Sabedoria Popular Tecnologizada
(Velhos ditados, agora repaginados)
*COMO ESTAREMOS NA
ERA DIGITAL...*.
*Como estamos** **na "Era Digital",** **foi necessário
rever** **os velhos
ditados** **existentes e adaptá-los à nova** **realidade.
*
*1. A** pressa é inimiga da conexão.* *
2. Amigos, amigos, senhas à
parte.* *
3. A arquivo dado não se olha o formato.* *
4. Diga-me que chat
frequentas e te direi quem és.* *
5. Para bom provedor uma senha basta.*
*
6. Não adianta chorar sobre arquivo deletado.* *
7. Em briga de
namorados virtuais não se mete o mouse.* *
8. Hacker que ladra, não morde.*
*
9. Mais vale um arquivo no HD do que dois baixando.* *
10. Mouse sujo se
limpa em casa.* *
11. Melhor prevenir do que formatar.* *
12. Quando um
não quer, dois não teclam.* *
13. Quem clica seus males multiplica.* *
14.
Quem com vírus infecta, com vírus será infectado.* *
15. Quem envia o que
quer, recebe o que não quer...* *
16. Quem não tem banda larga, caça com
modem.* *
17. Quem semeia e-mails, colhe spams.* *
18. Quem tem dedo vai a
Roma.com* *
19. Vão-se os arquivos, ficam os back-ups.* *
20. Diga-me que
computador tens e dir-te-ei quem és.* *
21. Uma impressora disse para outra:
- Essa folha é sua ou é impressãominha.
* *
22. Aluno de informática não
cola, faz backup.* *
23. Na informática nada se perde nada se cria. Tudo se
copia... E depois se
cola.*
Blog para ler e pensar... Um texto por dia... é a promessa... Ficarei muito feliz em ler e saber o que cada palavra despertou... Se você quiser compartilhar um texto, não hesite em mandar para rpf@rodolfopamplonafilho.com.br. Aqui, não compartilho apenas os meus textos, mas de poetas que eu já admiro e de todas as pessoas que queiram viajar comigo na poesia... Se quiser conhecer somente a minha poesia, acesse o blog rpf-poesia.blogspot.com.br. Espero que goste... Ficarei feliz com isso...
sexta-feira, 31 de maio de 2013
quinta-feira, 30 de maio de 2013
Sobre Quebra de Barreiras
Sobre
Quebra de Barreiras
Rodolfo Pamplona Filho
Quem tem algo, hoje,
contra a mulher samaritana?
Que médico moderno não tocaria
na mulher com fluxo de sangue?
E há pecado, na visão do presente,
em ser gentio ou publicano?
Ao que consta,
a barreira caiu há muito,
como o véu do tabernáculo
também já se rompeu...
Se isso está assentado,
troque, então, o termo usado
por muçulmano, polígamo,
prostituta ou homossexual,
para saber que, ao final,
talvez ainda haja
muitas outras barreiras
para conhecer e romper...
contra a mulher samaritana?
Que médico moderno não tocaria
na mulher com fluxo de sangue?
E há pecado, na visão do presente,
em ser gentio ou publicano?
Ao que consta,
a barreira caiu há muito,
como o véu do tabernáculo
também já se rompeu...
Se isso está assentado,
troque, então, o termo usado
por muçulmano, polígamo,
prostituta ou homossexual,
para saber que, ao final,
talvez ainda haja
muitas outras barreiras
para conhecer e romper...
Salvador, 10 de junho
de 2012.
quarta-feira, 29 de maio de 2013
Dia Internacional do Homem
Vocês acham que é fácil ser
homem?
Estamos iniciando uma campanha mundial para a instauração do Dia Internacional do Homem.
Já existe dia da mulher, dia do cachorro, até dia do contador de piada!
Por que não o Dia Internacional do Homem?
Algumas razões para a criação do Dia Internacional do Homem:
1) Quem se veste como pingüim no dia do matrimônio?
R: O humilde homem! ****************************************************
2) Quem é que, apesar do cansaço e do stress, jamais poderá fingir um orgasmo?
R: O sincero homem! *************************************************
3) Quem é o encarregado de matar as baratas da casa?
R: O valente homem!
*******************************************************
4) Quem é que toma banho e se veste em menos de vinte minutos?
R: O ágil homem!
*****************************************************
5) Quem é que tem de gastar consideráveis somas em dinheiro comprando presentes para o dia das mães, da esposa, da secretária e outras festas inventadas pelo homem para satisfazer à mulher?
R: O dadivoso homem! ********************************************************
6) Quem jamais conta uma mentira, mas apenas versões?
R: O ético homem! ************************************************************
7) Quem é obrigado a ver a mulher com os rolinhos nos cabelos e cara cheia de cremes?
R: O compreensivo homem!
*******************************************************
8) Quem tem que passar por uma TPM calado todo mês?
R: O calmo homem! *****************************************************
E mais:
* A tortura de ter que usar terno no verão.. * O suplício de fazer a barba todo dia.
* O desespero de uma cueca apertada.
* Viver sob o permanente risco de ter que entrar numa briga.
* Pilotar a churrasqueira nos fins de semana enquanto todas se divertem.
* Ter sempre que resolver os problemas do carro.
* Ter a obrigação de ser um atleta sexual. * Ter que notar a roupa nova dela.
* Ter que notar que ela mudou de perfume.
* Ter que notar que ela trocou a tintura do cabelo de Imédia 713 para a 731 louro bege salmon plus up light forever.
* Ter que notar que ela cortou o cabelo, mesmo que seja somente um centímetro.. * Ter que jamais reparar que ela tem um pouco de celulite.
* Ter que jamais dizer que ela engordou, mesmo que isto seja a pura verdade e que ela parece uma
baleia orca ou um bicho em extinção. * Trabalhar pra cacete em prol de uma família que reclama que você trabalha pra cacete!
E depois as mulheres ainda acham que é fácil ser homem, só porque nós não menstruamos. ..
Caso fosse assim, aí nós seríamos até santificados !
É por tudo isso que estamos lançando a campanha do DIA DO HOMEM
o dia 01 de Novembro (DIA DE TODOS OS SANTOS)
Estamos iniciando uma campanha mundial para a instauração do Dia Internacional do Homem.
Já existe dia da mulher, dia do cachorro, até dia do contador de piada!
Por que não o Dia Internacional do Homem?
Algumas razões para a criação do Dia Internacional do Homem:
1) Quem se veste como pingüim no dia do matrimônio?
R: O humilde homem! ****************************************************
2) Quem é que, apesar do cansaço e do stress, jamais poderá fingir um orgasmo?
R: O sincero homem! *************************************************
3) Quem é o encarregado de matar as baratas da casa?
R: O valente homem!
*******************************************************
4) Quem é que toma banho e se veste em menos de vinte minutos?
R: O ágil homem!
*****************************************************
5) Quem é que tem de gastar consideráveis somas em dinheiro comprando presentes para o dia das mães, da esposa, da secretária e outras festas inventadas pelo homem para satisfazer à mulher?
R: O dadivoso homem! ********************************************************
6) Quem jamais conta uma mentira, mas apenas versões?
R: O ético homem! ************************************************************
7) Quem é obrigado a ver a mulher com os rolinhos nos cabelos e cara cheia de cremes?
R: O compreensivo homem!
*******************************************************
8) Quem tem que passar por uma TPM calado todo mês?
R: O calmo homem! *****************************************************
E mais:
* A tortura de ter que usar terno no verão.. * O suplício de fazer a barba todo dia.
* O desespero de uma cueca apertada.
* Viver sob o permanente risco de ter que entrar numa briga.
* Pilotar a churrasqueira nos fins de semana enquanto todas se divertem.
* Ter sempre que resolver os problemas do carro.
* Ter a obrigação de ser um atleta sexual. * Ter que notar a roupa nova dela.
* Ter que notar que ela mudou de perfume.
* Ter que notar que ela trocou a tintura do cabelo de Imédia 713 para a 731 louro bege salmon plus up light forever.
* Ter que notar que ela cortou o cabelo, mesmo que seja somente um centímetro.. * Ter que jamais reparar que ela tem um pouco de celulite.
* Ter que jamais dizer que ela engordou, mesmo que isto seja a pura verdade e que ela parece uma
baleia orca ou um bicho em extinção. * Trabalhar pra cacete em prol de uma família que reclama que você trabalha pra cacete!
E depois as mulheres ainda acham que é fácil ser homem, só porque nós não menstruamos. ..
Caso fosse assim, aí nós seríamos até santificados !
É por tudo isso que estamos lançando a campanha do DIA DO HOMEM
o dia 01 de Novembro (DIA DE TODOS OS SANTOS)
terça-feira, 28 de maio de 2013
Foco
Foco
Rodolfo Pamplona Filho
É preciso ter foco!
Mas como ter
se amar me faz perder?
Se Amar tira o meu foco,
nao precisa tirar o seu
e nem precisa tirar de ninguém,
pois nao é o amor que tira o foco,
mas, sim, o foco que se dá
ao amor e à vida!
Onde está o seu amor?
Ali estará o seu foco...
Mas como ter
se amar me faz perder?
Se Amar tira o meu foco,
nao precisa tirar o seu
e nem precisa tirar de ninguém,
pois nao é o amor que tira o foco,
mas, sim, o foco que se dá
ao amor e à vida!
Onde está o seu amor?
