Entre Heiddeger, Drumond e Cerqueira
Compartilho, contigo, esta lágrima doída
Que me vem com os sopros da vida
E me lança num poço sem fim.
E um nada é o que me sinto – me transmudo
E em silêncio é que me deixo – fico mudo
Mil distâncias latejam em mim.
Se acaso me chamasse Raimundo
Sairia da rima, encontraria solução;
Mas não passo de um ser-no-mundo
A clamar mil cuidados, atenção.
Mas inda tenho, da vida, estes versos pobres
Que me vêm na garganta, desatando nós;
E ainda tenho, de ti, tua compreensão,
Já que nada é de pedra entre nós.
11.10.11
Lendo “Soneto da compreensão”, de Rodolfo Pamplona Filho.
Prof. Pedro CamiloProfessor Auxiliar de Direito Penal da Universidade do Estado da Bahia - UNEB - Campus VIII - Paulo Afonso
Mestrando em Direito Público pela Universidade Federal da Bahia - UFBA
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