sábado, 14 de janeiro de 2012

ELOGIE DO JEITO CERTO



ELOGIE DO JEITO CERTO
Recentemente um grupo de crianças pequenas passou por um teste muito interessante[1]. Psicólogos propuseram uma tarefa de média dificuldade, mas que as crianças executariam sem grandes problemas. Todas conseguiram terminar a tarefa depois de certo tempo. Em seguida, foram divididas em dois grupos.
O grupo A foi elogiado quanto à inteligência. “Uau, como você é inteligente!”, “Que esperta que você é!”, “Menino, que orgulho de ver o quanto você é genial!” ... e outros elogios à capacidade de cada criança.
O grupo B foi elogiado quanto ao esforço. “Menina, gostei de ver o quanto você se dedicou na tarefa!”, “Menino, que legal ter visto seu esforço!”, “Uau, que persistência você mostrou. Tentou, tentou, até conseguir, muito bem!” ... e outros elogios relacionados ao trabalho realizado e não à criança em si.
Depois dessa fase, uma nova tarefa de dificuldade equivalente à primeira foi proposta aos dois grupos de crianças. Elas não eram obrigadas a cumprir a tarefa, podiam escolher se queriam ou não, sem qualquer tipo de consequência.
As respostas das crianças surpreenderam. A grande maioria das crianças do grupo A simplesmente recusou a segunda tarefa. As crianças não queriam nem tentar. Por outro lado, quase todas as crianças do grupo B aceitaram tentar. Não recusaram a nova tarefa.
A explicação é simples e nos ajuda a compreender como elogiar nossos filhos e nossos alunos. O ser humano foge de experiências que possam ser desagradáveis. As crianças “inteligentes” não querem o sentimento de frustração de não conseguir realizar uma tarefa, pois isso pode modificar a imagem que os adultos têm delas. “Se eu não conseguir, eles não vão mais dizer que sou inteligente”. As “esforçadas” não ficam com medo de tentar, pois mesmo que não consigam é o esforço que será elogiado. Nós sabemos de muitos casos de jovens considerados inteligentes não passarem no vestibular, enquanto aqueles jovens “médios” obterem a vitória. Os inteligentes confiaram demais em sua capacidade e deixaram de se preparar adequadamente. Os outros sabiam que se não tivessem um excelente preparo não seriam aprovados e, justamente por isso, estudaram mais, resolveram mais exercícios, leram e se aprofundaram melhor em cada uma das disciplinas.
No entanto, isso não é tudo. Além dos conteúdos escolares, nossos filhos precisam aprender valores, princípios e ética. Precisam respeitar as diferenças, lutar contra o preconceito, adquirir hábitos saudáveis e construir amizades sólidas. Não se consegue nada disso por meio de elogios frágeis, focados no ego de cada um. É preciso que sejam incentivados constantemente a agir assim. Isso se faz com elogios, feedbacks e incentivos ao comportamento esperado.
Nossos filhos precisam ouvir frases como: “Que bom que você o ajudou, você tem um bom coração”, “parabéns meu filho por ter dito a verdade apesar de estar com medo... você é ético”, “filha, fiquei orgulhoso de você ter dado atenção àquela menina nova ao invés de tê-la excluído como algumas colegas fizeram... você é solidária”, “isso mesmo filho, deixar seu primo brincar com seu videogame foi muito  legal, você é um bom amigo”. Elogios desse tipo estão fundamentados em ações reais e reforçam o comportamento da criança que tenderá a repeti-los. Isso não é “tática” paterna, é incentivo real.
Por outro lado, elogiar superficialidades é uma tendência atual. “Que linda você é amor”, “acho você muito esperto meu filho”, “Como você é charmoso”, “que cabelo lindo”, “seus olhos são tão bonitos”. Elogios como esses não estão baseados em fatos, nem em comportamentos, nem em atitudes. São apenas impressões e interpretações dos adultos. Em breve, crianças como essas estarão fazendo chantagens emocionais, birras, manhas e “charminhos”. Quando adultos, não terão desenvolvido resistência à frustração e a fragilidade emocional estará presente.
Homens e mulheres de personalidade forte e saudável são como carvalhos que crescem nas encostas de montanhas. Os ventos não os derrubam, pois cresceram na presença deles. São frondosos, copas grandes e o verde de suas folhas mostra vigor, pois se alimentaram da terra fértil.
Que nossos filhos recebam o vento e a terra adubada por nossa postura firme e carinhosa.
 MARCOS MEIER é mestre em Educação, psicólogo, escritor e palestrante.
Seus textos encontram-se no site http://www.marcosmeier.com.br/ e seus livros no http://www.kapok.com.br/

