(Negra Luz)
Quando a minha sede não encontrava os olhos d’água
Que sempre saciavam meu coração
Ou tão secas as almas
Sem que houvesse ninguém
Para a dança da chuva aventurar
Ou se, só, quisesse ouvir A Banda e passar
Sem me olharem como um disco velho que nunca emplacou
Era você que se apresentava
Toda a seca, por um instante, se convertia em ilusão
Havia coqueiros
Rio fluindo
Roupa encharcada
Eu na beira do mar
Acalmava-se meu furacão
Nimbus se dissipavam
Enxergava outras estradas
Em vicinais, achava bicas onde molhava o rosto
Bebia um gole d’agua fazendo de concha a mão
E muito do que me faltava
Por você, poesia, me fartava
Um oásis para minha emoção
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