Ali estará o seu foco...
Salvador, 09 de junho
de 2012.
segunda-feira, 27 de maio de 2013
SONETO DO DESMANTELO AZUL
SONETO DO DESMANTELO AZUL
Carlos Penna Filho
Então, pintei de azul os meus sapatos
por não poder de azul pintar as ruas,
depois, vesti meus gestos insensatos
e colori as minhas mãos e as tuas,
Para extinguir em nós o azul ausente
e aprisionar no azul as coisas gratas,
enfim, nós derramamos simplesmente
azul sobre os vestidos e as gravatas.
E afogados em nós, nem nos lembramos
que no excesso que havia em nosso espaço
pudesse haver de azul também cansaço.
E perdidos de azul nos contemplamos
e vimos que entre nós nascia um sul
vertiginosamente azul. Azul.
Carlos Penna Filho
Então, pintei de azul os meus sapatos
por não poder de azul pintar as ruas,
depois, vesti meus gestos insensatos
e colori as minhas mãos e as tuas,
Para extinguir em nós o azul ausente
e aprisionar no azul as coisas gratas,
enfim, nós derramamos simplesmente
azul sobre os vestidos e as gravatas.
E afogados em nós, nem nos lembramos
que no excesso que havia em nosso espaço
pudesse haver de azul também cansaço.
E perdidos de azul nos contemplamos
e vimos que entre nós nascia um sul
vertiginosamente azul. Azul.
domingo, 26 de maio de 2013
Soneto da Volta do Vencedor
Soneto
da Volta do Vencedor
Rodolfo Pamplona Filho
Como é bom soltar o grito
há muito preso na garganta
e que honestamente admito
não agüentava a retranca
de ficar apenas a contemplar
o honroso pódio de campeão,
aquele que era meu lugar
por destino e vibração.
A fila acabou finalmente...
É hora de comemorar
o título de toda uma gente
há muito preso na garganta
e que honestamente admito
não agüentava a retranca
de ficar apenas a contemplar
o honroso pódio de campeão,
aquele que era meu lugar
por destino e vibração.
A fila acabou finalmente...
É hora de comemorar
o título de toda uma gente
que fez por merecer
no campo, por lutar e vibrar
por quem hei sempre de torcer.
no campo, por lutar e vibrar
por quem hei sempre de torcer.
Salvador, 13 de maio
de 2012.
sábado, 25 de maio de 2013
Curiosidades do meio literário
O escritor Wolfgang von Goethe escrevia em pé. Ele mantinha em sua casa
uma
escrivaninha alta.
O escritor Pedro Nava parafusava os móveis de sua casa a fim de que ninguém
os tirasse do lugar.
Gilberto Freyre nunca manuseou aparelhos eletrônicos. Não sabia ligar sequer
uma televisão. Todas as obras foram escritas a bico de pena, como o mais
extenso de seus livros, Ordem e Progresso, de 703 páginas.
Euclides da Cunha, Superintendente de Obras Públicas de São Paulo, foi
engenheiro responsável pela construção de uma ponte em São José do Rio Pardo
(SP).. A obra demorou três anos para ficar pronta e, alguns meses depois de
inaugurada, a ponte simplesmente ruiu. Ele não se deu por vencido e a
reconstruiu. Mas, por via das dúvidas, abandonou a carreira de engenheiro.
Machado de Assis, nosso grande escritor, ultrapassou tanto as barreiras
sociais bem como físicas. Machado teve uma infância sofrida pela pobreza e
ainda era míope, gago e sofria de epilepsia. Enquanto escrevia Memórias
Póstumas de Brás Cubas, Machado foi acometido por uma de suas piores crises
intestinais, com complicações para sua frágil visão. Os médicos recomendaram
três meses de descanso em Petrópolis. Sem poder ler nem redigir, ditou
grande parte do romance para a esposa, Carolina.
Graciliano Ramos era ateu convicto, mas tinha uma Bíblia na cabeceira só
para apreciar os ensinamentos e os elementos de retórica. Por insistência da
sogra, casou na igreja com Maria Augusta, católica fervorosa, mas exigiu que
a cerimônia ficasse restrita aos pais do casal. No segundo casamento, com
Heloísa, evitou transtornos: casou logo no religioso.
Aluísio de Azevedo tinha o hábito de, antes de escrever seus romances,
desenhar e pintar, sobre papelão, as personagens principais mantendo-as em
sua mesa de trabalho, enquanto escrevia.
José Lins do Rego era fanático por futebol. Foi diretor do Flamengo, do Rio,
e chegou a chefiar a delegação brasileira no Campeonato Sul-Americano, em
1953.
Aos dezessete anos, Carlos Drummond de Andrade foi expulso do Colégio
Anchieta, em Nova Friburgo (RJ), depois de um desentendimento com o
professor de português. Imitava com perfeição a assinatura dos outros.
Falsificou a do chefe durante anos para lhe poupar trabalho. Ninguém notou.
Tinha a mania de picotar papel e tecidos. "Se não fizer isso, saio matando
gente pela rua". Estraçalhou uma camisa nova em folha do neto.
"Experimentei, ficou apertada, achei que tinha comprado o número errado. Mas
não se impressione, amanhã lhe dou outra igualzinha."
Numa das viagens a Portugal, Cecília Meireles marcou um encontro com o poeta
Fernando Pessoa no café A Brasileira, em Lisboa. Sentou-se ao meio-dia e
esperou em vão até as duas horas da tarde. Decepcionada, voltou para o
hotel, onde recebeu um livro autografado pelo autor lusitano. Junto com o
exemplar, a explicação para o "furo": Fernando Pessoa tinha lido seu
horóscopo pela manhã e concluído que não era um bom dia para o encontro.
Érico Veríssimo era quase tão taciturno quanto o filho Luís Fernando, também
escritor. Numa viagem de trem a Cruz Alta, Érico fez uma pergunta que o
filho respondeu quatro horas depois, quando chegavam à estação final.
Clarice Lispector era solitária e tinha crises de insônia. Ligava para os
amigos e dizia coisas perturbadoras. Imprevisível, era comum ser convidada
para jantar e ir embora antes de a comida ser servida.
Monteiro Lobato adorava café com farinha de milho, rapadura e içá torrado (a
bolinha traseira da formiga tanajura), além de Biotônico Fontoura. "Para
ele, era licor", diverte-se Joyce, a neta do escritor. Também tinha mania de
consertar tudo. "Mas para arrumar uma coisa, sempre quebrava outra."
Manuel Bandeira sempre se gabou de um encontro com Machado de Assis, aos dez
anos, numa viagem de trem. Puxou conversa: "O senhor gosta de Camões?"
Bandeira recitou uma oitava de Os Lusíadas que o mestre não lembrava. Na
velhice, confessou: era mentira. Tinha inventado a história para
impressionar os amigos. Foi escoteiro dos nove aos treze anos. Nadador do
Minas Tênis Clube, ganhou o título de campeão mineiro em 1939, no estilo
costas.
Guimarães Rosa, médico recém-formado, trabalhou em lugarejos que não
constavam no mapa. Cavalgava a noite inteira para atender a pacientes que
viviam em longínquas fazendas. As consultas eram pagas com bolo, pudim,
galinha e ovos. Sentia-se culpado quando os pacientes morriam. Acabou
abandonando a profissão.. "Não tinha vocação.. Quase desmaiava ao ver
sangue", conta Agnes, a filha mais nova.
Mário de Andrade provocava ciúmes no antropólogo Lévi-Strauss porque era
muito amigo da mulher dele, Dina. Só depois da morte de Mário, o francês
descobriu que se preocupava em vão. O escritor era homossexual.
Vinícius de Moraes, casado com Lila Bosco, no início dos anos 50, morava num
minúsculo apartamento em Copacabana. Não tinha geladeira. Para aguentar o
calor, chupava uma bala de hortelã e, em seguida, bebia um copo de água para
ter sensação refrescante na boca.
José Lins do Rego foi o primeiro a quebrar as regras na ABL, em 1955. Em vez
de elogiar o antecessor, como de costume, disse que Ataulfo de Paiva não
poderia ter ocupado a cadeira por faltar-lhe vocação.
Jorge Amado para autorizar a adaptação de Gabriela para a tevê, impôs que o
papel principal fosse dado a Sônia Braga. "Por quê?", perguntavam os
jornalistas, Jorge respondeu: "O motivo é simples: nós somos amantes." Ficou
todo mundo de boca aberta. O clima ficou mais pesado quando Sônia apareceu.
Mas ele se levantou e, muito formal disse: "Muito prazer, encantado." Era
piada. Os dois nem se conheciam até então.
O poeta Pablo Neruda colecionava de quase tudo: conchas, navios em
miniatura, garrafas e bebidas, máscaras, cachimbos, insetos, quase tudo que
lhe dava na cabeça.
Vladimir Maiakóvski tinha o que atualmente chamamos de Transtorno
Obsessivo-compulsivo (TOC). O poeta russo tinha mania de limpeza e costumava
lavar as mãos diversas vezes ao dia, numa espécie de ritual repetitivo e
obsessivo.
A preocupação excessiva com doenças fazia com que o escritor de origem
tcheca Franz Kafka usasse roupas leves e só dormisse de janelas abertas –
para que o ar circulasse -, mesmo no rigoroso inverno de Praga.