sexta-feira, 13 de janeiro de 2012

Não mate seu Leão!

Não mate seu Leão.

APRENDA A AMAR O SEU LEÃO                    
Em vez de matar um leão por dia, aprenda a amar o seu.
Pierre Schurmann
.
 
Outro dia fui almoçar com um amigo, hoje chegando perto de seus 70 anos. Gosto disso.
Depois de um almoço longo, no qual falamos bem pouco de negócios, mas muito sobre a vida, ele me perguntou sobre meus negócios.
Contei um pouco do que estava fazendo e, meio sem querer, disse a ele:
"Pois é. Empresário, hoje, tem de matar um leão por dia".
Sua resposta, rápida e afiada, foi:
"Não mate seu leão. Você deveria mesmo era cuidar dele".
Fiquei surpreso com a resposta e ele provavelmente deve ter notado minha surpresa, pois me disse:
"Deixe-me contar
-lhe uma história que quero compartilhar com você"..
Segue mais ou menos o que consegui lembrar-me da conversa:
"Existe um ditado popular antigo dizendo
que temos de ‘matar um leão por dia’.
E por muitos anos, eu acreditei nisso, e acordava todos os dias querendo encontrar o tal leão.
A vida foi passando e muitas vezes me vi repetindo essa frase.
Quando cheguei aos 50 anos, meus negócios já tinham crescido e precisava trabalhar um pouco menos, mas sempre me lembrava do tal leão.
Afinal, quem não se preocupa quando tem de matar um deles por dia?
Pois bem. Cheguei aos meus 60 e decidi que era hora de meus filhos começarem a tocar a firma.
Mas qual não foi minha surpresa ao ver que nenhum dos três estava preparado!
A cada desafio que enfrentavam, parecia que iam desmoronar emocionalmente.
Para minha tristeza, tive de voltar à frente dos negócios, até conseguir contratar o Paulo, que hoje é nosso diretor geral.
Este ‘fracasso’ me fez pensar muito. O que fiz de errado no meu plano de sucessão?
Hoje, do alto dos meus quase 70 anos, eu tenho uma suspeita:‘
a culpa foi do leão’.”
Novamente, eu fiz cara de surpreso. O que o leão tinha a ver com a história?
Ele, olhando para o horizonte, como que tentando buscar um passado distante, me disse:
"É, pode ser que a culpa não seja cem por cento do leão, mas fica mais fácil justificar dessa forma.
Porque, desde quando meus filhos eram pequenos, dei tudo para eles. Uma educação excelente, oportunidade de morar no exterior, estágio em empresas de amigos.
Mas, ao dar tudo a eles, esqueci de dar um leão para cada, que era o mais importante.
Meu jovem, aprendi que
somos o resultado de nossos desafios.
A capacidade de luta que há em você, precisa de adversidades para revelar-se.
Com grandes desafios, nos tornamos grandes. Com pequenos desafios, nos tornamos pequenos.
Aprendi que, quanto mais bravo o leão,mais gratos temos de ser.
Por isso,
aprendi a não só respeitar o leão, mas a admirá-lo e a gostar dele.
A metáfora é importante, mas errônea:
não devemos matar um leão por dia, mas sim cuidar do nosso.
Porque o dia em que o leão, em nossas vidas morre, começamos a morrer junto com ele..."
Depois daquele dia, decidi aprender a amar o meu leão. E
o que eram desafios se tornaramoportunidades para crescer e ser mais forte nesta ‘selva’ em que vivemos.

