Veio tomar água no rio
Uma formiga sedenta.
Subiu numa folha e disse:
“Será que ela me aguenta?”
Porém, a verde folhinha
Era frágil, com certeza.
A formiga escorregou
E caiu na correnteza.
Uma pomba ali pousada
Num galho de uma ingazeira,
Vendo a formiga em perigo,
Acudiu a companheira.
Uma folha bem maior
A pombinha arrancou
E ali perto da formiga
Com seu bico a lançou.
A formiguinha subiu
Naquela folha comprida.
Agradeceu à pombinha
Por ter lhe salvado a vida.
E conseguiu alcançar
A margem do outro lado.
E matou a sua sede
Naquele rio gelado.
Um caçador bem malvado
Ela avistou, de repente.
Apontava uma espingarda
Para a pombinha inocente.
A formiga aproximou-se
Do homem, bem devagar.
Deu-lhe uma ferroada
No seu grande calcanhar.
O caçador deu um grito,
E deixou a arma cair.
A pombinha, mais esperta,
Conseguiu escapulir.
E voou ali pertinho
Da corajosa formiga.
E, agradecida, arrulhou:
“Obrigada, minha amiga!”
Geraldo de Castro Pereira
(Historinha infantil, que eu versifiquei)
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