O escritor norte-americano Ernest Hemingway passou boa parte de sua vida
tratando de problemas de depressão. Apesar da ajuda especializada, o
escritor foi vencido pela tristeza e amargura crônicas. Hemingway deu fim à
própria vida com um tiro na cabeça.
O poeta português Fernando Pessoa tinha o hábito de escrever sob diversos
heterônimos, cada qual com estilo e biografia próprios. Entre os heterônimos
adotados estão Ricardo Reis, Alberto Caieiro e Álvaro de Campos.
escrivaninha alta.
O escritor Pedro Nava parafusava os móveis de sua casa a fim de que ninguém
os tirasse do lugar.
Gilberto Freyre nunca manuseou aparelhos eletrônicos. Não sabia ligar sequer
uma televisão. Todas as obras foram escritas a bico de pena, como o mais
extenso de seus livros, Ordem e Progresso, de 703 páginas.
Euclides da Cunha, Superintendente de Obras Públicas de São Paulo, foi
engenheiro responsável pela construção de uma ponte em São José do Rio Pardo
(SP).. A obra demorou três anos para ficar pronta e, alguns meses depois de
inaugurada, a ponte simplesmente ruiu. Ele não se deu por vencido e a
reconstruiu. Mas, por via das dúvidas, abandonou a carreira de engenheiro.
Machado de Assis, nosso grande escritor, ultrapassou tanto as barreiras
sociais bem como físicas. Machado teve uma infância sofrida pela pobreza e
ainda era míope, gago e sofria de epilepsia. Enquanto escrevia Memórias
Póstumas de Brás Cubas, Machado foi acometido por uma de suas piores crises
intestinais, com complicações para sua frágil visão. Os médicos recomendaram
três meses de descanso em Petrópolis. Sem poder ler nem redigir, ditou
grande parte do romance para a esposa, Carolina.
Graciliano Ramos era ateu convicto, mas tinha uma Bíblia na cabeceira só
para apreciar os ensinamentos e os elementos de retórica. Por insistência da
sogra, casou na igreja com Maria Augusta, católica fervorosa, mas exigiu que
a cerimônia ficasse restrita aos pais do casal. No segundo casamento, com
Heloísa, evitou transtornos: casou logo no religioso.
Aluísio de Azevedo tinha o hábito de, antes de escrever seus romances,
desenhar e pintar, sobre papelão, as personagens principais mantendo-as em
sua mesa de trabalho, enquanto escrevia.
José Lins do Rego era fanático por futebol. Foi diretor do Flamengo, do Rio,
e chegou a chefiar a delegação brasileira no Campeonato Sul-Americano, em
1953.
Aos dezessete anos, Carlos Drummond de Andrade foi expulso do Colégio
Anchieta, em Nova Friburgo (RJ), depois de um desentendimento com o
professor de português. Imitava com perfeição a assinatura dos outros.
Falsificou a do chefe durante anos para lhe poupar trabalho. Ninguém notou.
Tinha a mania de picotar papel e tecidos. "Se não fizer isso, saio matando
gente pela rua". Estraçalhou uma camisa nova em folha do neto.
"Experimentei, ficou apertada, achei que tinha comprado o número errado. Mas
não se impressione, amanhã lhe dou outra igualzinha."
Numa das viagens a Portugal, Cecília Meireles marcou um encontro com o poeta
Fernando Pessoa no café A Brasileira, em Lisboa. Sentou-se ao meio-dia e
esperou em vão até as duas horas da tarde. Decepcionada, voltou para o
hotel, onde recebeu um livro autografado pelo autor lusitano. Junto com o
exemplar, a explicação para o "furo": Fernando Pessoa tinha lido seu
horóscopo pela manhã e concluído que não era um bom dia para o encontro.
Érico Veríssimo era quase tão taciturno quanto o filho Luís Fernando, também
escritor. Numa viagem de trem a Cruz Alta, Érico fez uma pergunta que o
filho respondeu quatro horas depois, quando chegavam à estação final.
Clarice Lispector era solitária e tinha crises de insônia. Ligava para os
amigos e dizia coisas perturbadoras. Imprevisível, era comum ser convidada
para jantar e ir embora antes de a comida ser servida.
Monteiro Lobato adorava café com farinha de milho, rapadura e içá torrado (a
bolinha traseira da formiga tanajura), além de Biotônico Fontoura. "Para
ele, era licor", diverte-se Joyce, a neta do escritor. Também tinha mania de
consertar tudo. "Mas para arrumar uma coisa, sempre quebrava outra."
Manuel Bandeira sempre se gabou de um encontro com Machado de Assis, aos dez
anos, numa viagem de trem. Puxou conversa: "O senhor gosta de Camões?"
Bandeira recitou uma oitava de Os Lusíadas que o mestre não lembrava. Na
velhice, confessou: era mentira. Tinha inventado a história para
impressionar os amigos. Foi escoteiro dos nove aos treze anos. Nadador do
Minas Tênis Clube, ganhou o título de campeão mineiro em 1939, no estilo
costas.
Guimarães Rosa, médico recém-formado, trabalhou em lugarejos que não
constavam no mapa. Cavalgava a noite inteira para atender a pacientes que
viviam em longínquas fazendas. As consultas eram pagas com bolo, pudim,
galinha e ovos. Sentia-se culpado quando os pacientes morriam. Acabou
abandonando a profissão.. "Não tinha vocação.. Quase desmaiava ao ver
sangue", conta Agnes, a filha mais nova.
Mário de Andrade provocava ciúmes no antropólogo Lévi-Strauss porque era
muito amigo da mulher dele, Dina. Só depois da morte de Mário, o francês
descobriu que se preocupava em vão. O escritor era homossexual.
Vinícius de Moraes, casado com Lila Bosco, no início dos anos 50, morava num
minúsculo apartamento em Copacabana. Não tinha geladeira. Para aguentar o
calor, chupava uma bala de hortelã e, em seguida, bebia um copo de água para
ter sensação refrescante na boca.
José Lins do Rego foi o primeiro a quebrar as regras na ABL, em 1955. Em vez
de elogiar o antecessor, como de costume, disse que Ataulfo de Paiva não
poderia ter ocupado a cadeira por faltar-lhe vocação.
Jorge Amado para autorizar a adaptação de Gabriela para a tevê, impôs que o
papel principal fosse dado a Sônia Braga. "Por quê?", perguntavam os
jornalistas, Jorge respondeu: "O motivo é simples: nós somos amantes." Ficou
todo mundo de boca aberta. O clima ficou mais pesado quando Sônia apareceu.
Mas ele se levantou e, muito formal disse: "Muito prazer, encantado." Era
piada. Os dois nem se conheciam até então.
O poeta Pablo Neruda colecionava de quase tudo: conchas, navios em
miniatura, garrafas e bebidas, máscaras, cachimbos, insetos, quase tudo que
lhe dava na cabeça.
Vladimir Maiakóvski tinha o que atualmente chamamos de Transtorno
Obsessivo-compulsivo (TOC). O poeta russo tinha mania de limpeza e costumava
lavar as mãos diversas vezes ao dia, numa espécie de ritual repetitivo e
obsessivo.
A preocupação excessiva com doenças fazia com que o escritor de origem
tcheca Franz Kafka usasse roupas leves e só dormisse de janelas abertas –
para que o ar circulasse -, mesmo no rigoroso inverno de Praga.
O escritor norte-americano Ernest Hemingway passou boa parte de sua vida
tratando de problemas de depressão. Apesar da ajuda especializada, o
escritor foi vencido pela tristeza e amargura crônicas. Hemingway deu fim à
própria vida com um tiro na cabeça.
O poeta português Fernando Pessoa tinha o hábito de escrever sob diversos
heterônimos, cada qual com estilo e biografia próprios. Entre os heterônimos
adotados estão Ricardo Reis, Alberto Caieiro e Álvaro de Campos.
sexta-feira, 24 de maio de 2013
Douçura
Douçura
Rodolfo Pamplona Filho
Doçura é o gosto,
o sentimento
e a vontade.
Doçura é a vida,
a presença
e a saudade
Doçura é o amor,
a certeza
e o frescor.
Douçura, porém,
é a palavra que está além
e significa o investimento
em um sentimento.
Douçura...
o sentimento
e a vontade.
Doçura é a vida,
a presença
e a saudade
Doçura é o amor,
a certeza
e o frescor.
Douçura, porém,
é a palavra que está além
e significa o investimento
em um sentimento.
Douçura...
Salvador, 12 de maio
de 2012.
quinta-feira, 23 de maio de 2013
Quatro Coisas
"Vou lhe dizer
Quatro coisas essenciais
A primeira é que o nosso amor
Não irá terminar jamais
A outra é
Que a memória de amor igual
É possível que esteja até
Na história de outro casal
Número três
Mesmo que exista por aí
Outra história de amor assim
Não sera como foi pra nós
A quarta então
Tranquilize seu coração
Nosso amor virou pedra e não
Temos força pra quebrar não"
Quatro coisas essenciais
A primeira é que o nosso amor
Não irá terminar jamais
A outra é
Que a memória de amor igual
É possível que esteja até
Na história de outro casal
Número três
Mesmo que exista por aí
Outra história de amor assim
Não sera como foi pra nós
A quarta então
Tranquilize seu coração
Nosso amor virou pedra e não
Temos força pra quebrar não"
quarta-feira, 22 de maio de 2013
Choro de Saudade
Choro
de Saudade
Rodolfo Pamplona Filho
A lágrima corre
não por uma dor física,
mas por uma ferida que reabre
toda vez que você se vai...
