terça-feira, 8 de julho de 2025

Receita de poema

 



Antonio Carlos Secchin.


Um poema que desaparecesse

à medida que fosse nascendo,

e que dele nada então restasse

senão o silêncio de estar não sendo.


Que nele apenas ecoasse

o som do vazio mais pleno.

E depois que tudo matasse

morresse do próprio veneno.



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