quarta-feira, 7 de dezembro de 2011

A Arte nos Grãos de Areia

A Arte nos Grãos de Areia

Rodolfo Pamplona Filho

Quem disse que a beleza
precisa ser eterna?
Por que o fugaz
tem de ser esquecido?

A palavra proferida,
que se perde no ar,
não pode ser tão bela
quanto um quadro renascentista?

Eu quero o encanto
do que é etéreo e passageiro,
mas que, mesmo sendo ligeiro,
renove o gosto pela vida.

O que é lindo
pode ser escrito
nos grãos de areia,
no tempo infinito
ou nas estrelas
de um céu bonito.

New York, 17 de setembro de 2011.

8 comentários:

  1. Lindo, poeta..
    A segunda estófre, em especial, toca e faz refletir.
    O blog continua uma fonte generosa de belezas, um refresco, em meio a aridez do dia a dia.
    Beijos,
    Beatriz.

    ResponderExcluir
  2. Prezada Beatriz
    Fico muito feliz que tenha gostado!
    Este poema foi escrito em um momento muito especial de minha vida!
    Beijos,
    RPF

    ResponderExcluir
  3. Nossa, que lindo...Toca em nosso coração e nos faz refletir que o passageiro também pode se tornar duradouro, em nosso pensamento, preservando sua essência e sua beleza.
    Parabéns

    ResponderExcluir
  4. Prezada Sâmara

    É justamente esta a intenção...
    Valeu!
    Beijos,

    RPF

    ResponderExcluir
  5. Voto com as relatoras que acima já comentaram... rs Tudo que disser será pouco para descrever tamanha grandeza contida nesta poesia.

    ResponderExcluir