O choro cai pesado,
como um fardo carregado,
em que não posso suportar
a tristeza que não quer passar...
Choro, sim,
mas choro de saudade,
pela certeza de que sua presença
é minha maior necessidade...
não por uma dor física,
mas por uma ferida que reabre
toda vez que você se vai...
O choro cai pesado,
como um fardo carregado,
em que não posso suportar
a tristeza que não quer passar...
Choro, sim,
mas choro de saudade,
pela certeza de que sua presença
é minha maior necessidade...
Salvador, 12 de maio
de 2012.
terça-feira, 21 de maio de 2013
Livro é vida
Livro é vida
Aline Malheiros Rocha Vidal
O Livro é vida, esplendor,
É drama, comédia... é amor
Que nos induz a sonhar;
Transpor nas atitudes
Cativantes virtudes,
Que as palavras podem dar.
As palavras dizem a nós
Que nunca estaremos sós,
Que Deus tudo provê;
No mundo nada se crea
E que possamos um dia
A natureza compreender.
No Livro da vida,
Se escreve a cada dia;
É composto onde for,
Na alegria e na tristeza,
Na dor pondo beleza;
Transpondo em paz e amor.
O Livro é uma plaga,
Em todo o mundo vaga;
É o templo da redenção.
Sol de ouro esquecido;
Pelo sábio é esculpido
Em sagrada criação.
Caminhai, avante Vida!
Tão terna, tão querida,
Como a pétala de uma flor;
Que perpassa nas folhagens,
Embeleza as paisagens
Com o perfume do amor.
segunda-feira, 20 de maio de 2013
Proteção
Proteção
Rodolfo Pamplona Filho
Como você me protegeria,
se fosse meu marido?
Como você me mostraria
o sentimento de ter guarida
nesta longa estrada da vida?
Como você me abraçaria,
se eu fosse sua mulher?
Como você me entregaria
o seu corpo e seu coração
para cantar juntos uma canção?
Como a vida seria,
se isso não fosse uma fantasia,
se o sonho virasse verdade
e se o delírio se tornasse realidade,
convertendo a solidão em proteção.
Salvador, 12 de maio
de 2012.
domingo, 19 de maio de 2013
Como eu nunca lutei para deixar-te nada além do
amanhã indispensável: um quintal de terra verde onde corra, quem sabe, um
córrego pensativo; e nessa terra, um teto simples onde possas ocultar a terrível
herança que te deixou teu pai apaixonado - a insensatez de um coração
constantemente apaixonado.
E porque te fiz com o meu sêmen homem entre os homens, e te quisera para sempre escravo do dever de zelar por esse alqueire, não porque seja meu, mas porque foi plantado com os frutos da minha mais dolorosa poesia.
Da mesma forma que eu, muitas noite, me debrucei sobre o teu berço e verti sobre teu pequenino corpo adormecido as minhas mais indefesas lágrimas de amor, e pedi a todas as divindades que cravassem na minha carne as farpas feitas para a tua.
E porque vivemos tanto tempo juntos e tanto tempo separados, e o que o convívio criou nunca a ausência pôde destruir.Assim como eu creio em ti porque nasceste do amor e cresceste no âmago de mim como uma árvore dentro de outra, e te alimentaste de minhas vísceras, e ao te fazeres homem rompeste meu alburno e estiraste os braços para um futuro em que acreditei acima de tudo.
E sendo que reconheço nos teus pés os pés do menino que eu fui um dia, em frente ao mar; e na aspereza de tuas plantas as grandes pedras que grimpei e os altos troncos que subi; em tuas palmas as queimaduras do Infinito que procurei como um louco tocar.
Porque tua barba vem da minha barba, e o teu sexo do meu sexo, e há em ti a semente da morte criada por minha vida.E minha vida, mais que ser um templo, é uma caverna interminável, em cujo recesso esconde-se um tesouro que me foi legado por meu pai, mas cujo esconderijo eu nunca encontrei, e cuja descoberta ora te peço.
Como as amplas estradas da mocidade se transformaram nestas estreitas veredas da madureza, e o Sol que se põe atrás de mim alonga a minha sombra como uma seta em direção ao tenebroso Norte.
E a Morte me espera em algum lugar oculta, e eu não quero ter medo de ir ao seu inesperado encontro.
Por isso que eu chorei tantas lágrimas para que não precisasse chorar, sem saber que criava um mar de pranto em cujos vórtices te haverias também de perder.E amordacei minha boca para que não gritasses e ceguei meus olhos para que não visses; e quanto mais amordaçado, mais gritavas; e quanto mais cego, mais vias.
Porque a poesia foi para mim uma mulher cruel em cujos braços me abandonei sem remissão, sem sequer pedir perdão a todas as mulheres que por ela abandonei.
E assim como sei que toda a minha vida foi uma luta para que ninguém tivesse mais que lutar:
Assim é o canto que te quero cantar, Pedro meu filho...
E porque te fiz com o meu sêmen homem entre os homens, e te quisera para sempre escravo do dever de zelar por esse alqueire, não porque seja meu, mas porque foi plantado com os frutos da minha mais dolorosa poesia.
Da mesma forma que eu, muitas noite, me debrucei sobre o teu berço e verti sobre teu pequenino corpo adormecido as minhas mais indefesas lágrimas de amor, e pedi a todas as divindades que cravassem na minha carne as farpas feitas para a tua.
E porque vivemos tanto tempo juntos e tanto tempo separados, e o que o convívio criou nunca a ausência pôde destruir.Assim como eu creio em ti porque nasceste do amor e cresceste no âmago de mim como uma árvore dentro de outra, e te alimentaste de minhas vísceras, e ao te fazeres homem rompeste meu alburno e estiraste os braços para um futuro em que acreditei acima de tudo.
E sendo que reconheço nos teus pés os pés do menino que eu fui um dia, em frente ao mar; e na aspereza de tuas plantas as grandes pedras que grimpei e os altos troncos que subi; em tuas palmas as queimaduras do Infinito que procurei como um louco tocar.
Porque tua barba vem da minha barba, e o teu sexo do meu sexo, e há em ti a semente da morte criada por minha vida.E minha vida, mais que ser um templo, é uma caverna interminável, em cujo recesso esconde-se um tesouro que me foi legado por meu pai, mas cujo esconderijo eu nunca encontrei, e cuja descoberta ora te peço.
Como as amplas estradas da mocidade se transformaram nestas estreitas veredas da madureza, e o Sol que se põe atrás de mim alonga a minha sombra como uma seta em direção ao tenebroso Norte.
E a Morte me espera em algum lugar oculta, e eu não quero ter medo de ir ao seu inesperado encontro.
Por isso que eu chorei tantas lágrimas para que não precisasse chorar, sem saber que criava um mar de pranto em cujos vórtices te haverias também de perder.E amordacei minha boca para que não gritasses e ceguei meus olhos para que não visses; e quanto mais amordaçado, mais gritavas; e quanto mais cego, mais vias.
Porque a poesia foi para mim uma mulher cruel em cujos braços me abandonei sem remissão, sem sequer pedir perdão a todas as mulheres que por ela abandonei.
E assim como sei que toda a minha vida foi uma luta para que ninguém tivesse mais que lutar:
Assim é o canto que te quero cantar, Pedro meu filho...
sábado, 18 de maio de 2013
Viva sua Vida
Viva sua Vida
Rodolfo Pamplona Filho
Viva sua Vida
Viva sua Vida como achar melhor
Viva sua Vida como achar que deve
Viva sua Vida,
mesmo cansada e dolorida...
Viva sua Vida,
mesmo cansada e dolorida
de sentir tristeza...
Viva sua Vida como achar melhor
Viva sua Vida como achar que deve
Viva sua Vida,
mesmo cansada e dolorida...
Viva sua Vida,
mesmo cansada e dolorida
de sentir tristeza...
Salvador, 12 de maio de 2012.
sexta-feira, 17 de maio de 2013
Bondade também se aprende
CORA CORALINA - "Bondade também se aprende"
"Eu não tenho medo dos anos e não penso em velhice. E digo prá você: não pense. Nunca diga estou envelhecendo ou estou ficando velha.
Eu não digo. Eu não digo que estou ouvindo pouco. É claro que quando preciso de ajuda, eu digo que preciso.
Procuro sempre ler e estar atualizada com os fatos e isso me ajuda a vencer as dificuldades da vida.
O melhor roteiro é ler e praticar o que lê. O bom é produzir sempre e não dormir de dia. Também não diga prá você que está ficando esquecida, porque assim você fica mais.
Nunca digo que estou doente, digo sempre: estou ótima. Eu não digo nunca que estou cansada.
Nada de palavra negativa.
Quanto mais você diz estar ficando cansada e esquecida, mais esquecida fica. Você vai se convencendo daquilo e convence os outros. Então silêncio! Sei que tenho muitos anos.
Sei que venho do século passado, e que trago comigo todas as idades, mas não sei se sou velha não.
Você acha que eu sou? Tenho consciência de ser autêntica e procuro superar todos os dias minha própria personalidade, despedaçando dentro de mim tudo que é velho e morto, pois lutar é a palavra vibrante que levanta os fracos e determina os fortes.
O importante é semear, produzir milhões de sorrisos de solidariedade e amizade.
Procuro semear otimismo e plantar sementes de paz e justiça.
