Blog para ler e pensar...
Um texto por dia... é a promessa...
Ficarei muito feliz em ler e saber o que cada palavra despertou...
Se você quiser compartilhar um texto, não hesite em mandar para rpf@rodolfopamplonafilho.com.br.
Aqui, não compartilho apenas os meus textos, mas de poetas que eu já admiro e de todas as pessoas que queiram viajar comigo na poesia...
Se quiser conhecer somente a minha poesia, acesse o blog rpf-poesia.blogspot.com.br.
Espero que goste... Ficarei feliz com isso...
Apenas tolos e defuntos
não têm medo.
Apenas castrados conformados
não têm esperança.
Medo e Esperança
são os motores
que propulsionam
a alma humana:
compelem-nos
à efetiva ação!
O que nos mantém vivos
não é a alegria ou o amor,
mas, sim, o medo e a esperança.
O que impulsiona
para a luta e
alimenta o instinto
de sobrevivência
é o medo e a esperança
Sem medo,
de que adianta
ter coragem?
Sem esperança,
de que adianta
fazer planos?
O verdadeiro
teste de caráter
não é ignorar o medo,
mas agir diante dele.
Compreender
o que está em jogo
e reagir...
O único direito
verdadeiramente
inalienável
não é vida
ou a dignidade,
mas, sim,
a esperança.
Fico de longe a observar,
imaginar, sonhar
um futuro com você.
Mas o futuro é agora
E eu escrevo minha história,
Não vou nem
pensar em me esconder.
Dediquei-me à
ação.
Faço cartas ao
desconhecido
Descrevendo o
coração.
Sem meias
palavras.
Escrevo mensagens
imaculadas.
Para quem faz
parte de TUDO,
E de NADA.
A vida além das grades
não passa de uma lembrança
de um sonho longínquo
e a esperança da liberdade
é um sussuro em meio
a um violento tornado...
E, neste fio quase invisível,
busca-se um poder sobrenatural
de adentrar o coração das trevas
sem medo e sem ser incomodado,
para salvar sua vida
das ignonímias infernais
sofridas neste purgatório...
O que será esta força?
A certeza de que é melhor
morrer em pé do que de joelhos...
Eu
Metamorfo-me
Na união de todos e tudo
A unidade
Metamorfa-se
Na pluralidade.
O que somos é
resultado do que vocês
Sou.
O eu incontável,
em sua imensidão
limitada
Agradece a todos
Em suas contáveis
limitações
ilimitadas.
É preciso conpreender
a diferença entre
o silêncio e a quietude.
O silêncio comporta
um zumbido ao fundo,
um nervosismo,
como um medo
de fazer som.
A quietude é apenas
ausência e descanso,
independentemente
de haver qualquer
nota no ambiente.
O silêncio é
a respiração presa.
A quietude é
a respiração suave.
O silêncio estremece.
A quietude repousa.
O silêncio oprime.
A quietude liberta.
O silêncio assusta.
A quietude conforta.
O silêncio é
constrangimento,
desespero e dor.
A quietude ê
tranqüilidade,
serenidade e paz.
Na escuridão do meu ser habita aquele outro ser, que me imita, mas também me irrita, me corrói, me destrói, sufoca as minhas potencias da alma, ofuscando o seu resplendor e, quanto mais tento fugir, mais a minha energia é sugada por esse outro.
Esse outro será mesmo outro, ou só apenas eu mesma que na angustia da vida me aprisionei no meu próprio ser para fugir da vida externa me pus a ser apenas interna.
Hoje já sei que a vida precisa de energia pulsante, vibrante e que o cativeiro do meu próprio ser não mais pode predominar, mas são tantas as labutas desse caminhar, como emergir de mim a força psíquica necessária para socorrer minha alma de mim mesma... Eis que me ponho a pensar... vida, energia, coragem, vontade, buscando, buscando, buscando...
Minha alma clama, reclama, adoece e não se esquece que precisa buscar no seu meio o poema que acalenta e a faz enxergar que para a vida é preciso coragem.
