terça-feira, 6 de junho de 2017

SONETO DA DESPEDIDA


 Cássio Pitangueira

A despedida não poderia ser diferente;
Infelizmente não tão contente;
E com a alma sombria e escura;
É chegada a hora de partir para sempre;

Certo de uma desvalorização absurda;
Num quadro clínico de loucura;
Numa sombra infinita de amargura,
Ponho-me em prantos serenos a gritar!

Na elevada altura de um desespero,
Coloco-me de joelhos,
Já sem forças para lutar!

Com a esperança de uma relva simples e pura,
Vou curar minha amargura,
Num novo seio que hei de encontrar;

                                   

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