quinta-feira, 12 de janeiro de 2012

BAILARINA AO VENTO

BAILARINA AO VENTO
*MMendes

Escapas pelos vãos de meus dedos,
solta, livre como folha brincando,
bailarina, rodopiando ao vento.
Meus olhos de longe te seguem,
para nunca perdê-la de vista,
sempre preparado para acolher-te,
quando o redemoinho passar.
Nem notas o tempo fechado,
as rajadas e rumores da tempestade.
Inconseqüente, brincas de voar,
como corrias de mim quando pequena.
Meu coração desesperado para,
fitando teus arroubos de menina.
Sem palavras a vida segue em branco,
enquanto meu amor sofre silencioso.

quarta-feira, 11 de janeiro de 2012

DISCURSO DO EMBAIXADOR MARIO CANTIFLAS MORENO

DISCURSO DO EMBAIXADOR MARIO CANTIFLAS MORENO
Trata-se da tradução livre (*) de um suposto discurso pronunciado pelo Embaixador do México junto às Nações Unidas, numa Assembléia do fim dos anos 60.
Com pequenas variações, o tema e o conteúdo não podem ser mais atuais, verdadeiros, contundentes e elucidativos da situação que, neste momento, estamos vivendo.
(*) Original em castelhano, traduzido por José Chirivino Álvares.
Delicie-se!
Com a palavra o Embaixador Mário “Cantinflas” Moreno.
=======================================================================================
Coube-me, por sorte, ser o último orador.
Isso muito me agrada, pois assim: os pego cansados.
Não obstante, sei que apesar da insignificância do meu país – que não tem poderio militar, nem político, nem econômico, nem muito menos atômico, todos os Senhores esperam com grande interesse minhas palavras já, que do meu voto, depende o triunfo dos Verdes ou dos Vermelhos.
Senhores Representantes:
Estamos passando por um momento crucial em que a humanidade se enfrenta ante essa mesma humanidade.
Estamos vivendo um momento histórico em que o homem: científica e intelectualmente é um gigante, mas moralmente é um pigmeu.
A opinião mundial está tão profundamente dividida em dois grupos aparentemente irreconciliáveis, que ocorre o caso de que um só voto; o voto de um país fraco e pequeno pode fazer que a balança penda para um ou para o outro lado.
Estamos, portanto, numa grande gangorra. Com um lado ocupado pelos Verdes e com o outro ocupado pelos Vermelhos.
E agora chego eu, que sou peso-pluma, e do lado que me colocar, para lá penderá a balança!
Façam-me o favor!
Os Senhores não creem que é muita responsabilidade para um só cidadão?
E porque também não considero justo que a metade da humanidade – seja qual for ela – venha a ser condenada a viver sob um regime político e econômico que não é de seu agrado, somente porque um frívolo embaixador votou – ou que o tenham feito votar – num sentido ou no outro.
E é por isso, que este seu amigo que vos fala…, eu…, não votarei em nenhuma das duas teses (ouvem-se vozes de protesto no plenário).
E não votarei em nenhuma das duas teses, por três razões:
Primeira, porque – repito – não seria justo que um só voto de um só representante – que poderia neste momento estar doente do fígado – venha a decidir os destinos de cem nações;
Segunda, porque estou convencido de que os procedimentos – repito e sublinho: os procedimentos dos Vermelhos (os países comunistas) são desastrosos (ouvem-se vozes de protesto dos Vermelhos e aplausos dos Verdes).
E Terceira, porque estou convencido de que os procedimentos dos Verdes (os Estados Unidos da América) tampouco são os mais bondosos que se possa ter (agora, ouvem-se protestos dos Verdes e aplausos dos Vermelhos).
E se não se calaram imediatamente, não sigo com o discurso e os Senhores ficarão com a curiosidade de saber o que eu tinha para lhes dizer.
