Paula Yurie Abiko
Olha lá
Aquele indivíduo apontando dedo
Como se soubesse todo o enredo
Do que está por vir nesse mundo
Acha que o conhecimento do mundo
Cabe na sua cabeça apenas
Como a sua única verdade deveras
De acreditar ser o dono da verdade
Que vaidade!
Mal sabia que não conhecia
Metade do que dizia
Ou achava que conhecia
Contudo julgava os outros
Apontando-lhe os dedos frouxos
Como se todos estivessem sempre
Com seus ouvidos moucos
É absurdo
Querer sempre estar certo
Num mundo cada vez mais incompleto
Cheio de fissuras e agruras
E estes não percebiam
Que assim cada vez mais permaneciam
Fechados para explorar o entorno de mundo
Com tudo o que é mais visado
Que sarro
Até parece que quando sair desse mundo
Levará estampado em sua lápide
Todo o conhecimento e toda sua vaidade
O que vale mesmo está sendo jogado
Ao lado de tudo que nos é pautado
Para sermos na vida e almejar
De que vale suas certezas se irá agonizar
Na busca incessante do ego acreditar
Que era o único certo e sem pestanejar
O dono do mundo irá perceber
Que nessa vida só vale mesmo o que fizemos
Por merecer…
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