quinta-feira, 25 de abril de 2013

plurisubjetividade

plurisubjetividade


Reilan dos Reis

Na cortina de fumaça até tem fumos de boa-praça
Mas a alma é mesmo abastada de cobiça e trapaça
A mesma que te alça o punhal e mata
Beija- lhe a fronte e ergue uma taça

Sei muito bem como é ruim
Ser dia e noite um estopim
Que assim aceso vai buscar o próprio fim
Para uma vez morto viver como James Dean
Deus perdoe o mal que habita em mim

Finjo não saber que a alma é uma Desdêmona culpada.
E creio infinitamente na sua palavra falada.
Recolho-me ao conforto
E sou tudo
Surdo
Pouco
Nada.

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