quinta-feira, 21 de fevereiro de 2013

Soneto da Auto-Alienação

Soneto da Auto-Alienação

Rodolfo Pamplona Filho
Eu não quero ler jornal,
nem me sentir mal
com problemas do mundo
ou de pensamento profundo.

Eu nem quero mais votar,
para , depois, poder alegar
a ilegitimidade de quem governar
supostamente para me representar.

Quando tudo ruir de demência,
colocarei a culpa no sistema,
justificando minha ausência,

pois é muito mais divertido
colocar a culpa no problema,
em vez de tê-lo resolvido.

Praia do Forte, 18 de fevereiro de 2012.

2 comentários:

  1. Lógico! É mais simples e mais fácil. Cruzar os braços, assistir de camarote. Por isso que eu digo, nessa vida quero ter certeza que eu fiz alguma diferença... Não posso e não vou ficar olhando os problemas passarem em frente a minha janela... Não! Tiro minhas sandálias, coloco o pé no chão e a mão na massa. Voto sempre e faço questão do meu voto, no momento, inclusive, estou AZUL DEM como diz o soberano do reino do dendê Prefeito Netinho (fake do face). Culpar o sistema? Como? Precisamos mudar esse sistema... A realidade dói, machuca... Mas é preciso vivê-la. Não dá para fingir que não sofremos com a pabreza alheia, com a violência, com a educação precária. Temos mesmo que fazer alguma coisa! E para nós, operadores do direito, nossa responsabilidade é ainda maior. Abraçamos o caminho da justiça e precisamos conferir vida ao direito para assim conferir direito a vida!!! Um beijo

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