Digo o que penso, com esperança. Penso no que faço com fé. Faço o que devo fazer, com amor.
Eu me esforço para ser cada dia melhor, pois bondade também se aprende."
CORA CORALINA
"Eu não tenho medo dos anos e não penso em velhice. E digo prá você: não pense. Nunca diga estou envelhecendo ou estou ficando velha.
Eu não digo. Eu não digo que estou ouvindo pouco. É claro que quando preciso de ajuda, eu digo que preciso.
Procuro sempre ler e estar atualizada com os fatos e isso me ajuda a vencer as dificuldades da vida.
O melhor roteiro é ler e praticar o que lê. O bom é produzir sempre e não dormir de dia. Também não diga prá você que está ficando esquecida, porque assim você fica mais.
Nunca digo que estou doente, digo sempre: estou ótima. Eu não digo nunca que estou cansada.
Nada de palavra negativa.
Quanto mais você diz estar ficando cansada e esquecida, mais esquecida fica. Você vai se convencendo daquilo e convence os outros. Então silêncio! Sei que tenho muitos anos.
Sei que venho do século passado, e que trago comigo todas as idades, mas não sei se sou velha não.
Você acha que eu sou? Tenho consciência de ser autêntica e procuro superar todos os dias minha própria personalidade, despedaçando dentro de mim tudo que é velho e morto, pois lutar é a palavra vibrante que levanta os fracos e determina os fortes.
O importante é semear, produzir milhões de sorrisos de solidariedade e amizade.
Procuro semear otimismo e plantar sementes de paz e justiça.
Digo o que penso, com esperança. Penso no que faço com fé. Faço o que devo fazer, com amor.
Eu me esforço para ser cada dia melhor, pois bondade também se aprende."
CORA CORALINA
quinta-feira, 16 de maio de 2013
Alegria
Alegria
Rodolfo Pamplona Filho
Alegria
é ver a luz do dia
iluminar os seus cabelos
enquanto passo os meus dedos...
Alegria
é olhar a cama vazia,
mas chorar de felicidade
apenas por saudade...
Alegria
é desprezar a alma fria,
pois um mundo de agonia
não me incomodaria...
Alegria
é ter sua companhia,
pois sua presença ilumina
qualquer momento de minha vida.
é ver a luz do dia
iluminar os seus cabelos
enquanto passo os meus dedos...
Alegria
é olhar a cama vazia,
mas chorar de felicidade
apenas por saudade...
Alegria
é desprezar a alma fria,
pois um mundo de agonia
não me incomodaria...
Alegria
é ter sua companhia,
pois sua presença ilumina
qualquer momento de minha vida.
Salvador, 12 de maio
de 2012.
quarta-feira, 15 de maio de 2013
O estagiário Aurélio
O
estagiário Aurélio
(11.05.12)
Por Rafael Berthold,
advogado (OAB-RS nº 62.120)
O estagiário Aurélio - no primeiro dia de estágio na grande banca de Advocacia - é bem recebido pelos novos colegas e pelo principal advogado da casa. O garoto não se intimida, vai logo dizendo que não tem a pretensão de fazer as vezes de burro de carga e que deseja trabalhar fazendo petições.
O advogado, impressionado com ambição ostentada pelo neófito, o interpela:
– Gosto do seu espírito, meu jovem, mas você já elaborou alguma petição?
Silêncio... Aurélio não sabe o que responder. Apenas agora se dá conta de que não fazia a mais vaga ideia do que se tratava uma petição! Percebendo este fato, o chefe decide auxiliá-lo:
– Pegue o dicionário e leia em voz alta o que significa a palavra ´petição´!
Aurélio acusa o golpe em sua soberba. Cabisbaixo, vai lentamente à estante. Pega o dicionário, e, encontrando o verbete, proclama, com uma voz cheia de insegurança:
– ´Petição: 1.Bras. S. Petiço corpulento´. (1)
O advogado levanta-se da cadeira e toma o dicionário das mãos do estagiário.
– O quê?! Deixe-me ver isso aqui - em seguida abre-se em uma desrespeitosa gargalhada. E atalha em tom de ordem:
- Era pra você ter lido este outro resultado aqui, olha: ´Petição: 1.Ato de pedir. 2.V. rogo. 3.Requerimento´. (2)
Vendo o abatimento do estagiário, o advogado decide oferecer a ele um desafio. O diálogo se acentua:
– Não desanime! Ninguém nasce sabendo. Vou dar a você uma petição pra fazer. Começaremos em grande estilo: ´peça ovo´!
– Peça o quê?! – indaga o estagiário sem nada entender.
– Peça ovo!
– Ok, doutor, mas pra quem eu peço?
– Não, meu jovem. Não é pra você pedir ovo! É pra você elaborar uma peça processual, uma peça ovo, ou seja, uma petição inicial, uma peça inaugural, a famosa peça vestibular! – exclama impaciente.
– Me desculpe, doutor, mas estou farto de vestibulares, passar em um deles não foi fácil – coloca ingenuamente o estudante.
O advogado, agora furioso, contem-se em sua cadeira, aponta em direção a uma enorme pilha de processos.
– Aurélio, pegue esses processos e leve-os já pro foro.
– Mas... e se me perguntarem se eu trabalho com petição, o que eu digo?
– Diga que ´petição´ é justamente o que você é. Se duvidarem, mostre a eles no dicionário!
(11.05.12)
Charge de Gerson Kauer |
Por Rafael Berthold,
advogado (OAB-RS nº 62.120)
O estagiário Aurélio - no primeiro dia de estágio na grande banca de Advocacia - é bem recebido pelos novos colegas e pelo principal advogado da casa. O garoto não se intimida, vai logo dizendo que não tem a pretensão de fazer as vezes de burro de carga e que deseja trabalhar fazendo petições.
O advogado, impressionado com ambição ostentada pelo neófito, o interpela:
– Gosto do seu espírito, meu jovem, mas você já elaborou alguma petição?
Silêncio... Aurélio não sabe o que responder. Apenas agora se dá conta de que não fazia a mais vaga ideia do que se tratava uma petição! Percebendo este fato, o chefe decide auxiliá-lo:
– Pegue o dicionário e leia em voz alta o que significa a palavra ´petição´!
Aurélio acusa o golpe em sua soberba. Cabisbaixo, vai lentamente à estante. Pega o dicionário, e, encontrando o verbete, proclama, com uma voz cheia de insegurança:
– ´Petição: 1.Bras. S. Petiço corpulento´. (1)
O advogado levanta-se da cadeira e toma o dicionário das mãos do estagiário.
– O quê?! Deixe-me ver isso aqui - em seguida abre-se em uma desrespeitosa gargalhada. E atalha em tom de ordem:
- Era pra você ter lido este outro resultado aqui, olha: ´Petição: 1.Ato de pedir. 2.V. rogo. 3.Requerimento´. (2)
Vendo o abatimento do estagiário, o advogado decide oferecer a ele um desafio. O diálogo se acentua:
– Não desanime! Ninguém nasce sabendo. Vou dar a você uma petição pra fazer. Começaremos em grande estilo: ´peça ovo´!
– Peça o quê?! – indaga o estagiário sem nada entender.
– Peça ovo!
– Ok, doutor, mas pra quem eu peço?
– Não, meu jovem. Não é pra você pedir ovo! É pra você elaborar uma peça processual, uma peça ovo, ou seja, uma petição inicial, uma peça inaugural, a famosa peça vestibular! – exclama impaciente.
– Me desculpe, doutor, mas estou farto de vestibulares, passar em um deles não foi fácil – coloca ingenuamente o estudante.
O advogado, agora furioso, contem-se em sua cadeira, aponta em direção a uma enorme pilha de processos.
– Aurélio, pegue esses processos e leve-os já pro foro.
– Mas... e se me perguntarem se eu trabalho com petição, o que eu digo?
– Diga que ´petição´ é justamente o que você é. Se duvidarem, mostre a eles no dicionário!
.............
(1) Novo Dicionário Aurélio 3ª Ed.
(2) Idem.
(1) Novo Dicionário Aurélio 3ª Ed.
(2) Idem.
terça-feira, 14 de maio de 2013
Gestão de Pessoas
Gestão
de Pessoas
Rodolfo Pamplona Filho
Nós não estamos
onde está o nosso corpo,
mas, sim, onde está a nossa alma...
Não controlamos almas,
mas, sim, lideramos almas...
Liderar é juntar o corpo e a alma!
Crise não é problema!
Crise é oportunidade
de rever conceitos
e de buscar novas formas
de fazer aquilo
que realmente se quer fazer.
Gestão de pessoas
não é dar ordens
ou cobrar resultados...
É inspirar comportamentos,
não pela palavra que ensina,
mas pelo exemplo que arrasta...
onde está o nosso corpo,
mas, sim, onde está a nossa alma...
Não controlamos almas,
mas, sim, lideramos almas...
Liderar é juntar o corpo e a alma!
Crise não é problema!
Crise é oportunidade
de rever conceitos
e de buscar novas formas
de fazer aquilo
que realmente se quer fazer.
Gestão de pessoas
não é dar ordens
ou cobrar resultados...
É inspirar comportamentos,
não pela palavra que ensina,
mas pelo exemplo que arrasta...