Insisto que falo de procedimentos e não de idéias e nem de doutrinas.
Para mim todas as idéias são respeitáveis, ainda que sejam “ideiazinhas” ou “ideiazonas” e mesmo que eu não esteja de acordo com elas.
O que pensa esse Senhor…, ou esse outro Senhor…, ou aquele Senhor (aponta)…, ou esse de bigodinho que já não pensa nada porque já está dormindo…, nada disso impede que sejamos, todos nós, bons amigos.
Todos cremos que nossa maneira de ser, nossa maneira de viver, nossa maneira de pensar e até o nosso modo de andar são os melhores; e esse modelo tratamos de impor-lo aos demais e, se não os aceitam dizemos que “são isso e/ou são aquilo” e, imediatamente, entramos em desinteligências.
Os senhores acham que isso está correto?
Tão fácil seria a vida se ao menos respeitássemos o modo de viver de cada um.
Faz cem anos que disse uma das figuras mais humildes, mas mais importantes do nosso continente:
“O respeito ao direito alheio é a paz” (aplausos).
É disso que eu gosto! Não que me aplaudam, mas que reconheçam a sinceridade das minhas palavras.
Estou de acordo com tudo o que disse o Senhor Representante da Salsichonia (numa referência à Alemanha) com humildade; com humildade de pedreiros independentes devemos lutar para derrubar a barreira que nos separa; a barreira da incompreensão; a barreira da mutua desconfiança; a barreira do ódio.
E no dia em que conseguirmos, poderemos dizer que voamos por cima da barreira (risos).
Mas não a barreira das idéias, isso não…, nunca!
No dia que pensarmos iguais atuarmos iguais deixaremos de ser homens para converter-nos em máquinas, em autômatos.
Esse é o grave erro dos Vermelhos, o querer impor pela força suas ideias e seu sistema político e econômico.
Falam de liberdades humanas, mas eu lhes pergunto:
Existem essas liberdades em seus próprios países?
Dizem defender os Direitos do Proletariado, mas seus próprios trabalhadores nem sequer possuem o direito fundamental à greve.
Falam da cultura universal ao alcance das massas, mas encarceraram os seus escritores porque eles se atrevem a dizer a verdade.
Falam da livre determinação dos povos e, no entanto, há cem anos oprimem uma série de nações sem permitir-lhes que se dêem uma forma de governo que mais lhes convenham.
Como podemos votar por um sistema que fala de dignidade e, ato contínuo atropela o mais sagrado da dignidade humana que é a liberdade de consciência, eliminando ou pretendendo eliminar a Deus por decreto?
Não, senhores representantes, eu não posso estar com os Vermelhos ou, melhor dizendo: com sua maneira de atuar.
Respeito seu modo de pensar à sua maneira, mas não posso dar meu voto para que seu sistema se implante pela força em todos os paises da terra (ouvem-se vozes de protesto).
Aquele que quiser ser Vermelho que o seja, mas que não pretenda tingir os demais (os Vermelhos se levantam para sair da Assembléia).
Um momento, jovens! Senhores! Porque tão sensíveis?
Os senhores não agüentam nada, não? Eu ainda não terminei.
Voltem aos seus lugares.
Já sei que estão acostumados a abandonar a estas reuniões quando ouvem algo que não é de seu agrado; mas não terminei.
Voltem aos seus lugares, não sejam precipitados…, ainda tenho que dizer algo sobre os Verdes.
Os senhores gostariam de ouvir?
Sentem-se!
(Toma um gole de água e faz gargarejos, mas se dá conta de que é Vodka).
Agora, meus queridos colegas Verdes.
O que disseram os Senhores?
- Já votou por nós? Não?
Pois não jovens. Não votarei por vocês porque vocês também tem muita culpa por tudo que acontece no mundo.
Vocês são soberbos como se o mundo fosse só de vocês e que os demais tivessem uma importância apenas relativa.
