terça-feira, 11 de outubro de 2016

O gládio



Ricardo Albuquerque 

Repetidas vezes temos encravado em nossa própria alma “os gládios”... Angústias que nos oprimem de diversas formas, razões (sem razões) e circunstâncias. Geram dores. A dor que nos afasta das consolações é, também, a que nos aproxima... Reaproxima. Após o caos do esvaziamento causado pelos tantos gládios lançados contra nós na arena... Surge, por Graça Divina, outra espada de dois gumes; de dois fios: viva e eficaz, e mais penetrante do que espada alguma de dois gumes, e penetra até à divisão da alma e do espírito, e das juntas e medulas, e é apta para discernir os pensamentos e intenções do coração. A PALAVRA é gládio que restaura; Espada que contribui para a reconstrução. Renova o pacto. Faz reviver a alma do fiel que luta na “arena” das tamanhas provações. Cristo é a palavra. Estrela da vida inteira. “No princípio era o verbo, e o verbo estava com Deus e o verbo era Deus. ”

Mesmo quando tudo, aparentemente, perdem-se. Quando as esperanças esvaem-se em vivo sangue, é nesta hora, que nos vem a ordem do Pai das Luzes: Estejam na sua garganta os altos louvores a Deus, e espada de dois fios nas suas mãos! O gládio da palavra vencerá o punhal pérfido e cortante do tentador que vos quer matar. As ruas e os muros se reedificarão. Sim. São tempos angustiosos, todavia, a espada de dois gumes vai trabalhar exaustivamente para todos quantos esperam e confiam NELA.

Os tempos difíceis e trabalhosos fazem parte dos ciclos de Deus. O gládio que nos fere tão profundamente, deixando lá, cicatrizes inapagáveis; irremediáveis; Contribui para nos fazer aptos, preparados para toda a boa obra. É um degrau a mais na escala da maturidade, aliás, todo novo degrau de maturidade é uma travessia. E toda a travessia comporta riscos, medos, traumas, sobressaltos, impressão de que não se vai conseguir concluí-la. Toda mudança constitui-se em morte e ressurreição. Para que a palavra de Cristo fosse multiplicada na aldeia de Betânia, foi preciso a própria palavra fazer enfermar a Lázaro, amigo de Cristo, e fazê-lo, igualmente, morrer. Para que após a ressurreição, a palavra de Cristo fosse propagada, anunciada, multiplicada! Aleluia. Aos que levam em si a marca de um plano eterno de Deus, a estes, não cabe (nem caberá jamais) a possibilidade de desistência, pois a palavra DELE cumprirá com tudo o que lhe apraz, e faz o bem no tempo oportuno, em que a justiça e a paz se beijarão... E, se Deus escolheu-te; escolheu-nos para sermos os próprios tabernáculos DELE, onde ELE habita, não temos, sequer, o direito de implodir os sagrados planos DELE. Os projetos do Eterno, os sonhos DELE em ti, em mim, serão cumpridos em Cristo. O gládio da palavra chegou hoje, fazendo cessar a marcha implacável do tentador contra ti, querendo saquear a fé perfeita em Deus, intentando que morras de saudade da paz e das consolações de Deus. Mas seja bendita esta mensagem que lhe anuncia a chegada da bendita palavra da liberdade! Caem as cadeias. Quebram portas e cadeias. Chegou o Mestre Divinal!

Lute... Lute... Empunhando o gládio da palavra. Sê tu o gladiador de Deus. Ninguém está autorizado a ofuscar o seu brilho, porque não é o teu brilho, mas o brilho é Cristo que em ti habita pela fé. Cessa hoje todo o entenebrecimento e a ordem da palavra de Cristo é clara: A sua alvorada! Esta mensagem soará aos ouvidos da alma tua como o toque de uma canção anunciando o raiar do sol! 

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