sábado, 4 de fevereiro de 2012

MINHA IDA À UM RESTAURANTE CHIQUE

MINHA IDA À UM RESTAURANTE CHIQUE
Rapaz. Que frescura é essa história de restaurante chique, viu?

Eu jurava que nunca iria gastar meus suados real num restaurante cheio de frescuras. Um lugar onde você pede um prato e vem um pedacinho de carne do tamanho e da espessura de meia folha de papel de ofício, dobrada ao meio acompanhada de uma migalha de arroz com um molhinho e uma folha de louro e que custam os olhos da cara. E se duvidar, o de baixo também. E onde todos tiram uma onda retada.

Mas eis que Deus, sem ter nada melhor pra fazer, olhou pra mim e disse:´"-Tú vai sim, sacana" e num belo dia, após ligar para a Rádio Metrópole de seu Mário Quértiz, ganhei uma cortesia de 50 badarós para gastar num desses restaurantes, no caso específico, aquele que fica no Rio Vermelho. O que tem o nome daquele pintor espanhol, xará de nossa cidade. Não é o daqui. É o Dali.

E lá fui eu devidamente acompanhado para o restaurante burguês e pensando: “Hoje vou tirar onda, minha porra!!!”

Botei aquela roupa comprada em 7 vezes na Riachuelo que eu só uso em ocasiões especiais e me piquei pra lá.

Chegando no local, fui recebido por um negão do tamanho da zorra na porta. Pensei: "Esse filadaputa vai me barrar" Que nada. O cara veio com um “Boa noite senhor" Senhor, sacana... Me senti até gente. Lá no Cai Duro, a maior reverência que recebo é quando o garçom me chama de “bróder”. O negão era manobrista, só que não precisava de manobrista já que eu tinha um motorista. Um motorista e um cobrador.

O negão me passou prum outro cara, que perguntou se eu queria ficar no bar ou ir pro lounge? E eu pensando "Ué, em vez de ficar aqui, por que eu iria pra longe, porra??? Mas aí o cara me apontou a parte de cima do bar, que era bem perto, de longe não tinha nada, esses ricos são uns frescos mesmo, porra, que frescura do caralho. Bastava perguntar "Vai ficar no bar ou quer subir?"

Esse outro cara me passou para uma morena que me levou pra minha mesa. Eu já tava ficando cansado daquela paletada e de falar com tanta gente só pra chegar na mesa. Me deu saudade do Boca de Galinha em Plataforma que é só chegar e sentar e pedir e comer, nada dessas frescuras todas.  Eu vim comer ou fazer treqin? E o pior é que naquele ritmo, quando eu chegasse na mesa já teria dado meia noite e eu não teria mais buzu pra voltar pra casa!

Fui acomodado na varanda que fica sobre o mar. O mesmo cheiro de maresia da Ribeira. Mas era uma maresia chique da zorra. As algas deveriam ser daquelas que eu vi na TV na casa do meu cunhado, que tem SKY e é também metido a rico, e fica assistindo aqueles documentaro do National Geográfico que fala daquelas algas criadas nas águas tem mais ou termais, sei lá, porra, dos mares da Grécia, colhidas em Mikomos, lá ele! importadas de avião e jogadas embaixo da sacada do restaurante daqui.

O restaurante era massa. Velas por todos os lados. Um telão. Uma decoração bala. E um daqueles quadros borrados. Daqueles em que os endinheirados ficam parados na frente, não entendem porra nenhuma da pintura, mas ficam olhando com a mão no queixo, a testa franzida fazendo tipo e dizendo coisas do tipo: “este quadro representa toda a magnitude do ser, expressada pelas linhas assimetricamente delineadas pelo traço introspecto do artista e não sei mais o que... Pra mim era um quadro borrado. Não gostou? Me bata!

