segunda-feira, 14 de julho de 2025

Mãe

 




Poema de Adriano Espínola,

in: Praia provisória, 2006




De terra a tua voz,

de terra os teus gestos,

de terra a tua bênção,

de terra a tua mágoa,

de terra os teus restos

agora enraizados:

árvore crescendo

às avessas - lá onde

tudo começa e finda:

no silêncio do sangue

que me dói ainda.



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