sexta-feira, 29 de outubro de 2010

Para quando a juventude se for...

Para quando a juventude se for...
Rodolfo Pamplona Filho

Aproveite a novidade
em cada simples momento,
pois os grãos da realidade
da ampulheta do tempo
não retornam jamais...

O tempo não para...
E não para de verdade,
pois a chance se torna rara,
quando se perde a oportunidade
que não se repete mais...

O viço vai passar...
As rugas vão surgir...
Sumirá o brilho no olhar...
Os efeitos inexoráveis vão surtir...
E não dá para ir para trás...

E a beleza que permanece
não é necessariamente no corpo,
mas, sim, na alma...
Ah, a alma...
Esta somente envelhece
se a cabeça padece
da falta de prece...
da falta de senso...
da falta de berço...
da falta de norte...
da falta de morte...
da falta de bondade...
da falta de boa vontade...
da falta de fé...

Salvador, 05 de setembro de 2010, um domingo de recordação de amigos e amores passados...

2 comentários:

  1. Lindo! Nao tenho outra palavra pra expressar o sentimento que invadiu minha alma com a leitura desse poema! Obrigada! Estou na porta da maturidade, abri e estou entrando, visualizando o modo de vida que me aguarda... tão bom viver!
    Com consideraçao e respeito meu abraço pra vc que, embora tao jovem, ja vislumbra a sabedoria.

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  2. Prezada anônima

    Fico feliz que este singelo poema tenha tocado o seu coração.
    Abraços,

    RPF

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