sexta-feira, 7 de agosto de 2015

CICLO



Constrito nesta cela provisória
A vagar pelo ciclo do destino
Pressinto desde os tempos de menino
A falta de sentido para a história.

Das câmaras sombrias da memória
Ressuscitam lembranças que abomino
Desse ciclo macabro que defino
Como a prisão de toda luta inglória

Que o homem, a cismar por este espaço,
Teima em lutar, imaginando que
Conseguirá fugir ao seu fracasso.

O fim da história é sempre abominável
Mas todo homem finge que não o vê
Ignorando seu ciclo miserável.

No ar, 12 de julho de 2011

Alexandre Roque

Nenhum comentário:

Postar um comentário