Salvador, 12 de maio
de 2012.
segunda-feira, 13 de maio de 2013
Dez chamamentos ao amigo
Dez chamamentos ao amigo
Hilda Hist
Se te pareço noturna e imperfeita
Olha-me de novo. Porque esta noite
Olhei-me a mim, como se tu me olhasses.
E era como se a água
Desejasse
Escapar de sua casa que é o rio
E deslizando apenas, nem tocar a margem.
Te olhei. E há tanto tempo
Entendo que sou terra. Há tanto tempo
Espero
Que o teu corpo de água mais fraterno
Se estenda sobre o meu. Pastor e nauta
Olha-me de novo. Com menos altivez.
E mais atento.
Hilda Hist
Se te pareço noturna e imperfeita
Olha-me de novo. Porque esta noite
Olhei-me a mim, como se tu me olhasses.
E era como se a água
Desejasse
Escapar de sua casa que é o rio
E deslizando apenas, nem tocar a margem.
Te olhei. E há tanto tempo
Entendo que sou terra. Há tanto tempo
Espero
Que o teu corpo de água mais fraterno
Se estenda sobre o meu. Pastor e nauta
Olha-me de novo. Com menos altivez.
E mais atento.
domingo, 12 de maio de 2013
TPM
TPM
Rodolfo Pamplona Filho
Tensão Pré-Menstrual
Tô Puta Mesmo!
Tendência Predestinada à Matar...
Tira as Patas, Maldito!
Temporada Proibida para Machos
Todos os Problemas Misturados
Tesa e Preparada para Morder...
Tendências a Pontapés e Murros
Tentativa no Próximo Mês
Toda Paixão Machuca
Tocou, Perguntou, Morreu
Totalmente Pirada ou Maluca
Tenho de Parar e Meditar
Tentação de Pensamentos Mortais
Tempo de Pensar em Mudar...
TPM: Tente Perdoar Mais...
Tô Puta Mesmo!
Tendência Predestinada à Matar...
Tira as Patas, Maldito!
Temporada Proibida para Machos
Todos os Problemas Misturados
Tesa e Preparada para Morder...
Tendências a Pontapés e Murros
Tentativa no Próximo Mês
Toda Paixão Machuca
Tocou, Perguntou, Morreu
Totalmente Pirada ou Maluca
Tenho de Parar e Meditar
Tentação de Pensamentos Mortais
Tempo de Pensar em Mudar...
TPM: Tente Perdoar Mais...
João Pessoa, 04 de maio
de 2012.
sábado, 11 de maio de 2013
MUDE
http://www.youtube.com/watch?feature=player_embedded&v=KlP9XpjVsas
http://veja.abril.com.br/090703/p_103.html
MUDE
Edson Marques
Mude, mas comece devagar,
porque a direção é mais importante
que a velocidade.
Sente-se em outra cadeira,
no outro lado da mesa.
Mais tarde, mude de mesa.
Quando sair,
procure andar pelo outro lado da rua.
Depois, mude de caminho,
ande por outras ruas,
calmamente,
observando com atenção
os lugares por onde
você passa.
Tome outros ônibus.
Mude por uns tempos o estilo das roupas.
Dê os teus sapatos velhos.
Procure andar descalço alguns dias.
Tire uma tarde inteira
para passear livremente na praia,
ou no parque,
e ouvir o canto dos passarinhos.
Veja o mundo de outras perspectivas.
Abra e feche as gavetas
e portas com a mão esquerda.
Durma no outro lado da cama...
depois, procure dormir em outras camas.
Assista a outros programas de tv,
compre outros jornais...
leia outros livros,
Viva outros romances.
Não faça do hábito um estilo de vida.
Ame a novidade.
Durma mais tarde.
Durma mais cedo.
Aprenda uma palavra nova por dia
numa outra língua.
Corrija a postura.
Coma um pouco menos,
escolha comidas diferentes,
novos temperos, novas cores,
novas delícias.
Tente o novo todo dia.
o novo lado,
o novo método,
o novo sabor,
o novo jeito,
o novo prazer,
o novo amor.
a nova vida.
Tente.
Busque novos amigos.
Tente novos amores.
Faça novas relações.
Almoce em outros locais,
vá a outros restaurantes,
tome outro tipo de bebida
compre pão em outra padaria.
Almoce mais cedo,
jante mais tarde ou vice-versa.
Escolha outro mercado...
outra marca de sabonete,
outro creme dental...
tome banho em novos horários.
Use canetas de outras cores.
Vá passear em outros lugares.
Ame muito,
cada vez mais,
de modos diferentes.
Troque de bolsa,
de carteira,
de malas,
troque de carro,
compre novos óculos,
escreva outras poesias.
Jogue os velhos relógios,
quebre delicadamente
esses horrorosos despertadores.
Vá a outros cinemas,
outros cabeleireiros,
outros teatros,
visite novos museus.
Se você não encontrar razões para ser livre,
invente-as.
Seja criativo.
E aproveite para fazer uma viagem
despretensiosa,
longa, se possível sem destino.
Experimente coisas novas.
Troque novamente.
Mude, de novo.
Experimente outra vez.
Você certamente conhecerá coisas melhores
e coisas piores do que as já conhecidas,
mas não é isso o que importa.
O mais importante é a mudança,
o movimento,
o dinamismo,
a energia.
Só o que está morto não muda!
Repita por pura alegria de viver:
a salvação é pelo risco, sem o qual a vida não
vale a pena!!!!
porque a direção é mais importante
que a velocidade.
Sente-se em outra cadeira,
no outro lado da mesa.
Mais tarde, mude de mesa.
Quando sair,
procure andar pelo outro lado da rua.
Depois, mude de caminho,
ande por outras ruas,
calmamente,
observando com atenção
os lugares por onde
você passa.
Tome outros ônibus.
Mude por uns tempos o estilo das roupas.
Dê os teus sapatos velhos.
Procure andar descalço alguns dias.
Tire uma tarde inteira
para passear livremente na praia,
ou no parque,
e ouvir o canto dos passarinhos.
Veja o mundo de outras perspectivas.
Abra e feche as gavetas
e portas com a mão esquerda.
Durma no outro lado da cama...
depois, procure dormir em outras camas.
Assista a outros programas de tv,
compre outros jornais...
leia outros livros,
Viva outros romances.
Não faça do hábito um estilo de vida.
Ame a novidade.
Durma mais tarde.
Durma mais cedo.
Aprenda uma palavra nova por dia
numa outra língua.
Corrija a postura.
Coma um pouco menos,
escolha comidas diferentes,
novos temperos, novas cores,
novas delícias.
Tente o novo todo dia.
o novo lado,
o novo método,
o novo sabor,
o novo jeito,
o novo prazer,
o novo amor.
a nova vida.
Tente.
Busque novos amigos.
Tente novos amores.
Faça novas relações.
Almoce em outros locais,
vá a outros restaurantes,
tome outro tipo de bebida
compre pão em outra padaria.
Almoce mais cedo,
jante mais tarde ou vice-versa.
Escolha outro mercado...
outra marca de sabonete,
outro creme dental...
tome banho em novos horários.
Use canetas de outras cores.
Vá passear em outros lugares.
Ame muito,
cada vez mais,
de modos diferentes.
Troque de bolsa,
de carteira,
de malas,
troque de carro,
compre novos óculos,
escreva outras poesias.
Jogue os velhos relógios,
quebre delicadamente
esses horrorosos despertadores.
Vá a outros cinemas,
outros cabeleireiros,
outros teatros,
visite novos museus.
Se você não encontrar razões para ser livre,
invente-as.
Seja criativo.
E aproveite para fazer uma viagem
despretensiosa,
longa, se possível sem destino.
Experimente coisas novas.
Troque novamente.
Mude, de novo.
Experimente outra vez.
Você certamente conhecerá coisas melhores
e coisas piores do que as já conhecidas,
mas não é isso o que importa.
O mais importante é a mudança,
o movimento,
o dinamismo,
a energia.
Só o que está morto não muda!
Repita por pura alegria de viver:
a salvação é pelo risco, sem o qual a vida não
vale a pena!!!!
sexta-feira, 10 de maio de 2013
Eu não quero me despedir!
Eu não quero me despedir!
Rodolfo Pamplona Filho
Eu não quero me despedir!
Isso, eu tenho certeza!
Todo o resto é mera possibilidade,
pois a sua ausência
é a prova inequívoca
de que o hoje ficou triste...
Eu não quero me despedir!
Sem você,
meu mundo perde a poesia,
minha vida é menos canção
e a felicidade vai embora
quando você sai...
Eu não quero me despedir!
O sono, a fome e o cansaço
jamais irão impedir
que eu viva para te sentir,
pois tudo que eu quero
é ter você aqui.
Isso, eu tenho certeza!
Todo o resto é mera possibilidade,
pois a sua ausência
é a prova inequívoca
de que o hoje ficou triste...
Eu não quero me despedir!
Sem você,
meu mundo perde a poesia,
minha vida é menos canção
e a felicidade vai embora
quando você sai...
Eu não quero me despedir!
O sono, a fome e o cansaço
jamais irão impedir
que eu viva para te sentir,
pois tudo que eu quero
é ter você aqui.
João Pessoa, 02 de maio de 2012.
quinta-feira, 9 de maio de 2013
Deixe a Raiva Secar...
Deixe a Raiva Secar...
Mariana ficou
toda feliz porque ganhou de presente um joguinho de chá todo
colorido.
No
dia seguinte, Júlia sua amiguinha veio bem cedo convidá-la para
brincar.
