terça-feira, 1 de janeiro de 2013

Feliz 2013


E o tempo? Esse canalha, continua incessante. Porque tudo na vida tem um começo, um meio e um fim... Salvo o tempo... Que continua do mesmo jeito ontem, hoje e amanhã. Ao menos enquanto nós ainda não tivermos o dom de "dobrar" o tempo... De voltar no tempo passado, como já andaram sonhando por aí... Essa premissa continuará inarredável.

O tempo sempre sepultará as coisas boas e ruins da vida. Sempre fará sentir saudades daquele cheiro, daquele gosto, daquela pessoa, daquele lugar, enfim. Mas também nos traz essa louca ansiedade, como se com uma "googlada" pudéssemos desvelar o futuro. O tempo sempre nos diz que há uma nova oportunidade, descortinando um verdadeiro mosaico de possibilidades, mas diz também que aquela oportunidade passada, já passou e não volta mais. Para aquela... Nada mais do que os efeitos do próprio tempo.

O tempo sempre faz perceber que tudo, desde um simples átomo, até a mais complexa obra de engenharia conhecida, o ser humano, é transitório. De que por mais que teimemos em não nos sujeitar aos seus efeitos, aproveitando-se dessa condição inafastável, ele, o tempo, sempre leva a melhor.

Talvez por isso o tempo seja sempre tão fascinante... Aliás existem algumas ciências, umas públicas, outras ocultas, que querem entender ou mesmo depreender como será o tempo. Ledo engano. O tempo continua tão incontrolável como sempre foi. Como uma carroça desgovernada ladeira abaixo, não há quem preveja por onde esteve, para aonde vai, o quê se dará.

Daí a riqueza da própria existência humana. Dada a sua sujeição suprema aos efeitos do tempo, alguns dizem que o ser humano dividiu esse ser indecifrável em minutos, horas, dias ou anos apenas para que não tivéssemos a impressão de que nada acaba... De que tudo é para sempre, ou mesmo de que tivéssemos as esperanças e expectativas renovadas.

Pelo contrário, acho que esse fracionamento foi arte de próprio tempo. É que se o ser humano percebesse como o tempo pode ser bom, ao invés de olhar pra traz ou pra frente procurando ver como foi ou como vai ser o tempo, a espécie humana conseguiria ver que o tempo de hoje é, SEMPRE, o melhor tempo...

Viva um 2013 pensando que esse é o melhor tempo e seja muito feliz. Talvez daí possamos concluir que a alegria humana reside justamente em viver essas frações do tempo. Essas frações que nos permitem reafirmar a nossa condição humana... A de que estamos sujeitos ao tempo... esse canalha!

Tercio Roberto Peixoto Souza

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