sábado, 21 de janeiro de 2012

Tempo

Tempo

Rodolfo Pamplona Filho

Na infância,
o tempo flui
em ritmo de lesma.
Quando se cresce,
parece ser veloz
como uma gazela.
Se, no relógio, porém,
a velocidade será
sempre a mesma,
a percepção
variará em função
da carência que se sente...

O tempo não é cruel,
nem severo,
ou sequer fatal!
O que não volta
é a oportunidade
perdida no final!
Por isso, é preciso
aproveitar cada momento
que o próprio tempo
reserva, sem pressa,
para ser vivido, aproveitado
ou, no mínimo, não desperdiçado.

Tempo, tempo, tempo, tempo...
Salvador, 10 de julho de 2011.

4 comentários:

  1. Prezada Herika Michely
    Que bom que gostou!
    Fico feliz com isso!
    Beijos,
    RPF

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  2. Poeta,
    O poema é lindo! Os três primeiros versos me lembraram muito o poeta Manoel de Barros, conhece? Achei tão delicado e, toda essa primeira estrófe, tão verdadeira.
    Dos fenômenos relacionados ao correr do tempo, acho dos mais interessantes aquele que se refere ao tempo do amor, ao tempo com a pessoa amada: por mais horas que se tenha junto, elas nunca parecem suficientes para se realizar o que vai por dentro do peito dos amantes. O amor, de fato, relativiza o tempo.
    Esse poema é especial!
    Beijos,
    Beatriz.

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  3. Oi, Beatriz!
    Este poema definitivamente é muito especial para mim!
    Conheço algumas coisas, sim, de Manoel de Barros e gostei de tudo que li...
    E, definitivamente, o amor é o maior relativizador do tempo...
    Beijos,
    RPF

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