quinta-feira, 24 de março de 2016

Último desejo





Quando eu morrer,
não quero flores nem velas,
choros ou rezas,
saudade ou compaixão.

Quero que façam diferente,
Sorriam pra toda gente,
cantem alegremente,
uma linda canção.

Pois quando eu me for,
não será por querer,
e não quero lá de cima,
Ver ninguém sofrer.

De sofrimento,
já basta a morte em si.
Não quero ter que sofrer de novo,
ao vê-los do céu depois de partir.

De antemão, portanto,
ficam todos avisados:
quero festas e canções
e abraços apertados.

Meu desejo é uma ordem,
e não quero tirania.
O aval do Senhor
será a minha garantia.

Eduardo Loula Novais de Paula
Poema selecionado no Concurso Dia Nacional da Poesia

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