligeira já sabe antes que você, que é só ela e mais nada.
Não existe amor no clamor da dor de um sociedade doente.
Quem fala que sim mente, pela simples mediocridade que transforma a terra em letra de funeral.
Não existe compaixão, nem paixão.
Não existe nada além dessa vida, porque na ida, você sabe que somos meros passageiros prestes a partir.
Desligue os castelos do tetris, que moldam quem está certo ou errado na peça de encaixe, desligue a máquina, desligue a cina.
Porque nada importa, nem a forma, nem o como e o porque.
O Turbilhão em um bilhão de reações.
A falta de quem não tem alta, por um amor verdadeiro, sincero, companheiro na jornada da vida, nem que se for para uma ida sem partida.
Incógnita que Incomoda, quase coca, roça a aguça por resposta.
O meu eu tosta, queima, chamusca a sina da mina da ocitocina com a dopamina.
Não hesita, nessa usina de toxina a saber.
Mas, quem me dera saber a resposta para essa incógnita que me habita que não hesita.
Quem me dera as respostas, se nem sei quais são as perguntas, que me perfazem.
É nessa usina, que ser zem não me fazem ir além do óbvio.
Mas que me dera saber o que meu corpo quer beber? Se é nessa usina de ocitocina com dopamina que eu vivo até ir ao além, nem se for sem ou com a resposta.
A incógnita nitra o que sei lá eu sou, só sei que zem eu não sou, nem com serotonina eu sou.
Sou eu, um bilhão de reações sem lições de moralidade e eticidade.
Sou eu quem caminha nessa mina de toxina e paixão em uma mansão sem uma lição a te dar.
Nem mandar a onde andar, porem a quem lhe vem apenas excitar o meu eu até onde for, nem que se for sem alem a algo que nem existe.
Sou eu turbilhão em um bilhão de reações com ações, sem lições, mas com desejos e medos.
Rodolfo Pamplona Filho
Edson Saldanha
“Tá de boas, excelência!”
Excelente é sua postura;
sem grilos e sem problema
ajustou-se sem frescura!
Formalismos tem limites
(com respeito, porque não?)
Faz o seu e eu faço o meu
com presteza e educação
Neste mundo virtual,
de permanente exposição
Excelência, use a toga,
mas mantenha o coração!
Todos juntos pelo justo,
fazer justiça é prioritário!
Não precisa ser sisudo
ou mais formal que o necessário:
basta ter sempre em mente
que estar “de boa”
é estar presente e contente
com sua condição de pessoa!
Salvador, 06 de novembro de 2020
Negra Luz
Sempre olhei a poesia com encanto.
Os parnasianos e os românticos me faziam vibrar.
Achava um desafio a contagem da métrica.
Maior, ainda, articular o rimar.
Quando fazia qualquer tentativa,
Na minha mente só emergia,
A pobre rima, que “declamava” na infância,
Da batatinha, pelo chão, a se esparramar.
Até que um dia, a mística da Poesia
Abriu as portas do meu coração.
Remexeu os armários da minha emoção,
Estabeleceu uma infinita conexão,
Que me levou ao papel e à tinta na mão.
Como fugitivas, as palavras foram partindo
De espaços até então desconhecidos
Da minha visão.
Foi esse o momento do nascer da poeta,
Para o Mundo uma revelação.
Como bálsamo, deu-me a cura,
Como chave, fez-me ave,
Como Luz, tornou-me sol,
Como onda, lançou-me ao mar...
E, agora, vivo imersa em palavras,
Articulando versos para viver e amar.
Rodolfo Pamplona Filho
Na vida, tudo tem
seu lado bom e seu lado mal
e o mais importante, afinal,
é saber com que olhar
se vai tudo enfrentar.
Eu não vou lamentar
se não nos deixam ver
o segundo tempo do jogo:
eu agradeço por ter
visto o primeiro com você...
Também não choro
por termos perdido o vôo
e chegado atrasado no show,
mas, sim, fico feliz por ter ido
e visto seu esforço incontido...
Eu não reclamo, nem no íntimo,
por você não agüentar meu ritmo,
mas, sim, acho sensacional
a sua vontade descomunal
de tentar me acompanhar...
Não se trata de acomodação,
nem de vil subserviência,
mas, na verdade, é dar razão
à mais clara consciência
de que a paz é a melhor solução.