E ainda que falem de paz; de democracia; e de coisas muito bonitas; as vezes também pretendem impor sua vontade pela força e pela força do dinheiro.
Estou de acordo que devamos lutar pelo bem coletivo e individual; que devamos combater a miséria; que devamos resolver os tremendos problemas de habitação, do vestir e do sustento.
Mas com o que não estou de acordo é com a forma que vocês pretende resolver esses problemas.
Vocês também sucumbiram ante o materialismo, esqueceram os mais belos valores do espírito. Pensando somente nos negócios, pouco a pouco foram se convertendo nos credores da humanidade e, por isso, a humanidade lhes vê com desconfiança.
No dia da inauguração desta Assembléia o Senhor Embaixador da Ladaronia disse que o remédio para todos os nossos males estava em: ter automóveis, refrigeradores, televisores; puxa…, e eu me pergunto:
Para que queremos automóveis se ainda andamos descalços?
Para que queremos refrigeradores se não temos alimentos para colocar neles?
Para que queremos tanques e armamentos se não temos escolas para nossos filhos (aplausos)?
Devemos lutar para que o homem pense na paz, mas não somente impulsionado pelo seu instinto de conservação, se não, e fundamentalmente pelo dever que tem de superar-se e de fazer do mundo um local de paz e tranquilidade cada vez mais digno da espécie humana e de seus altos destinos.
Mas essa aspiração não será possível se não houver abundancia para todos; bem-estar comum, felicidade coletiva e justiça social.
É verdade que está em suas mãos – dos países poderosos da terra, Verdes e Vermelhos -, o ajudar a nós, os fracos, mas não com presentes, nem com empréstimos, nem com alianças militares.
Ajudem-nos pagando preços mais justos, mais eqüitativos por nossas matérias primas; ajudem-nos dividindo conosco seus notáveis avanços na ciência, na tecnologia…, mas não para fabricar bombas, mas para acabar com a fome e com a miséria (aplausos).
Ajudem-nos respeitando nossos costumes, nossas crenças, nossa dignidade como seres humanos e nossa personalidade como nações, por pequenos e frágeis que sejamos.
Pratiquem a tolerância e a verdadeira fraternidade, e nós saberemos corresponder-lhes.
Mas deixem imediatamente de tratar-nos como simples peões no tabuleiro de xadrez da política internacional.
Reconheçam-nos como o que somos, não somente como clientes ou como ratos de laboratório, mas como seres humanos que: sentem, sofrem e choram.
Senhores representantes, existe outra razão a mais porque não posso dar meu voto:
Faz exatamente vinte e quatro horas que apresentei minha renúncia como Embaixador do meu país.
Espero que seja aceita.
Consequentemente, não lhes falei como Excelência, mas como um simples cidadão; como um homem livre; como um homem qualquer; mas que, não obstante, crê interpretar ao máximo as aspirações de todos os homens da terra; as aspirações e os desejos de viver em paz; o desejo de ser livres; o desejo de entregar aos nossos filhos e aos filhos de nossos filhos um mundo melhor; em que reine a boa vontade e a concórdia.
E que fácil seria, senhores, alcançar esse mundo melhor em que todos os homens brancos, negros, amarelos e pardos, ricos e pobres pudessem viver como irmãos.
Se não fossemos tão cegos, tão obcecados, tão orgulhosos.
Se apenas orientássemos nossas vidas pelas sublimes palavras que, faz dois mil anos, disse aquele humilde carpinteiro da Galiléia, simples, descalço, sem fraque nem condecorações:
“Amai-vos…, amai-vos uns aos outros!”
Mas, lamentavelmente vocês entenderam mal, confundiram os termos.
E o que fizeram? E o que fazem?
“Armam-se uns contra os outros!”
Tenho dito!

