quarta-feira, 23 de março de 2016

Felicidade e Utopia





Ó, que sujeito adorável
mas por que tanta raiva contida?
Algo dói, corrói?
Que te falta em vida?

É a morte à espreita,
em noção bergmaniana?
Ou a insatisfação diária,
sem razão, por isso - talvez- cotidiana?

Delírio dos dramáticos,
Excesso de sensibilidade
Tudo querem, nada desejam
Ao fim, só buscam felicidade

Só que ela é difícil, amigo, escorregadia
É como a utopia
A cada passo que se dá, ao longe,
tanto mais ela se distancia.

Filipi Vasconcelos de Campos - Santa Maria-RS - Vencedor do Concurso Dia Nacional da Poesia - 3º lugar

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