Arte abstrata uma banana. Lembrei logo daquele cartaz/ propaganda antigo da Marlboro que fica na parede do pirão do Bar do Pascoal no Santo Antônio. Pode ser sintoma de pobreza mais achei mais legal a foto daquele cowboy que se fudeu de câncer no pulmão, do que esse quadro borrado chique.

Ao fundo tocava uma música internacional. Não entendi nada do que a cantora cantava, mas pelo menos não era arrocha, axé, pagode e nem Ana Carolina. Não agüento mais ouvir "Eu queeero te roubar pra mim"...

Já as pessoas nem respiram. Um ar soturno de museu de cera. Se você olha muito para alguém, essa pessoa já pensa que você tá ali pra roubar, sei lá. Rico quando conversa, não ri. Parecem estar em coma. E as caras e bocas daquela gente bonita? Vão pra merda, enquanto é tempo.

Ao fundo, um bigodudo fumava um charuto do tamanho de um tubo daTigre, daqueles de passar tolete. Dava cada baforada, como se escrevesse no ar com a fumaça "eu tenho uma Land Rover e um C5 Pallas" Eu tenho uma cobertura no Le Parc" "Eu sou o fodão". E eu pensando: "Esse filadaputa deve estar devendo duas parcelas do lise do CIVIC. Mais uma e o banco toma."

Chega o garçom e oferece o cuvér. Eu pensei que era alguma banda cover, mas não tinha ninguém tocando. Tinha sim um telão enorme. Será que eu teria que pagar pra assistir tv nessa zorra?

O garçom trouxe o tal do couvert. Era comida. Na verdade, era uma cenoura cortada na horizontal, em quatro, com um pão cacetinho torrado cortado em rodelas com duas cumbuquinhas, uma com manteiga e outra com patê. O preço? R$ 7,90. Que porra é essa? No restaurante "O Líder" do Largo Dois de Julho eu bato um sanduichão de pernil de porco e queijo de cuia que tem aquele molho secreto maravilhoso com uma Coca e ainda sobram R$ 1,50. Gentilmente recusei o couvert. "Não estava disposto". Olhe que agá da porra...

E as bebidas? Cada 8 latinhas lá no chique daria para tomar uma caixa no bar de Oliveira em Plataforma.

Resolvemos pedir o prato. O cardápio tinha um monte de nomes que mais pareciam a escalação da seleção da Thecoslováquia da copa de 86. Pedimos um tal de "Salmão ao molho Nagóia". Olhando a descrição do prato, era uma posta de salmão com arroz, acompanhada de um molho à base de Inhame e ervilhas. Eu nem sabia que tinha inhame no Japão.

Enquanto esperávamos o prato, mostrei à gata que estava comigo, um coroa que estava acompanhado de uma deliciosa morena que eu acho que vi naquele site
www.elitegr...deixa pra lá.

Bem. O cara estava numa marra danada tirando uma de que entendia de vinho (ou finge que sabe) e faz questão de se mostrar na frente de todo mundo como se só ele entendesse da bebida, e eu de cá, explicando à minha gata os movimentos. Porra. Eu também sei sobre vinhos, eu navego na internet, tem Lan House lá em Plataforma, caralho. Sei algumas coisas sobre vinhos, mas, não fico tirando onda de muita merda. E não tenho besteira. Eu bebo um autêntico "Pinô No ar " da mesma forma que bebo um "Cantina da Serra" com Coca-Cola e gelo, sem problemas.

E o cara seguia cheirando a rolha, olhando o rótulo, colocando a taça contra a vela, dizia que tava abrindo o buquê, que tava sentindo o tanino e o escambau e eu zoiando tudo.  Aquele não era um bebedor de vinho. Era praticamente um técnico da NASA. Ou um enrolão da porra, tava levando a gata na gaiva e ela comendo.

Chega o prato.

