domingo, 10 de setembro de 2017

Uma voz ganha corpo



Luciana Pimenta
Eu, mulher, uma voz aguda
silencio para ouvir
Eu mulher, escrevendo o silêncio
a história muda
o passado porvir
Eu, mulher, uma voz ganha corpo
para incorporar as vozes
caladas da noite.
Eu, mulher, violenta língua
violenta história
via lenta à míngua
Eu, mulher, soprano grave
Um sopro de dignidade.



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