terça-feira, 10 de janeiro de 2012

segunda-feira, 9 de janeiro de 2012

Superar um Trauma

Superar um Trauma

Rodolfo Pamplona Filho


Um trauma
é uma marca
deixada por
um fato do passado,
que repercute no presente
e afeta o futuro.

Para superá-lo,
você não pode
depender de ninguém,
pois, se isso acontecer,
pode se arrepender,
já que quase ninguém
consegue servir alguém
sem se servir também.

Não que uma ajuda não agrade!
- ah, isso é verdade! -
E quando se consegue,
é como uma nova possibilidade
que se abre para quem tem vontade
de se tornar outra realidade.

Boa sorte para quem tem
coragem de enfrentar,
esperança de mudar
e perseverança para lutar
por um novo lugar ao sol
e uma nova luz no farol
de uma vida que nunca se perdeu,
mas, sim, apenas se arrependeu
por ter parado no tempo em que sofreu.


Buenos Aires, 24 de junho de 2011

domingo, 8 de janeiro de 2012

ANTES DE USAR LEIA A BULA!!

ANTES DE USAR LEIA A BULA!!



[homem%202.jpg]

Indicações:
Homem é recomendado para mulheres portadoras de SMS (Síndrome da Mulher Sozinha). Homem é eficaz no controle do desânimo, da ansiedade, irritabilidade, mau-humor, insônia etc.

Posologia e Modo de Usar:
Homem deve ser usado três vezes por semana. Não desaparecendo os sintomas, aumente a dosagem ou procure outro. Homem é apropriado para uso externo e interno, dependendo da necessidade.

Precauções:
Mantenha longe do alcance de amigas (vizinhas solitárias, loiras sorridentes, etc).É desaconselhável o uso, imediatamente após as refeições.

Apresentação:
Mini, Max, Super, Mega, Plus, Super Mega Max Plus e 'Oh meu Deus!!!'

Conduta na Overdose:
O uso excessivo de Homem, pode produzir dores abdominais entorses, contraturas lombares, assim como ardor na região pélvica. Recomenda-se banhos de assento, repouso e contar vantagem para a melhor amiga.

Efeitos Colaterais:
O uso inadequado de Homem pode acarretar gravidez e acessos de ciúmes. O uso concomitante de produtos da mesma espécie pode causar enjôo e fadiga crônica.

Prazo de Validade:
O número do lote e data de fabricação, encontram-se na cédula de identidade e no cartão de crédito.

Composição:
Água, tecidos orgânicos, ferro e vitaminas do Complexo 'P'.

Funcionamento:

1. Ao abrir a embalagem, faça uma cara neutra; não se mostre muito empolgada com o produto. Se ficar muito seguro de si, o homem não funciona muito bem, vive dando defeito.

2. Guarde em lugar fresco e seguro (pois é frágil e facilmente contaminável).

3. Deixe fora do alcance de pseudo-amigas.

4. Para ligar, basta uns beijinhos no pescoço pela manhã, para desligar basta uma noite de sexo (ele dorme como uma pedra e nem dá boa noite - falta de educação é defeito de fábrica).

5. Programe-o para assinar talões de cheques sem reclamar.

6. Carregue as baterias três vezes por dia: café, almoço e jantar.
ATENÇÃO:
Homem não tem garantia de fábrica e todas as espécies são sujeitas às incontáveis defeitos(falhas de caráter,mentiras de todos os tipos,, atitudes sem noção,medo de se envolver,grosserias e insensibilidades, imaturidade, egoísmo ,infidelidade,'mania de vai com os outros'... são algumas das falhas mais comuns). A solução é ir trocando até que se ache o modelo 'ideal'. Recentes pesquisas, no entanto, atestam que ainda não se conseguiu inventar tal protótipo. Cuidado, existem no mercado algumas marcas falsificadas, com embalagem de qualidade, mas que ao ser aberta, apresenta um produto inócuo/ou prejudicial. Ou seja, produto que além de não apresentar efeito positivo, pode agravar os sintomas. Não contém SIMANCOL.