Cara, que mizera era aquilo? Um taquinho de salmão do tamanho de um celular N-73 da Nokia, só que mais fino, acompanhado de uma cumbuca de arroz virada de cabeça pra baixo e três ervilhas de cada lado, melecado por um molhinho derramado em forma de "S". O estômago disse, "Você é viado, porra? Quer me fuder? E eu? Como é que eu fico?"

E ainda por cima, como todo bom pobre neo-classe média, perguntei à minha gata porque o peixe era rosa.

- "É salmão, tabaréu".

E eu lá tenho obrigação de saber que salmão é rosa? Além de fresco é cor de rosa??? Isso é coisa de viado!!!! Peixe rosa eu só vi uma vez e era porque estava estragado. Mas aí decidi ficar na minha e nem pedi farinha pra ela não se retar comigo, se me chamasse de tabaréu de novo quem ia se retar era eu e aí a noitada no restaurante chique ia virar barraco, não podia fazer isso, o que seu Mario Quértiz ia pensar de mim, e o Aragão, que todo mundo ouve mas ninguém vê, perigava aparecer ali pra me dar um esporro, melhor deixar pra lá e tentar pelo menos encher o buraco do dente com aquela comida que até pinto comendo ficava com fome, e eu bem que queria que no fim da noite meu pinto comesse a gata, melhor dizer umas coisas bestas como o cara da mesa do lado tava dizendo pra gata dele, tava se dando bem, eu também queria me armar, pobre também tem vez e na hora do vamos ver eu sou mais eu que aquele cara que tava com tanto perfume que nem o cheiro das algas do Mikomo (lá ele!) eu tava sentindo mais, puta merda.

Enquanto eu comia, pensava “Como é que gente rica se sustenta?” Aquilo não dá sustança, como dizia meu avô. Se eu comer meu feijão sem farinha, fico logo com fome depois, imagine aquela merreca? Morreria de nanição  em dois dias, se muito.

Mas ainda tinha a sobremesa!

Seguindo a indicação de minha amiga Camila Cintra, que é assim quase mobília do tal restaurante, porque não sai de lá, como também não sai dos melhores locais de Salvador e Austrália,  eu acho que essa tal de Austrália deve ser bem longe de Plataforma, porque eu não conheço ninguém lá que já tenha ido pra tal de Australia, nem mesmo o Nerismar, que é fiscal da Limpurb e anda viajando pra caramba, já foi até Bariloche, que deve ser longe pra caramba,  diga-se de passagem, aí me lembrei da Camila, que ´´e burguesa mas é bróder e pedi um tal de "petit gateau" que tava no cardápio, falei gateau, a gata disse que era gatô, aí eu me lembrei que Camila falou gatô mesmo, e ela disse ser de cair os dente de tão gostos, como eu já uso perereca mesmo, nem liguei pra isso e pedi o tal do gato pequeno (tradução minha) e ele me disse em tom de mistério armado, para valorizar a sobremesa, que "era uma sobremesa que congressava harmonicamente o calor com o frio num misto de encantamento e vigor saboroso das duas sobremesas".

Cara, pela descrição aquilo não era só uma sobremesa, era o conteúdo do cálice sagrado. Do Santo Grau, aquele que o próprio Jesus deu o maior grau num vinho na Santa Ceia.

Fiquei numa expectativa retada e quando chegou a sobremesa era um bolinho de chocolate quente, nada demais, que vinha acompanhado de uma bola de sorvete de creme. Era gostosinho sim, mas não vi nada de mais.

Sei que minha amiga Camilinha ao ler isso, dirá que eu tenho o paladar prejudicado pela pobreza, isso porque eu disse uma vez que as trufas do Tango Café de Praia do Forte, que ela e metade da Bahia barona achavam deliciosas, eram meia boca, amargas e caras e que eu preferia uma boa caixa de bombons Lacta.

Mas na moral, o sorvete da Cubana do Elevador Lacerda era mais gostoso do que aquele que acompanhava o Petit Gateau.

No final das contas, gastei mais R$ 25,00 além da cortesia e saí com a barriga urrando de fome.