Eu não tenho tudo
que realmente gostaria
e, nem de longe,
o que eu poderia,
mas encontro felicidade
em compartilhar, de verdade,
uma relação de parceria,
que, longe de ser fria,
é um porto tranqüilo e seguro,
onde encontro um amor puro,
pois o lado bom das coisas
é não ter qualquer medo
de, sem perder o próprio zelo,
entregar-se totalmente,
vivendo apenas o presente.
Salvador, 30 de setembro de 2011.
Negra Luz
Se é um dom, obrigada Deus Pai.
Se é uma técnica, serei fiel aprendiz.
Se é uma arte, um dia me tornarei um Picasso.
Se é uma válvula, é com ela que quero escapar todos os dias,
Se é cura, tomei essa terapia para mim,
Se é diversão, eu quero essa brincadeira,
Se é vício, dizem que todo mundo tem um,
Se é chamado, quero poder atende-la.
Se é amor, amo-a com paixão,
Se poesia precisa de vida, é dela o meu coração!
Rodolfo Pamplona Filho
O que fazer com minha tristeza,
se não há opção de não vivê-la?
O que fazer com minha tristeza,
se não tenho como esquecê-la?
O que fazer com minha tristeza,
se não sei abandoná-la?
O que fazer com minha tristeza,
se não consigo superá-la?
Quem disse que tenho de fazer algo?
Quem disse que tenho de deixar
o que se tornou parte de mim mesmo
e é a definição do meu próprio eu?
Quem disse que tenho de desprezar
os sentimentos que me tomam
em vez de vivê-los para chegar
até o seu (ou o meu) fim?
Salvador, 05 de agosto de 2020.
Negra Luz
Às 4:27.
Um fragmento dela,
Por um quarto da minha janela.
Era ela mostrando-se para mim.
A cor era laranja, amarelado,
Sangue azul, preto, cinza:
Tudo misturado,
Um matiz harmonizado,
Observei de norte a sul.
A visão de esperança,
Viver é constante mudança.
O amanhecer chacoalha a bandeira,
Os pássaros cantam apitando,
Galos ecoam,
Dá-se a largada:
Já é hora de acordar!
Botemos os pratos na mesa,
Tomemos o café para a coragem.
Comamos o pão da esperança.
E, com essa aura amanhecida,
Molhada por orvalhos eufóricos,
Possamos ir mais além!
Há magia nesse instante, não mágica.
Todo prédio erguido é construção.
Os muros demolidos foram ação.
A linha do tempo é infinita para passado e futuro.
E o futuro começa assim:
Na hora certa.
Na primeira visão da aura do Mundo!
Rodolfo Pamplona Filho
Viver não deve ser
simplesmente sobreviver
Viver deve ser
um constante experimentar
em que cada dia
traga novas sensações,
em que a magia
toque os corações
e que a ousadia
rompa os grilhões
de quem tem a mente vazia
apegada aos mesmos padrões.
Experiências
que ocorreram e
Oportunidades
que não se realizaram
são o aprendizado
que as vivências permitem
construir um novo futuro.
Salvador, 21 de agosto de 2020.
Negra Luz
Tô ferida,
Sangrando,
Questionando do meu corpo a culpa,
Me sentindo só,
Com medo das sombras,
Sentindo o calafrio das suas lembranças,
Revivendo os seus horrores.
Toda a minha dignidade
Mutilada em pequenos golpes incompreendidos:
“Tira esse sorriso do olhar”
“Qual a sua senha”
Ou a um só: mortal, viceral, anal, brutal, oral, desconsensual.
Tudo sem na pele ter sentido.
Se quem sofreu foi uma mulher,
Eu, mulher, sofro com tudo isso
E é, também, minha a sua dor.
Dor por saber que temos direitos.
Dor por ser nosso o corpo
E merecermos respeito.
Dor porque o Estado é de Direitos.
Dor porque a ele contratei,
Talião não era o jeito.
E ele se mostra falido.
Omite-se no seu papel.
Um elefante esvaindo o sentido:
Proteger-nos dessa indelével dor.
Rodolfo Pamplona Filho
Diaba
Demônia
Seu olhar paralisa
qualquer reação
Anjo caído
Satanás
Sua beleza ilumina
qualquer ambiente
Como o mundo é diferente
quando a gente se apaixona
por alguém tão exigente,
uma verdadeira amazona,
que cavalga minha mente
e faz vir à tona,
assim tão de repente,
o que a vida proporciona:
um amor tão envolvente,
que acende minha testosterona,
para que um dia, a gente
possa fazer uma maratona
de amor sem fim,
de carinhos, enfim,
pois tudo que eu quero
é ter você para mim.