Mariana não
podia, pois iria sair com sua mãe naquela manhã. Júlia então,
pediu a coleguinha que emprestasse o seu conjuntinho de chá para que ela pudesse
brincar sozinha na garagem do prédio.
Mariana não
queria emprestar, mas, com a insistência da amiga resolveu ceder, fazendo
questão de demonstrar todo o seu ciúme por aquele brinquedo tão especial. Ao
regressar do passeio, Mariana ficou chocada ao ver o seu conjuntinho de chá
jogado no chão.
Faltavam
algumas xícaras e a bandejinha estava toda quebrada. Chorando e muito nervosa,
Mariana desabafou: "Está vendo,
mamãe, o que a Júlia fez comigo? Emprestei o meu brinquedo e ela estragou tudo e
ainda deixou jogado no chão. Totalmente
descontrolada, Mariana queria ir ao apartamento de Júlia para pedir
explicações.
Mas a mãe,
com muito carinho ponderou: "Filha,
lembra daquele dia quando você saiu com seu vestido novo branco e um carro
passando jogou lama em você? Ao chegar em casa você queria lavar imediatamente
aquela sujeira, mas a vovó não deixou. Lembra o que
a vovó falou? Ela falou que era para deixar o barro secar primeiro que depois
ficava mais fácil limpar.
Pois é, minha filha com a raiva é a mesma coisa. Deixa a raiva secar
primeiro.Depois fica
bem mais fácil resolver tudo. Mariana não entendeu muito bem, mas seguiu o
conselho da mãe e foi para a sala ver televisão. Logo depois alguém tocou a
campainha. Era Júlia,
toda sem graça com um embrulho na mão.. Sem que houvesse tempo para qualquer
pergunta, ela foi falando: "Mariana,
sabe aquele menino mau da outra rua que fica correndo atrás da gente? Ele veio
querendo brincar comigo e eu não deixei.
Aí ele ficou
bravo e estragou o brinquedo que você tinha me emprestado. Quando eu contei para
a mamãe ela ficou preocupada e foi correndo
comprar outro brinquedo igualzinho para você. Espero que
você não fique com raiva de mim. Não foi minha culpa". "Não tem
problema, disse Mariana, minha raiva já secou".
E
dando um forte abraço em sua amiga, tomou-a pela mão e levou-a para o quarto
para contar a história do vestido novo que havia sujado de barro. Nunca tome
qualquer atitude com raiva. A raiva nos cega e impede que vejamos as coisas como
elas realmente são. Assim você evitará cometer injustiças e ganhará o respeito
dos demais pela sua posição ponderada e correta diante de uma situação
difícil.
Lembre-se
sempre: Deixe a raiva secar!!!
quarta-feira, 8 de maio de 2013
Consciência
Consciência
Rodolfo Pamplona Filho
O casamento por amor
do sentimento
com o pensamento
gera um lindo rebento
chamado consciência...
do sentimento
com o pensamento
gera um lindo rebento
chamado consciência...
João Pessoa, 02 de maio
de 2012.
terça-feira, 7 de maio de 2013
7 artistas com fãs mais chatos do que os do Restart
5 Votos
Por Fábio Gerônimo
Desde que a pobre Georgia chorou desesperada pelo cancelamento do show de seu amado Restart que a banda dos meninos coloridos tem sido alvo de zoação constante. Mas eles não são os únicos a terem uma trupe de fãs insuportáveis. Na verdade, perto dos fãs de certos artistas, a pobre Georgia e seus amiguinhos tão longe de ser uma “puta falta de sacanagem”. E isso independe se o artista é bom ou ruim. Aliás, por vezes, esse fã é tão, mas tão chato, que o artista acaba ficando mais chato do que realmente é. Por isso, o Puxa Cachorra! listou os 7 artistas com fãs mais chatos que os fãs de Restart. E preparem-se: essa listagem não pretende ser agradável.
Ah, antes que você pergunte: 1. Não há nenhum fã de sertanejos universitários porque é impossível ser fã de algo cujo sucesso dura no máximo um ou dois meses; 2. Teatro Mágico não é banda, o que eles fazem não é música, logo não consideramos os fãs deles.
#7 Heavy metal
O artista: Difícil encaixar apenas uma banda na lista, porque dentro da miríade de estilos e subgêneros do heavy metal, sempre vai haver aquela trupe de gente chata a idolatrar seus deuses do metal. Então ao invés de selecionar um, vamos falar de todo o gênero.
O fã: O codinome mais usado para ele é headbanger, mas nós utilizaremos especificamente o termo técnico Tr00.
Porque os fãs são chatos: Existem dois tipos de fãs: aqueles que compram tudo do artista, que colecionam itens relacionados a ele, que vão em todos os shows, mas tem noção de que os seus ídolos são seres humanos como ele; e aqueles que encaram seu ídolo como uma divindade encarnada, que deve ser adorada, defendida e divulgada como se a paz na terra dependesse disso. Os tr00s de heavy metal são do último tipo.
Além de serem fanáticos, os tr00s não aceitam gostar – nem que ninguém goste – de outros estilos. Muitas vezes, esses fãs nem aceitam a existência de outros artistas senão os que eles admiram. Aliás, eles em geral se acham superiores aos outros seres humanos por serem fãs de metal, um estilo musical mais importante pro mundo que qualquer coisa feita por Mozart ou Beethoven. Tr00s acham que mais importante que o sucesso é seu ídolo ser capaz de tocar 378 notas por segundo na guitarra e cantar horas sem parar em notas mais agudas que o choro de um pinscher. Mas, o mais importante: sem perder a chapinha (metaleiro em chapinha não é metaleiro de verdade, né?). Isso vindo de pessoas que gostam de se vestir como um panda sadomasoquista ou como uma fada nórdica com anemia. Acho que não precisa dizer mais, né?
#6 Cantoras de MPB
O artista: Todos nós sabemos quem são: uma série de moças de cabelos curtos e voz grave que querem ser a nova Clara Nunes, Elis Regina ou Cássia Eller.
O fã: Pode variar muito, mas geralmente se situa entre o hipster, o universitário cult (ser que vai se repetir muito nessa lista) e o Zeca Camargo.
Porque os fãs são chatos: Essas cantoras genéricas de MPB não são melhores que qualquer amiga sua um pouquinho afinada que canta em churrascaria acompanhada de um tio e seu teclado Casio. Mas, para a massa que as venera, elas são o supra-sumo da mpb indie cult shimbalaiê alternativa (obrigado, Desciclopédia). E como membros dessa trupe, mesmo cantando em novelas, no programa da Xuxa, no Raul Gil e etc. elas ainda são consideradas melhores que, sei lá, o Michel Teló! Por algum motivo ainda não explicável, os fãs dessas cantoras vêem a Mallu Magalhães como algo muito diferente da Paula Fernandes, apenas porque a primeira não tem sex appeal (exceto pra barbudos pedófilos, claro). Esses fãs não aceitam críticas, acham as tais cantoras as salvadoras da música brasileira e são incapazes de enxergar que todas possuem a mesma habilidade na composição de músicas que seu avô com Alzheimer tem com jogo de botão. Por algum motivo (talvez a calça saruel), essas pessoas preferem as onomatopéias compostas pela Maria Gadú às compostas pela Kelly Key, como se houvesse alguma diferença. Conseguem admirar uma música chamada Tchubaruba e execrar o Tchubirabiron! O que nos leva a uma triste conclusão: se há três pessoas que nunca deveriam ter morrido, são Clara Nunes, Elis Regina e Cássia Eller.
#5 Bandinhas indie
O artista: Tem mais do que nós gostaríamos, mas praticamente todos são idênticos aos Strokes.
O fã: Há dois tipos básicos de fãs indie: aqueles hipsters cujo vestuário (cabelo despenteado, cachecol, óculos de aro grosso e all-star) é a melhor maneira de identificá-los… e o Zeca Camargo.
Porque os fãs são chatos: Um dia, inventaram que o rock precisava ser salvo. O mais estranho, é que o Bruce Springsteen e o Bob Dylan continuam vivos, que eu saiba, o Paul McCartney continua lançando álbuns e, mesmo morto, o Elvis vende mais que nunca. Mas, alguém decidiu que o rock precisava ser salvo – sei lá, da Britney Spears, talvez – e elegeram como salvadores uma bandinha inglesa que só lançou um álbum bom. Quem dera os Strokes tivessem parado nesse álbum, ou que ninguém decidisse que aquela era a única maneira de salvar o rock e decidissem copiar infinitamente o Is this it.
As bandinhas indies então surgem e morrem mais rápido que axé de sucesso do carnaval baiano (Na verdade, contabilizando, a Claudia Leitte já tem muito mais tempo de sucesso que o Cachorro Grande – se é que eles tiveram algum). E de Artic Monkeys a Vanguart, o que vc ouve são só várias maneiras diferentes de copiar os Strokes: uma pior que a outra.
Mas, o que mais irrita, é que esse é um dos únicos tipos de fã que não quer o sucesso do seu artista! Ele quer continuar frequentando o circuito Sesc e só dá atenção aquelas bandinhas que a “grande mídia” ignora. Por algum motivo, a sua banda ser boa não é mais importante que ela ser restrita àquela meia dúzia de estudantes da FAAP que você chama de amigos.
E desculpe, mas por mais que aquele bando de hipsters que você chama de banda pareçam ser a banda mais bonita da cidade, sem dúvida, ela não é mais bonita que o Axé Blond… nem melhor.
