terça-feira, 20 de fevereiro de 2018

Boa noite, Lua!



Bruno Terra Dias


Boa noite, Lua!

O dia não se repetirá,

o sol não será o mesmo

amanhã, ao entardecer.



As cinzas desse fogo

cessarão de arder,

meus olhos, vermelhos,

cessarão de enxergar.



O calor, o frio, a umidade,

o carbono e a pressão definirão,

após anos e o passar das idades,

de todos o que restará.



Pertenço ao chão,

não ao ar e nem ao mar,

que nem sei nadar ou voar,

meu modo é o caminhar.



Até hoje sei:

tudo se integra,

minha alma entregarei,

afastada toda revolta.



O trabalho e o suor

são, para a humanidade,

mais que simples marca.

Salvação.

Nenhum comentário:

Postar um comentário