Salvador, 15 de novembro de 2020.
Negra Luz
Um.
Não.
Um grão de açúcar...
Apenas um grão?
Um pontinho na mesa,
Na minha colher,
No fundo da xícara,
No amargo da boca,
No chão.
Doçura perdida...
Uma doce ilusão.
Pensem nas formigas!
Desbotou, sem odor, sem flor:
Sem nada.
Visão de oásis!
Era um manjar do Mundo,
Um cristal de rara compleição,
Grande riqueza em uma sociedade de formigas:
Cada um com sua lida,
Com sua missão?
O achádego do grão seria tarefa cumprida,
Importante elemento da equação?
Imaginemos!
Quem sabe um dia saberemos
O que pensam as formigas,
Quando o doce da vida chega
A suas calejadas mãos.
Rodolfo Pamplona Filho
Ansiedade causa desconforto
Insegurança
Nervosismo
Ansiedade causa revolta
Instabilidade
Histerismo
Ansiedade causa dor
Transtorno
Depressão
Ansiedade causa marcas
que abalam
o coração
Mas pare para pensar
ansiedade por outro olhar:
ansiedade é também
porque não controlamos o tempo
para fazer andar mais rápido
e chegar no momento
pelo qual ansiamos
Ansiedade é apenas a prova
de que queremos muito
o que está por porvir
é que tem tudo
para ser inesquecível...
Controlemos a ansiedade
e aguardemos o porvir!
Salvador, 16 de novembro de 2020.
Maria Aparecida Francisco
De onde nasce o direito?
E a poesia, de onde nascerá ?
Penso em mil respostas
Mas qual delas será?
No direito há palavras
Que buscam te ajudar
Na poesia as palavras
Expressam o seu olhar
Direito e Poesia
Ambos nascem
Do sentimento humano
Que busca se consolar
Sentimento de amor
De dor
De horror
Sentimento libertador
Assim nasce o direito
E assim a poesia nascerá
Sempre do sentimento
Que o homem externar
Rodolfo Pamplona Filho
O cansaço é um passaporte
O cansaço é um desinvestimento
O cansaço é a saída
de quem já passou do limite
O cansaço anestesia
qualquer reação possível
de quem se esgotou...
Salvador, 04 de novembro de 2020
Vitor Henrique
A falta de quem não tem alta, por um amor verdadeiro, sincero, companheiro na jornada da vida, nem que se for para uma ida sem partida.
Incógnita que Incomoda, quase coca, roça a aguça por resposta.
O meu eu tosta, queima, chamusca a sina da mina da ocitocina com a dopamina.
Não hesita, nessa usina de toxina a saber.
Mas, quem me dera saber a resposta para essa incógnita que me habita que não hesita.
Quem me dera as respostas, se nem sei quais são as perguntas, que me perfazem.
É nessa usina, que ser zem não me fazem ir além do óbvio.
Mas que me dera saber o que meu corpo quer beber? Se é nessa usina de ocitocina com dopamina que eu vivo até ir ao além, nem se for sem ou com a resposta.
A incógnita nitra o que sei lá eu sou, só sei que zem eu não sou, nem com serotonina eu sou.
Sou eu, um bilhão de reações sem lições de moralidade e eticidade.
Sou eu quem caminha nessa mina de toxina e paixão em uma mansão sem uma lição a te dar.
Nem mandar a onde andar, porem a quem lhe vem apenas excitar o meu eu até onde for, nem que se for sem alem a algo que nem existe.
Sou eu turbilhão em um bilhão de reações com ações, sem lições, mas com desejos e medos.
Rodolfo Pamplona Filho
Má vontade é tudo de ruim!
É muito difícil lidar
com quem se acha com razão
e não dá espaço
para fazer outra programação
Má vontade é uma droga!
Não há como conversar
com quem não admite repensar
a atitude tempestuosa
que somente tem o dom de perturbar
Má vontade é uma praga!
Só dá mesmo para lamentar
a empáfia de quem tem certeza
de que todo erro é alheio
e todo mau resultado não é sua culpa.
Má vontade é uma merda, viu?
Salvador, 05 de novembro de 2020
Vitor Henrique
É foda, a cabeça lota em quotas de devaneio.
Sujeira que me jogaram, amarraram e me deixaram em uma mar uivante de Abrantes.
Não se iluda com a forma lúdica da localidade airosa, porque não existe rosas sem espinhos, nem que se for no pinho do seu ninho.