A salvação foi me picar pro Mercado do Rio Vermelho ao lado e forrar o estômago com uma deliciosa moqueca de siri-catado regada com algumas gelosas, sentado numa legítima cadeira de prástico. Ou de prásco, como eu dizia até que miinha gata ficou enchendo meu saco e me ensinou que o certo é prástico, essa gata é sabida feito a porra, mais tarde eu vou saber das outra sabedoria dela, sabe bem a senhora como é essas coisa.

Voltar prum restaurante chique? Claro.

Se descolar uma cortesia de novo, claro que vou. Só que vou passar primeiro no Abaixadinho do Zé, bato uma rabada e chego lá com aquela bossa de rico, comendo tudo de pouquinho, fazendo caras e bocas e olhando pra tudo com cara de paisage. Vou até comprar um perfume e castigar na nega, melhor cheirar o cangote da nega que aquela maresia das algas de Mikomo, lá ele!!!!

Autor desconhecido.

 
 (alguns pitacos a mais colocados por Alberto Saraiva)
 

sexta-feira, 3 de fevereiro de 2012

Lição fundamental: Jamais faça uma pergunta sem ter certeza da resposta

Lição fundamental: Jamais faça uma pergunta sem ter certeza da resposta(Contada como fato verídico, acontecido em uma Vara da cidade de São Paulo, na Inquirição em Juízo de um policial pelo advogado de defesa do réu, na tentativa de abalar sua credibilidade)

Advogado: Você viu meu cliente fugir da cena do crime?
Policial: Não senhor. Mas eu o vi a algumas quadras do local do crime e o prendi como suspeito, pois ele é, e se trajava conforme a descrição dada do criminoso.

Advogado: E quem forneceu a descrição do criminoso?
Policial: O policial que chegou primeiro ao local do crime.

Advogado: Um colega policial forneceu as características do suposto criminoso.. Você confia nos seus colegas policiais?
Policial: Sim, senhor.. Confio a minha vida.

Advogado: A sua vida? Então diga-nos se na sua delegacia tem um vestiário onde vocês trocam de roupa antes de sair para trabalhar.
Policial: Sim, senhor, temos um vestiário.

Advogado: E vocês trancam a porta com chave?
Policial: Sim, senhor, nós trancamos.

Advogado: E o seu armário, você também o tranca com cadeado?
Policial: Sim, senhor, eu tranco.

Advogado: Por que, então, policial, você tranca seu armário, se quem divide o vestiário com você são colegas a quem você confia sua vida?
Policial: É que nós estamos dividindo o prédio com o Tribunal de Justiça, e algumas vezes nós vemos advogados andando perto do vestiário.

Uma gargalhada geral da platéia obrigou o Juiz a suspender a sessão ...

quinta-feira, 2 de fevereiro de 2012

Arrependimento e Remorso

Arrependimento e Remorso

Rodolfo Pamplona Filho

Arrependimento
é reconhecer
que foi dado
um passo errado,
mas aprendeu com isso.
Remorso
é saber que
também errou,
mas ruminar uma culpa
que exige punição

Arrependimento
é uma situação de fato
Remorso
é um estado psicológico
Arrependimento
é didático e engrandecedor
Remorso
é destruidor e devastador

Arrepender-se
é libertar-se...
Remoer-se
é aprisionar-se...
Arrepender-se
é crescer...
Remoer-se
é retroceder

O que se quer em sua folha?
É uma questão de escolha
ou somente de determinação
do espirito ou do coração?

O que se quer para sua vida?
É conhecer a sua trilha?
Aprender com os erros
ou chorar os desmazelos?

Só com o tempo se descobre
ou se condiciona saber,
pois o que se planta é o que se colhe
e o inevitável é apenas viver...

