sexta-feira, 21 de junho de 2013

Cyberstalking

Cyberstalking

Rodolfo Pamplona Filho
Acuado, sem conseguir respirar
Perseguido, sem ter o que fazer.
O monitor, não pretendo mais olhar,
e contato, não quero nem saber.

O Medo me assalta em todo lugar
Parece que vou ser encontrado
por quem eu não quero encarar
ao vivo ou mesmo no teclado.

Só quem sabe como é a dor
de encarar seu perseguidor
entende o completo desespero

de ter raiva do computador
ou de sentir, da vida, pavor,
por nunca mais se sentir inteiro.


São Paulo, 07 de junho de 2013.

5 comentários:

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    2. Prezada Layanna

      Estes textos são realmente muito interessantes!
      Toda patologia deve ser objeto de tratamento, pensando sempre na preservação da saúde da vítima.
      Achei sensacional a referência à "síndrome do pânico"! Ainda pretendo fazer um poema sobre isto também, que é um outro problema muito sério que precisa ser conhecido para ser compreendido e tratado.
      Sobre o Cyberstalking, tema deste poema, a ideia básica é a compreensão e a empatia com a dor e a angústia de quem não é respeitado no desejo de náo contato.
      Isto porque as relações interpessoais devem ser essencialmente espontâneas. Se uma das partes não deseja se relacionar com a outra, deve ser respeitada nisso.
      O contrário será sempre sentido como invasão de privacidade ou desrespeito, mesmo quando inexista animus neste sentido.
      É claro que tudo, em exagero, é ruim e que pode até, em caso mais graves, gerar uma síndrome do pânico, como você mencionou.
      Obrigado mesmo pelas informações! Serão bem úteis para um futuro texto específico sobre "Síndrome do Pänico".
      Abraços,

      RPF

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    3. Este comentário foi removido pelo autor.

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