Não importa a forma, a sonata está perdida em uma ida sem partida, mas com chegada aonada mais me consola.
As solas nem estão gastas em lascas. Mas já sei que não há nada mais.
Porque não há?
Porque eu já disse, me sujaram, amarraram e me jogaram no meio do nada e eu não sei nadar, nem ao menos andar no desconhecido.
Não sei que lugar é esse,
Não sei se tenhas o nobre e o pobre, e se eles se importam em ouvir os meus pensamentos confusos tontos pela… a maré.
A porta parece torta, cheias de discursos de nenhures. Porque, donde eu veio pelos devaneios, não conheci achar meios a abrir.
A cabeça tida madura, já sabe que a vida é assim, dura igual uma pedra, que que esmurra em uma algazarra de sentimentos.
Uma verdadeira surra de momentos e tormentos em só lamentos.
Não se engane ou encane, dizem que é apenas uma pane no sistema.
Urge então a necessidade de saber, para não beber na fonte da ignorância, porque a ânsia em uma direção de uma ação, que nasce naquela idade.
Naquela idade, em que você não vê as coisas do jeito que antes via.
Você de per si, sabe que a vida é assim, no sim ou no não, sempre serei o anão da pirâmide.
Ahhh, se eu pudesse ja ter descobre está chave mestra para concertar ou atar os nós do que já se foi.
Aos amigos que você tem que não ligam,
o sinal de pane aparece e você não amanhece
É, no verso da canção, no abrir da chave, que a ave ligeira já sabe antes que você, que é só ela e mais nada.
Não existe amor no clamor da dor de um sociedade doente.
Quem fala que sim mente, pela simples mediocridade que transforma a terra em letra de funeral.
Não existe compaixão, nem paixão.
Não existe nada além dessa vida, porque na ida, você sabe que somos meros passageiros prestes a partir.
Desligue os castelos do tetris, que moldam quem está certo ou errado na peça de encaixe, desligue a máquina, desligue a cina.
Porque nada importa, nem a forma, nem o como e o porque.
Rodolfo Pamplona Filho
Álibi
Disfarce
Desculpa
Enganação
Tudo armado
só para dizer não!
O que se inventa
para não assumir
o que realmente
faz ou fez,
dos ovos, o frigir
para todos, fingir
para o mundo, fugir
na vida, não se permitir.
Salvador, 15 de novembro de 2020.
Maria Aparecida Francisco
A imensidão dos pequenos
Pequenos na imensidão
O homem e o universo
Na sua real dimensão
O homem é um ponto insignificante
Na imensidão do universo
Ao longe desaparece
Nas profundezas de um olhar
O universo é gigante
Nossos olhos não conseguem findar
Só na mente do homem
Que quer sempre dominar
Dominar a natureza
Dominar o universo
Dominar o próprio homem
Para então um Deus se tornar
Quem será o gigante
Que conseguirá se superar
Desnudando os próprios monstros
Para então se libertar
Imenso é universo
Assim como a mente humana
Que busca o inverso
Com suas atitudes desumanas
Humildade tem que haver
Pois somos um pontinho no universo
A arrogância deve desaparecer
Extinguindo os homens perversos
O universo é exemplo
De grandeza e humildade
E é assim que devemos ser
Com a própria humanidade
Rodolfo Pamplona Filho
Quando estamos tristes,
lembranças felizes
nos fazem seguir,
mesmo que não saibamos
para onde vamos.
Quando estamos para baixo,
memórias felizes
nos fazem sorrir,
mesmo sem muito tempo
para respirar
Quando estamos depressivos,
momentos felizes
despertam a sensação
de que, em algum lugar do passado,
já houve esperança de um futuro melhor.
Terça-feira, 10 de novembro de 2020
Mihai Eminescu
São muitos anos e outros vão passar
Desde a hora santa em que nos encontramos,
Mas lembro sempre o quanto nos amamos,
Gélidas mãos e grande ardor no olhar.
Ó, vem palavras doces me inspirar,
Teu rosto sobre mim deita e me mira:
Sob sua luz me deixa ainda sonhar,
Novas canções arranca à minha lira!
Tu nem o sabes - ao te aproximares,
Meu coração no fundo já se acalma
Qual o surgir da estrela sobre os mares;
Quando sorris, criança, és minha calma,
Se extingue, então, a vida de pesares,
O olhar me arde e me transborda a alma!
Tradução: Luciano Maia