quinta-feira, 12 de junho de 2014

CASAMENTO ABERTO DÁ CERTO?

CASAMENTO ABERTO DÁ CERTO?

“Durante 13 anos fui monogâmica, mas com muitas escapadas do marido. Agora, ele veio com a receita ideal: o casamento aberto. Até gosto de me sentir desejada por outros homens e consegui encontrar prazer, mas ao...

mesmo tempo morro de ciúmes dele com outras mulheres. Isso pode dar certo? Carinho, Maria.

Querida Maria,

O problema do casamento aberto é que ele logo se torna escancarado.

Casamento aberto é uma invenção de quem já traía.

Casamento aberto é uma fachada de lavagem de dinheiro.

Casamento aberto é colorir a amizade e desbotar o amor.

Casamento aberto é uma forma intelectual de acumular mulheres.

Casamento aberto é agência para recrutar nova esposa.

Casamento aberto é dividir os méritos, mas não dividir as dívidas.

Casamento aberto é substituir a sinceridade pela bajulação.

Casamento aberto é o conforto para os indecisos e os mornos.

Casamento aberto é quando o ciúme é menor do que a realidade.

Casamento aberto é se sentir desejada por todos os homens, menos por aquele que você deseja.
Casamento aberto é a receita ideal para uma vida de solteiro.

Casamento aberto é menosprezar a dependência dos hábitos.

Casamento aberto é concurso de sósias.

Casamento aberto é falsificar o pecado original.

Casamento aberto é apagar até a possibilidade de trair.

Casamento aberto é transar no divã.

Casamento aberto é admirar a sogra mais do que a esposa.

Casamento aberto é fazer discussão de relacionamento com amantes.

Casamento aberto é perder o privilégio da vigília, de alguém acordado por você reclamando que é tarde demais.

Casamento aberto é ter o sonho assaltado toda semana.

Casamento aberto é transformar o sexo oposto em sexo aposto: casamento, aberto.

Casamento aberto é anular a cobrança e a crítica que você possa receber: é a impunidade amorosa.

Casamento aberto é trocar as portas pelas cercas, é trocar o s cabelos pelos chifres, é trocar a confiança pelo medo.

Casamento aberto é para quem não tem coragem nem de se casar muito menos de se separar.

Abraço com toda ternura,
Fabrício Carpinejar

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