Coragem, para seguir, seguir com firmeza e destemor e logo se lembra do amor que deve permear a todos os sentidos para que no sentir profundo da alma se ouça a sua voz calada e tímida mas que saiba que essa voz - calada e tímida - é a voz da consciência inconsciente que a calamos constantemente, aprisionamos a voz da alma sem saber que é ela que nos reconecta a nossa vida interior, que faz surgir em nós o amor, que nos energiza para a caminhada.
Que sejamos ourives que retiram da pedra bruta a beleza cênica da alma.
A dor da caminhada não é mais sublime que a busca sincera por si.
Não existe o caminho certo, a palavra correta, a trilha sonora perfeita...
Mas existe o ritmo da batida que impulsiona o caminhar para dentro e olhando com sinceridade perceber que nada se constrói - nem de dentro, nem de fora - se não existir o amor sincero e o olhar atento para saber em que momento me encontro da vida.
Que as luzes da verdade me guiem na escuridão de minha alma em busca do eu mais profundo em minha vida.
Todos os caminhos são válidos, basta a sinceridade em querer buscar a leveza da alma, sem escamotear as pedras e as fraquezas, a amargura e as vicissitudes, o desatino e o desamor.
Naquele lugar sombrio e escuro escondem-se as chaves da ressureição.
Quem será
que receberá
o legado da minha vida?
A quem será
finalmente destinada
a herança da minha sina?
Será que o que fiz,
tenho visto, lutado
e conquistei
terá alguma valia
ou algum significado
para quem não sei?
Imaginar haver sentido
em uma vocação necessária
é dar um prestígio indevido
a uma mera linha hereditária.
Acreditar na Legitima
é não perceber que
se é inocente vítima
de uma fazer sem querer...
O melhor, sem dúvida,
é que tudo o que sou
fique apenas na memória
e no coração
de quem me amou
e tudo mais que conquistei,
se eu mesmo não destinei,
que seja distribuído a quem
não teve a sorte que eu dei...
Você é a minha chama
Meu sonho prioritário
Meu fulgor incendiário
Meu anseio que se inflama...
É minha perfeita dama
Com os clamores do afeto
Meu desejo mais repleto
Meu mais nobre conteúdo
Sem você eu não sou tudo
Com você eu sou completo!
Eu aceito divergência
E a crítica construtiva
Minha postura cativa
O bom senso, a coerência!
Só não tenho paciência
Nem o dever de aturar
Alienação sem par
Da mais triste ignorância:
Defender com arrogância
Intervenção Militar.
Ver justiça social
Sem engodo e desenganos
Ver os direitos humanos
Brotando de forma igual
Ver juiz imparcial
Sem perseguições banais
Ver iguais e desiguais
Conviver na diferença
É parte da minha crença
Que constrói meus ideais!!!
Enquanto eu te beijo, o seu rumor
nos dá a árvore, que se agita ao sol de ouro
que o sol lhe dá ao fugir, fugaz tesouro
da árvore que é a árvore de meu amor.
Não é fulgor, não é ardor, não é primor
o que me dá de ti o que te adoro,
com a luz que se afasta; é o ouro, o ouro,
é o ouro feito sombra: a tua cor.
A cor de tua alma; pois teus olhos
vão-se tornando nela, e à medida
que o sol troca por seus rubros seus ouros,
e tu te fazes pálida e fundida,
sai o ouro feito tu de teus dois olhos
que me são paz, fé, sol: a minha vida!
Ao coração que sofre, separado
Do teu, no exílio em que a chorar me vejo,
Não basta o afeto simples e sagrado
Com que das desventuras me protejo.
Não me basta saber que sou amado,
Nem só desejo o teu amor: desejo
Ter nos braços teu corpo delicado,
Ter na boca a doçura de teu beijo.
E as justas ambições que me consomem
Não me envergonham: pois maior baixeza
Não há que a terra pelo céu trocar;
E mais eleva o coração de um homem
Ser de homem sempre e, na maior pureza,
Ficar na terra e humanamente amar.