sexta-feira, 29 de julho de 2011

Soneto do Dublê de Corpo

Soneto do Dublê de Corpo

Rodolfo Pamplona Filho

Deito e abraço um corpo
que, por certo, não é o seu,
mas que imagino ser
para não entristecer...

É o consolo por não ter
o alguém só meu,
para quem queria viver
e, junto, envelhecer...

E, assim, vou sobrevivendo,
desejando e querendo
preencher este vazio...

Cultivando a esperança
de que, na minha ultima dança,
eu não esteja tão sozinho...

Salvador, 04 de abril de 2011.

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