Salvador, 13 de julho de 2011.

quarta-feira, 1 de fevereiro de 2012

CARPE DIEM

CARPE DIEM
Marta Torres 

Não imaginava estar sentindo meu coração bater assim
Tão forte e com tanta intensidade
A ponto de perder o contre dos pensamentos por todo o dia
Ah! Como eu não consigo parar de pensar em você...
Mas é tão bom...! Lembrar de você!
Recordar o seu sorriso, os seus olhos, o seu carinho
E sentir aquela vontade de estar ao seu lado exatamente agora
Largar tudo e explodir de êxtase com você.

Viva: é assim que você me faz sentir
Uma sensação de descoberta, de surpresa, de contemplação
De sentir o momento, o agora, de uma maneira que
cada segundo parece ser o último,
gerando uma mistura de ansiedade e tranqüilidade,
de êxtase e sossego,
de embriaguez e sobriedade.

Indefinível
Não há conceitos, não há fórmulas, não há regras
Não há armas para dominar esse sentimento
Inexiste controle sobre palavras ou atos
As emoções transparecem, os gestos transcendem os pensamentos
A resistência é inútil
Faltam forças para deter tal impulso.

Querer estar junto, querer fazer feliz
E estar feliz apenas por isso
Sem medos, sem ilusões
Deixar de lado as lições aprendidas
Para lembrar que só é feliz quem vive intensamente,
quem ama, quem ri, quem chora
Pois a vida só dá algo a quem se doa de verdade.

Agarrar o dia, aproveitar o hoje
e estar com você... sempre.

(Abril de 2004)

terça-feira, 31 de janeiro de 2012

Carpe Diem

Carpe Diem

Clivia Filgueiras.


Sentada na janela eu gosto de esperar

Um mundo mais bonito alcançar

Ofereço meu corpo pra quem quiser comigo voar

E entre as nuvens começar a gritar:

Quero receber amor

E quero também amar!

Então alguém se aproximou  e no meu ouvido sussurrou:

- Seu interior é belo

- Mas por que choras?

E não obteve resposta.

Como um raio de luz na escuridão

Foi uma faca no meu coração

E agora só me resta morrer!

Morrer pelo que foi e pelo que será

Pelo que é belo e pelo que é feio...

De repente o céu se abre

Uma voz com um infinito som

Vem como música no meu ouvido e diz:

- A hora chegou... Vamos?!

E eu fui sabendo que era a morte quem me chamava.

Quando já estava morta queria voltar à vida

Retirar dela tudo de bom que tivesse para oferecer

Pois só ao morrer percebi que

Nasci

Cresci

E esqueci de viver.

segunda-feira, 30 de janeiro de 2012

Soneto da Sintonia

Soneto da Sintonia

Rodolfo Pamplona Filho
Descobrir a perfeição
no toque e no calor
e a perfeita identificação
do significado do amor.

Absoluta falta
de estranhamento
no mais perfeito
entrosamento.

Intimidade. Conexão.
Um age e o outro reage,
em preciso encaixe.

Estímulo. Adoração.
O símbolo efetivo da harmonia
é a mais pura e simples sintonia.

Salvador, 17 de janeiro de 2012.

domingo, 29 de janeiro de 2012

VESTAIS DE SATÃ

VESTAIS DE SATÃ

Azrael


Tiros no átrio escolar,
Sangue em lugar de divã.
Mata quem quer se imolar,
Canta-se a morte mal-sã!

Caça-se o mouro histrião,
E vinga-se o mal com a dor.
Dobram-se as leis e as fronteiras
Diante de um «justo» fragor.

Dão-se os cobrões da miséria
Aos povos agora emergentes.
China, Coréia Brasil?
E foi-se o «trabalho decente»...
                                
Água, unguento finito,
Que, rara, rareia a vida.
Lixos, dejetos, venenos,
Espólios da raça suicida.



Eis a cruenta ribalta
Na récita de um Fausto infausto.
O último grito da malta
No opróbrio do último claustro.
E, em proclamas do não-amanhã,
Anunciou-se o festim de Satã...