#4 Legião Urbana
O artista: Nome fundamental da cena rock dos anos 80 (talvez uma das únicas bandas que realmente tinha talento dentre as que fizeram sucesso), ficou marcada pela morte precoce de seu vocalista, mentor, compositor e único músico competente, Renato Russo. A bem da verdade, o Legião Urbana era a plataforma musical para a inegável habilidade do Renato na composição de letras. E, no fim, o Legião Urbana se resume a isso, ao Renato Russo (ou você já viu alguém com uma camiseta só do Dado Villa Lobos por aí?).
O fã: No início, era o adolescente playboy que viveu os anos 80 intensamente e se identificava com as letras de Renato. Depois, qualquer adolescente que soubesse de cor Eduardo e Mônica.
Porque os fãs são chatos: De qualquer forma, como vários artistas, o Legião cresceu absurdamente em popularidade depois da morte de seu líder, que foi alçado ao posto de líder de uma geração, ainda mais que a banda acabou depois de sua morte (viu como se faz, Frejat?). E, dessa forma, as pessoas que eram adolescentes ou crianças na época do sucesso da banda se tornaram apenas fãs órfãos. Já as gerações seguintes viraram fanáticas, a ponto de Legião Urbana tocar ainda mais em rádio depois que o Renato morreu que antes. E tocou até encher o saco!
Eu tenho certeza que, como bem disse a companheira Silvana Schnauzer, o povo que usava camisetas da banda e bandana na cabeça hoje se envergonha e entende o quão importante o Legião foi na sua ADOLESCÊNCIA. Porque, sinceramente, achar que Pais e Filhos foi composta pra você quando você já tem mais de 20 anos é atestado de síndrome de Peter Pan, né? A única geração que o Legião realmente retrata são os adolescentes, especificamente os adolescentes dos anos 80 que eram playboys e moravam na cidade grande.
Agora, vai falar mal do Legião Urbana pra você ver o que acontece! Até um moleque que nasceu depois da morte do Renato e usa sandália croc e boné de crochê vai dizer que você é incapaz de entender a poesia do Renato. Sério mesmo? Se até moleques de 13 anos entendem, o que há pra se entender ali além de “sou um playboy desajustado e emo”?
Por favor adolescentes e adultos com síndrome de Peter Pan: deixem o Renato descansar em paz.
#3 Engenheiros do Hawaii
O artista: Humberto Gessinger e uns três a quatro surfistas que souberem tocar três acordes.
O fã: Uma série de pessoas enganadas pela retórica do Betinho, que fez gerações acreditarem que um surfista genérico pode ser um poeta só porque compõe letras sem sentido algum.
Porque os fãs são chatos: A antropologia, a psicologia, a física quântica… todos os pesquisadores deveriam se juntar e tentar compreender o que leva pessoas inteligentes a acreditarem que o Betinho é um poeta. Não estou falando de gente que não sabe a diferença entre NXZero e Ramones, mas de pessoas com nível universitário, com mais de 30 anos e leitoras, sei lá, de Baudelaire e Fernando Pessoa. Não dá pra saber se é pela ausência de bons poetas na nossa contemporaneidade (por que você acha que os estudos de poesia no colegial param no Drummond?) ou se as pessoas realmente não sabem a diferença entre um bom poeta e um bom criador de jograis.
De qualquer forma, institui-se que para se entender o Betinho, você tem que ser inteligente, e quem não gosta de Engenheiros, logo, é uma porta que não entende poesia. E como uma porta que não entende poesia, pra você a letra de Infinita Highway é um enigma tão grande quanto o inglês do Ozzy para um nativo. E por isso você, ignóbil, não merece respeito. O fã de Engenheiros não apenas te despreza porque você é burro, mas ele acha que o Betinho é o melhor poeta que o mundo já produziu. Mesmo ele não sendo ninguém mais habilidoso que um cara que faz a piada do pavê. Aliás, nem sei como ele nunca usou a piada do pavê numa música.
E lembrem-se sempre: em qualquer situação, qualquer pessoa que aceita dividir o palco por vontade própria com o Paulo Ricardo é alguém de quem se deve suspeitar.
#2 Los Hermanos
O artista: Uma boa banda de universitários barbudos cariocas que fizeram um sucesso estrondoso com uma música chamada Anna Júlia e, desde então, fogem dessa canção como o diabo foge da cruz. Por fim, como qualquer espertalhão da MPB, passaram a copiar Caetano e Chico Buarque.
O fã: É universitário, usa barba e cabelos compridos e despenteados, gosta de circo, sombra de árvore, usa chinelo em balada, veste-se sempre com roupas feitas de saco ou remendos de pano velho, e, apesar disso tudo, tem mais dinheiro que os playboys que compram abadá por R$200,00. E é chato, muito chato.
Porque os fãs são chatos: O Los Hermanos não é uma banda, assim, muito ruim. Na verdade, eles entrariam no item 5 dessa lista, principalmente depois que desistiram de fazer sucesso, mas são bem melhores que quase qualquer integrante do seleto grupo indie. E, além disso, nunca nenhuma banda indie fez tanto sucesso quanto eles fizeram com Anna Júlia. E, no fim das contas, quando a brincadeira já tinha enchido o saco, eles tiveram uma atitude nobre e acabaram com a banda. Até aí, não haveria motivo para eles estarem nessa lista.
Mas eles tem fãs. E não são quaisquer fãs: são fãs tão chatos, mas tão chatos, que conseguiram cometer um dos crimes mais hediondos da história recente da humanidade: trouxeram o Los Hermanos de volta! E nisso eles superam todos os anteriores da lista, porque nem com reza braba os fãs de Legião vão ressuscitar o Renato (e se conseguissem, seria na verdade uma bênção). Os fãs de Los Hermanos são os únicos que, com o declínio do sucesso da banda e sua iminente crise se tornaram mais fãs, a ponto de querer que uma banda morta e enterrada volte à vida. E quando se pensa que essa galera em geral faz parte de universidades de renome, entende-se porque nossa educação tá indo pro buraco.
Aprendam pessoas: se tudo que tem relação com o ambiente ‘universitário’ é bom, Fernando e Sorocaba também são. Sem mais.
#1 Chico Buarque
O artista: Baluarte da MPB é pouco pra falar do Chico Buarque: um cara bonito, que sabe falar o que as mulheres querem ouvir e há uns 40 anos vende qualquer coisa que tiver seu nome junto. Ou seja, tudo que nenhum de nós vai conseguir ser na vida.
O fã: Segundo a Constituição, qualquer ser humano nascido no Brasil é obrigatoriamente fã de Chico Buarque.
Porque os fãs são chatos: Você está numa excursão com a galera da faculdade pra praia e não vê a hora do luau e consequente suruba na praia. De repente, no ônibus, a rádio perde o sinal por causa do trecho de serra anterior à praia e alguém decide por uma música pra animar a galera. Daí aquela linda moça que você está louco pra pegar desde a viagem anterior, quando você teve diarreia e não pode participar do luau/suruba, decide por algo pra “animar” a galera. Ela põe Chico Buarque e começa a tocar Atrás da porta. Todos se deprimem. Ela olha pra você e, para fazê-lo perder de vez o encanto, diz a frase clássica: o Chico é mesmo um gênio, né?
Virou consenso que o Chico Buarque é o cara mais foda do universo e que todo mundo que nasce no Brasil é obrigado a gostar dele. Aliás, não apenas gostar da música, mas do teatro, dos romances, dos filmes baseados nos romances… e saber cantar de cor Construção, Luiza, Ópera do Malandro. E, aliás, saber como o poeta (ele não é apenas músico, ele é POETA) compôs cada uma de suas músicas… e não se contesta: Chico Buarque é um gênio.
Eu tenho certeza que há dois motivos pelo qual o Chico Buarque não lança discos todo ano: um é que ele não é o Caetano Veloso, ele só o tolera. O segundo é que ele sabe o que acontece quando se lançam discos dele: vão atrapalhar seu futebolzinho na praia, pedindo autógrafos; vão fazer reportagens sobre sua carreira todos os dias; todos os artistas mais dispensáveis do Brasil vão estar na primeira fila do show; todos os “ícones” da MPB vão querer tocar com ele (como aquele amigo chato que você não suporta, que faz questão de te abraçar bêbado e dizer que te ama só pra você pagar a conta)… enfim: o Chico Buarque deve ser o cara que mais sofre com seus próprios fãs!
Eu tenho certeza que o Chico Buarque não gosta de ser acordado às 8 da manhã pelo pessoal do sindicato tocando Roda Viva ou Deus lhe pague no carro de som. Tenho certeza que ele não se importa em saber que o nível de umidade relativa do ar aumenta quando ele aparece num ambiente lotado de mulheres. Na verdade, se não fossem seus fãs, o Chico ia ser só um cara legal que joga um futebolzinho na praia de vez em quando, vai pra casa, toma uma breja enquanto vê o Fluminense jogar.
A conclusão: fã é sempre chato, mas o fã do Chico nem o Chico aguenta.
Fábio Gerônimo curte games, grego e música (e odeia abelhas), não necessariamente nessa ordem. É Ateu cético, fanático por fórmula 1 e São-Paulino. Nasceu na capital São Paulo, mas se considera um Itapetiningano de coração. É dono do blog Muralhas de Tróia.
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