Rodolfo Pamplona Filho
Quanto tempo se passou
sem que uma palavra fosse
sequer trocada ou ventilada?
Quantos momentos se perderam
pelo medo de um contato proibido,
sabe-se lá por qual razão?
Quantas imagens foram implantadas
sem saber qual era, na realidade,
o rosto de quem não se conhecia?
Quanta animosidade foi estimulada
por quem cabia apenas, na verdade,
permitir e ensinar o amor?
O passado jamais voltará
e é um pueril exercício de ingenuidade
lamentar o que poderia ter sido...
O presente é o que se pode viver
e, em vez de chorar o ocorrido,
que tal aproveitar o que surgiu?
O futuro não pertence a ninguém,
mas pode ser melhor do que tudo,
pois ainda será construído!
Um irmão nunca se perde!
Se os caminhos se afastaram
é porque era necessário lapidar
a carne, o sangue e o espírito,
que se há de compartilhar enquanto
se tem alguma esperança na vida...
Rio de Janeiro, 07 de outubro de 2012
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