Padre Antônio Thomaz
Amo-Te, oh Cristo, dessa cruz pendente,
Varado o coração de acerbas dores,
Do teu suplício os bárbaros rigores
Sofrendo humilde e resignadamente.
Porque assim te revelas claramente
Deus dos filhos de Eva sofredores,
Apto ouvir os brados e os clamores
Da miseranda e triste humana gente.
Folgo em saber, nas horas de amargura,
Que um Deus de natureza igual à minha
Sofresse a mesma dor que me tortura.
Não quadra um Deus feliz ao desgraçado;
Por isso mesmo aos homens não convinha
Senão somente um Deus crucificado.
Nenhum comentário:
Postar um comentário